Dança > Rubble King de Duarte Valadares | CCB 13, 14 e 15/5

DO TEXTO: O artificial inteligente. O Néon Mecha que respira pelo plissado, que sonda o futuro até que a gravidade o cole à gravilha. Duarte Valadares
Rubble King introduz um corpo que rastreia arquétipos. Uma entidade dentro de uma caixa de areia, um local de informação ilimitada, um circuito excessivamente produtivo à procura de modelos assimiláveis


Duarte Valadares
Rubble King

CCB . 13, 14 e 15 maio . sexta a domingo . 19h00 . Black Box

Direção artística Duarte Valadares
Cocriação André Cabral & Marco da Silva Ferreira
Interpretação Duarte Valadares
Artista visual Denilson Miranda
Compositor Olli Lautiola
Figurinista Pawel Androsiuk
Desenho de luz Luisa L’Abbate
Produção administrativa Sekoia – Artes Performativas
Apoios de residências Cie Thor, Jazzy Dance Studios – Santos, Estúdio CAB - Centro Coreográfico de Lisboa, Centro de Criação do Imaginarius, Companhia Instável

Rubble King introduz um corpo que rastreia arquétipos. Uma entidade dentro de uma caixa de areia, um local de informação ilimitada, um circuito excessivamente produtivo à procura de modelos assimiláveis. Este corpo universal é viral, um circuito não filtrado, interrompido aleatoriamente pela autossatisfação. Vislumbres de estruturas reais de movimento estão presentes como se fossem uma segunda pele, o artificial inteligente. Mudança, mudança, mudança, a evolução pela ambiguidade imersiva, um ridículo racional.

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Rubble King
-search C:\www\arquetypes\probe

Uma sonda ininterrupta, um diálogo de indefinição.
A procura incessante deste sonar constrói uma unidade Mecha, um mar de arquétipos condensados nesta cápsula central distópica.

«I watched c-beams glitter in the dark near the Tannhäuser Gate.»
Se sei? Não. Imagino, imagino o que talvez seja e dou cor a desconstruções que não têm de ter lugar. É essa ambiguidade que faz pulsar a procura deste circuito. Queria atirar uma pedra para o futuro e voltei à gravilha, vi flaps virarem pulsos hirtos em vibrato, holofotes tornaram-se braços polvo e o código binário procurou encontrar expressão.
É nesta desconstrução e aleatoriedade que encontro o rei da gravilha, cruzam-se Tetsuo, Project 2501, Motoko 2 e encontram-se loops virais. Tudo o que se cria já existe sob alguma forma, ser novo, um ser novo é um processo incerto, belo.
Os membros deixam de ter as funções designadas e podemos assistir ao deslize do olhar até à pélvis, o sagrado vira farol e os metacarpos frenéticas sobrancelhas. Sob isto, a segunda pele olha para uma tela de lama e reconstrói emoções, um replicante.
O artificial inteligente. O Néon Mecha que respira pelo plissado, que sonda o futuro até que a gravidade o cole à gravilha.
Duarte Valadares

Referências
1 Monólogo de Roy Batty (replicante) em Blade Runner, 1982.
2 Personagens:
Tetsuo – Akira, 1988
Project 2501, Motoko – Ghost In The Shell, 1995

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Nascido no Porto, Duarte Valadares formou-se na Escola Superior de Dança em 2014, reside entre Portugal e Bélgica, pesquisando paralelamente o movimento contemporâneo e urbano. Trabalhou com coreógrafos como Amélia Bentes em Eternuridade, Gregory Maqoma em Free, Emmanuele Hyuhn em Cribles, Marco da Silva Fereira em Land(e)scape, Hu(r)mano, Brother e Bisonte, Drosha Gherkov em Neds, Jonas&Lander em Adorabilis e Thiery Smits/Compagnie Thor em Anima Ardens e WaW. Duarte coreografou Dry Mouth em 2015, State of Doubt em 2016, We can buy a Basquiat but we can't hold hands com Jonas Verwerftem em 2017 e Rubble King em 2018.

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