Calor intenso e bebidas geladas: uma combinação que "abre portas" para infecções de garganta

Algumas recomendações listadas pela médica para evitar esse tipo de problema, sem interferir tanto nos hábitos, muito menos deixar de consumir as...
 Homem bebendo refrigerante gelado.


Conflito entre altas e baixas temperaturas acaba paralisando os cílios que revestem os tecidos da garganta e nariz



Médica do Hospital Paulista explica que choques de temperatura paralisam células ciliares que protegem o aparelho respiratório, ensejando quadros de rouquidão, amigdalite e faringite


Água bem gelada, sorvete, raspadinha, cerveja, caipirinha... Vale tudo para refrescar o corpo em meio ao calorão que é feito nas mais diversas regiões do país. E a ingestão de líquidos e alimentos em baixas temperaturas é sempre uma solução desejável a quem busca por alívio imediato - o que de fato acontece. 

O problema, geralmente, vem depois. Na hora dormir ou de acordar, ou mesmo passados alguns dias, a garganta muitas vezes costuma “reclamar”. Ou seja, vem aquela dor, tosse, irritação e incômodo ao engolir, o que já indica algum tipo de inflamação ou mesmo infecção. 

A razão, segundo a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, está justamente no choque térmico que ocorre no momento que ingerimos esses líquidos e alimentos. 

“Esse conflito entre altas e baixas temperaturas acaba paralisando os cílios que revestem os tecidos da garganta e nariz. São células que servem de defesa do sistema respiratório, pois filtram microrganismos e partículas de poeira que respiramos e impedem que cheguem aos pulmões. Quando esse mecanismo de defesa deixa de funcionar, mais sujeira se acumula nas mucosas, e o volume de secreção aumenta. Essa dinâmica favorece que algumas bactérias ataquem a mucosa da boca e da garganta, provocando quadros de inflamação e infecções", explica. 

Dentre as consequências mais clássicas, Dra. Cristiane destaca a rouquidão, a amigdalite e a faringite. “São as complicações mais frequentes do impacto das bebidas frias na orofaringe", confirma.

No caso das bebidas alcoólicas, em especial, a médica destaca que, quando ingeridas em excesso, elas também causam irritação e ressecamento da garganta – o que pode potencializar os quadros de inflamação/infecção. 

“O álcool pode causar refluxos, gerando mal-estar e irritação na garganta, principalmente quando aliado a uma alimentação desregrada, com produtos muito gordurosos e condimentados.”

Abaixo, seguem algumas recomendações listadas pela médica para evitar esse tipo de problema, sem interferir tanto nos hábitos, muito menos deixar de consumir as coisas que tanto gosta. A hidratação é a principal dica. 

Confira os detalhes:

1-Beba ao menos dois litros de água (temperatura ambiente) por dia. Isso contribui para a hidratação das mucosas da garganta.
2-Evite ingerir bebidas e alimentos imediatamente retirados da geladeira ou freezer, para evitar o choque térmico na orofaringe.
3-Faça a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado: sem a devida manutenção, o ar-condicionado e o ventilador podem acumular partículas de poeira e ácaros.
4-Tenha uma alimentação equilibrada: priorize os vegetais e alimentos frescos, pois eles fortalecem o sistema imunológico do organismo.
5-Evite o cigarro e a ingestão de álcool: fumar e beber são os agentes mais irritativos da garganta.

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Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial. 
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia. 
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