Pneumonia e DPOC estão entre as principais causas de morte por problemas respiratórios

DO TEXTO: A importância de estar em dia com a vacinação contra Influenza, Covid-19, Pneumocócica e Coqueluche.


Composição médico Splish-Splash.


 Especialista do Hospital São Camilo SP alerta para riscos do consumo de cigarros e destaca comorbidades como principais agravantes de doenças pulmonares

A pandemia de Covid-19 chamou a atenção das autoridades de saúde do mundo todo para os efeitos agravados de quadros respiratórios e doenças pulmonares que impactam significativamente a qualidade de vida da população.

No mês de novembro, marcado pelo Dia Mundial da Pneumonia (12) e Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC (21), especialistas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo alertam para os sinais dessas doenças e indicam quando procurar ajuda médica.

Segundo a pneumologista Milena Cerezoli, pneumonia é uma infecção nos pulmões que pode ser provocada por vírus, bactérias ou fungos. “O principal agente causador da infecção é a bactéria Streptococcus Pneumoniae”, explica.

A doença é considerada a principal causa de morte no mundo entre adultos e crianças. No Brasil, a pneumonia figura em terceiro lugar nas causas de morte, ficando atrás apenas do infarto agudo do miocárdio e do AVC, tendo entre suas principais vítimas pessoas acima de 65 anos.

A médica ressalta que pacientes com múltiplas comorbidades ou que apresentem evolução do quadro com sinais de gravidade que precisem de internação, como confusão mental, redução da pressão arterial, insuficiência respiratória, necessidade de suporte ventilatório, bem como alterações de outros órgãos e grande extensão do acometimento pulmonar, estão entre os maiores riscos de óbito pela doença. “A pneumonia é um quadro potencialmente grave, com risco maior nos extremos de idade, ou seja, abaixo dos 5 e acima dos 65 anos”, alerta.

Ela ainda destaca que nem sempre a tosse aparece como um sinal da pneumonia, portanto, é importante observar outros sintomas importantes. “Em idosos, por exemplo, muitas vezes os únicos sinais são prostração, mudança do estado mental (podem ficar mais sonolentos ou mesmo agitados, confusos), redução do apetite e perda da capacidade de andar subitamente, ficando acamado”, detalha.

Nos jovens, de acordo com a Dra. Milena, a doença se apresenta, habitualmente, associada à tosse com expectoração amarelada, febre, dor na região das costelas ou das costas.

Já no caso da DPOC, estimativas da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apontam que a doença atinge em torno de 6 milhões de pessoas, sendo que dessas, apenas 12% são diagnosticadas. Conforme dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) pela metodologia Global Burden of Disease (GBD) – Brasil, a DPOC é a quinta causa de morte entre todas as idades.

A pneumologista frisa que o DPOC mais grave, com evolução para enfisema extenso, pode causar, além de limitação para pequenos esforços devido à extrema falta de ar, disfunção do coração e necessidade de oxigenoterapia contínua, aumentando o risco de doenças cardiovasculares; o DPOC também tem associação, principalmente, a diversos tipos de câncer (pulmão, boca, pescoço, estômago e bexiga, entre outros).

“Em todas as suas formas, a DPOC também está associada ao desenvolvimento de outras enfermidades, como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose e catarata”, completa.

Ela ainda lembra que os portadores de DPOC têm maior risco de desenvolver infecção traqueobrônquica e pneumonia. Conforme explica a médica, um paciente com DPOC, após um quadro infeccioso pulmonar, apresenta mais chances de progressão futura da doença, trazendo mais sintomas como tosse, falta de ar e descompensações de outras comorbidades, como piora da insuficiência cardíaca, risco de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e piora de lesões renais.

Prevenção e cuidados

O consumo de cigarros está diretamente ligado ao desenvolvimento de doenças pulmonares. Segundo a especialista, em qualquer dispositivo que gere fumaça (cigarro de palha, papel, eletrônico, vapers, cachimbo, charuto etc.), são liberadas substâncias nas formas gasosa e particulada.

“Essa complexa composição que contém milhões de substâncias químicas, misturadas aos gases liberados na combustão, penetra facilmente nas vias aéreas superiores, inferiores e nos alvéolos, provocando reações inflamatórias com repercussões locais e sistêmicas”, alerta.

Além disso, partículas ultrafinas e diversas substâncias podem passar diretamente para a corrente sanguínea, exercendo seus efeitos nocivos. “Alterações na coagulação, indução e progressão da aterosclerose, desequilíbrio autonômico com predomínio do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e estresse oxidativo pulmonar induzidos pela fumaça do tabaco são fatores implicados na origem das doenças cardiovasculares e respiratórias”, detalha Dra. Milena.

Dessa forma, a orientação médica é não fumar, independentemente se o paciente já tem ou não uma doença pulmonar instalada, além disso, praticar atividade física regular, manter uma dieta equilibrada e uma boa noite de sono manterão o bom equilíbrio da imunidade e combaterá infecções e evolução com outras doenças pulmonares.

A pneumologista do Hospital São Camilo SP ainda destaca a importância de estar em dia com a vacinação contra Influenza, Covid-19, Pneumocócica e Coqueluche. Aos portadores de doenças pulmonares, o uso adequado de medicações inalatórias também reduzirá o risco de infecções das vias respiratórias em geral.

Por fim, a especialista recomenda a avaliação de um médico pneumologista como ação preventiva fundamental a todos que tenham história atual ou pregressa de tabagismo e àqueles que apresentem sintomas respiratórios como tosse, falta de ar ou chiado no peito, ou que tenham infecções respiratórias recorrentes.

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Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 5 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 1 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede ajudam a subsidiar as atividades de cerca de 40 unidades São Camilo, que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

A Rede São Camilo conta ainda com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários. @hospitalsaocamilosp


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