Em “O moinho que derrotou Dom Quixote”, Luiz Vadico se dirige o tempo todo ao leitor. Em um livro leve e cheio de reflexões, lançado pela editora Literare Books International, o escritor distribui o conteúdo de forma completamente desigual, mas proposital. Textos curtos, textos longos, crônicas, micro-contos, poesias e fábulas. “Se me perguntasse, eu diria que é um romance de um personagem só, uma obra para se emocionar e se apaixonar”, destaca ele.
Na narração em primeira pessoa, o personagem fica mais próximo do leitor. O autor também se coloca como personagem, narrando suas experiências, emoções, medos e indecisões. O livro se forma por frases subentendidas, trocadilhos, referências e ironias. “Narcisismo contemporâneo ou uma poética da solidão? O próprio leitor irá responder essa pergunta. Ainda assim, se trata de um romance. Uma ruptura!”, afirma o escritor.
O título do livro veio de uma frase do autor Luiz Vadico perdida entre muitas, mas cheia de verdade: “Eu sou o moinho de vento que derrotou Dom Quixote!”. Pensado e estruturado nos mínimos detalhes, a obra segue a lógica da montagem dos documentários televisivos, ao invés de imagens e textos. Em vez de uma única estória, uma linha do tempo com idas e vindas, dias, horários, meses e anos.
“O título jamais foi uma frase para exaltá-lo, afinal moinhos não se envaidecem. Foi apenas uma percepção de que o mundo da ilusão, seja virtual ou não, não o comportou”, diz Luiz.