Galeria Canoa - Bancos Indígenas: Origem, tradição e resistência ancestra

Esculpir bancos de madeira é uma prática artística ancestral entre os povos indígenas do Brasil. Os bancos são utilizados tanto em cerimônias quanto..
 Banco indígena


Reconhecidos como verdadeiras obras de arte tradicionais, os bancos são destaques em variedade de significados e em peças únicas 


Esculpir bancos de madeira é uma prática artística ancestral entre os povos indígenas do Brasil. Os bancos são utilizados tanto em cerimônias quanto em suas vidas cotidianas. Alguns são zoomorfos, representando animais da fauna brasileira e entidades espirituais, enquanto outros tomam uma forma mais geométrica, pintados com pigmentos naturais ou cravados com grafismos.


Conheça algumas obras disponíveis na Galeria Canoa. 


Todo o processo de criação Mehinako, tem início ao adentrar na floresta a procura da árvore certa para a produção do banco. O entalhe começa a ser feito por ali mesmo, para diminuir o peso do banco e depois poder carregá-lo mais leve para a aldeia. É na floresta que a madeira ganha formas diversas como: a de macaco, gavião, capivara, onça e outros animais da fauna.
É na aldeia que os indígenas finalizam o processo de entalhe, lixa e de pintura. Que é feita com pigmentos naturais, como seiva de árvores, jenipapo e carvão.


Bancos indígenas


B A N C O  K A Y A B I

O banco Kayabi, assim como a maioria dos bancos indígenas, é feito de uma única peça de madeira. Geralmente são confeccionados pelos homens, talhados na madeira com facão e os grafismos feitos com pigmentos naturais como o jenipapo. O banco kayabi tem formato e grafismos exclusivos deste povo. Os Kayabi vivem no Mato Grosso e são falantes da língua Kawaiwete, também conhecida como Kaiabi, é da família linguística Tupi-Guarani, pertencente ao tronco Tupi.

B A N C O   A S S U R I N I

Os bancos do povo Assurini, são feitos em uma única peça de madeira. São talhados a mão e pintados com sua complexa arte gráfica, que aplicam não só sobre os bancos, mas também sobre o corpo e sobre objetos de uso cotidiano e ritual. Para diversos povos indígenas o banco é um objeto importante que os conecta com o sagrado, além de ser um importante veículo de afirmação de sua identidade étnica. O povo Assurini vive no estado nos estados do Pará e Tocantins, e são falantes da língua Asurini que pertence à família linguística Tupi-Guarani.

B A N C O  K A R A J Á

O Banco Karajá é feito em uma única peça de madeira, talhada a mão, possui um assento plano, base dupla e uma alça ou cordão para o transporte. sua superfície é pintada com grafismos geométricos que se repetem na pintura corporal, nos trançados e na cerâmica. Os desenhos em geral representam partes de animais como o quati, a formiga, a cobra ou o peixe-faca. Habitantes seculares das margens do rio Araguaia nos estados de Goiás, Tocantins, Pará e Mato Grosso, a família Karajá, pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê, se divide em três línguas: Karajá, Javaé e Xambioá. 

Nina Taterka e os povos indígenas

Nina, idealizadora e curadora da Galeria Canoa, nasceu em São Paulo, mas cresceu em Paraty, onde sua mãe escolheu como lugar para criar seus filhos pequenos na década de 1980.

Viu o turismo se desenvolver na pequena cidade litorânea. Sempre teve habilidades comerciais e muito engajamento social, encontrando na arte indígena terreno fértil para se desenvolver como empreendedora sem perder o foco socioambiental.

A marca é definitivamente um lugar de escuta e aprendizado. Este é o fio condutor para esta história. Partindo deste princípio, ano após ano, as antigas relações se fortalecem enquanto novas parcerias surgem. Com o lado humano sustentando o modelo de negócio, uma pequena loja no centro histórico de Paraty se tornou um dos principais acervos de Artes Indígenas do Brasil, que através do seu e-commerce amplia sua conexão com o mundo. 

Galeria Canoa
Rua Dr. Samuel Costa, 239 - Centro Histórico, Paraty/ RJ
Entrada Gratuita
Horário de Funcionamento: todos os dias das 9h às 22h
@canoaarteindigena
Enviar um comentário

Comentários