Natália Xavier lança segundo single com a palavra-poesia como guiança

DO TEXTO: Natália Xavier busca novas paragens, rumos e nascentes. “não morra de sede, meu amor” está disponível nas principais plataformas.

Paulistana de ascendência nordestina, Natália Xavier faz uma MPB contemporânea cheia de referências teatrais e poéticas em diálogo com sua ancestralidade no álbum de estreia “eu também sou teus rios”.


Vinda da poesia e do teatro narrativo, a criação musical de Natália é imensamente guiada pela palavra e por seu potencial imagético.


“Não Morra de Sede, Meu Amor” conecta artista com suas raízes


Paulistana de ascendência nordestina, Natália Xavier faz uma MPB contemporânea cheia de referências teatrais e poéticas em diálogo com sua ancestralidade no álbum de estreia “eu também sou teus rios”. A artista traz coco de roda, maracatu, baião, afoxé em uma mistura única que ganha novos contornos em seu single “não morra de sede, meu amor”. As águas metafóricas que guiam o caminho no disco surgem como acalento e busca por sentidos em uma parceria com o músico Eder Sandoli, guitarrista conhecido por colaborar com nomes como Itamar Assumpção e Tom Zé.

Ouça “não morra de sede, meu amor”:https://tratore.ffm.to/naomorradesedemeuamor

Vinda da poesia e do teatro narrativo, a criação musical de Natália é imensamente guiada pela palavra e por seu potencial imagético. Em “não morra de sede, meu amor”, a artista, com uma precisão firme e ao mesmo tempo poética, escancara a secura de um sistema e de um modo de existir falidos e, nos convida à construção de novos imaginários. “Talvez um imaginário mais úmido em que a vida prevaleça e nossa potência vital não escorra por aí”, resume ela. Tudo isso por meio de perguntas: ‘Por onde verteu tuas águas nos últimos séculos? O tempo se esgotou meu amor e você por onde verteu? Por onde bebeu do velho algoz até fazer dele teu rei? Tua pressa não te salvou meu amor e você, por onde se perdeu?’

Mas é através da canção, do belo encontro de Natália com o músico Eder Sandoli, que a força do verbo revela toda sua potência. Tendo como ponto de partida o coco de roda, já que a artista faz questão de resgatar sua ancestralidade nordestina, o arranjo ganha uma roupagem moderna ao estilo de Alceu Valença, Lenine e Zeca Baleiro. A música começa com um solo de pandeiro e em seguida entra a guitarra, com sua natureza quente e cortante, quase como uma segunda personagem em diálogo com a voz da cantora. 

Multiartista nascida em 1991 em São Paulo, Natália Xavier é raiz-nordeste. O pai, baiano. A mãe, pernambucana: “o que pulsa no sangue é importante”, ela diz. Artista visual, mestranda em Artes pela Unicamp, atriz, cantora, escritora e astróloga tradicional, agora gesta suas próprias composições para lançar em breve seu primeiro álbum autoral “eu também sou teus rios”. Este também é o título do primeiro single já revelado, uma poesia-manifesto em torno da simbologia das águas e também um convite à vulnerabilidade como potência. Parida a partir do ritmo do coco de roda, a faixa contou com a participação criativa do percussionista Rogério Nascimento, do pianista Claudio Tegg e do violonista Marcelo Lemos.

Agora, Natália Xavier busca novas paragens, rumos e nascentes. “não morra de sede, meu amor” está disponível nas principais plataformas.

Ficha técnica
composição: Natália Xavier e Eder Sandoli
intérprete: Natália Xavier
guitarra, violão e baixo: Eder Sandoli
Teclados: Claudio Tegg
Percussão: Rogério Nascimento
Mix: Douglas Pardini
Master: Julio Soares
Produção musical: Eder Sandoli
Produção executiva:  Desalinho Produções
Fotos: Duda Portella
Distribuidora: Tratore
Assessoria de imprensa: Build Up Media

Letra

Importante é
Revisitar os trajetos
Rascunhar a todo instante
um percurso em que as pragas
(aquelas de dentro da tua cabeça)
não te alcancem

Rememorar
cada detalhe das vezes
em que quase morremos de sede – de sede
As obrigações, instituições
fálicas (falidas)
violentando toda ternura
rasgando o peito ao meio
alargando a fissura

Por onde verteu tuas águas nos últimos séculos?
O tempo se esgotou, meu amor
E você, por onde verteu?

Por onde bebeu do velho algoz até fazer dele teu rei?
Tua pressa não te salvou meu amor
E você, por onde se perdeu?


Natália Xavier

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