Procedimento é feito principalmente em pacientes que trabalham com as mãos sentados em frente a um computador. Posição facilita maior tensão e estresse nos músculos do trapézio, estendendo a dor ao pescoço e ombros
São Paulo – 17/03/2021 - Com tantos usos para beneficiar a aparência e até a depressão, a toxina botulínica tornou-se o equivalente médico a um canivete suíço. Pode relaxar rugas, cessar a transpiração excessiva e diminuir os episódios de enxaquecas dolorosas. Mas você sabia que a neurotoxina também pode atuar como um relaxante muscular em outros locais do corpo, principalmente para lidar com as dores que vêm junto com o estresse? “A dor de tensão, por exemplo, pode ser tratada com toxina botulínica. Quando a tensão e o estresse aumentam no pescoço, nossos músculos podem começar a ficar tensos ou doloridos. A dor no pescoço também pode se espalhar para os ombros. A tensão no músculo trapézio é bastante comum em pessoas que trabalham com as mãos e basicamente em qualquer pessoa que se senta em frente a um computador. O estresse, é claro, causa um enrijecimento muscular generalizado”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo*, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A toxina botulínica já é usada há alguns anos para dores crônicas musculares e neuropáticas.
Esta dor física pode, então, por sua vez criar mais ansiedade que leva ainda mais à constrição muscular, o que piora ainda mais a ansiedade, em um ciclo negativo. “É aqui que as injeções de neurotoxina entram, principalmente para aliviar esse ciclo vicioso”, diz o médico. “Ao colocar neuromoduladores estrategicamente nos músculos do pescoço, ombro e até mesmo do couro cabeludo, você pode aliviar a tensão muscular, constrição e dor. A injeção nos músculos trapézios ajudará as dores nas costas e pescoço devido aos músculos tensos. A toxina botulínica também tem o benefício adicional de ajudar a endireitar a postura”, conta o cirurgião plástico.
O Dr. Mário explica que o uso terapêutico da neurotoxina nos ombros pode levar a uma melhora da postura devido à eliminação da dor ou ansiedade induzida pelo estresse. “À medida que sentimos dor, geralmente ajustamos a maneira como nos posicionamos, nos movemos. Esta compensação, embora destinada a aliviar a dor, pode realmente piorar as coisas, já que tendemos a depender excessivamente de certos grupos de músculos em detrimento de outros”, explica o médico.
Após o procedimento, o médico explica que o ideal é não fazer esforço físico por alguns dias – principalmente musculação – mas as atividades rotineiras de trabalho estão liberadas após 24 horas. Sobre os possíveis efeitos colaterais, como o uso prejudicado do músculo, o especialista disse que este tratamento tem riscos mínimos. “Os benefícios são a melhora da rigidez muscular e a redução do estresse e os riscos são realmente mínimos. Não há diretrizes publicadas sobre a dosagem, então o principal risco é que você tenha que voltar para receber uma segunda dose”, finaliza o médico.
*DR. MÁRIO FARINAZZO: Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros.
Obter link
Facebook
X
Pinterest
Email
Outras aplicações
Enviar um comentário
Comentários
DIGITE PELO MENOS 3 CARACTERES
Close
🍪 Este site usa cookies para melhorar a sua experiência.
✖
Tem curiosidade sobre um tema, um nome? Encontre aqui.
Procedimento é feito principalmente em pacientes que trabalham com as mãos sentados em frente a um computador. Posição facilita maior tensão e estresse nos músculos do trapézio, estendendo a dor ao pescoço e ombros
São Paulo – 17/03/2021 - Com tantos usos para beneficiar a aparência e até a depressão, a toxina botulínica tornou-se o equivalente médico a um canivete suíço. Pode relaxar rugas, cessar a transpiração excessiva e diminuir os episódios de enxaquecas dolorosas. Mas você sabia que a neurotoxina também pode atuar como um relaxante muscular em outros locais do corpo, principalmente para lidar com as dores que vêm junto com o estresse? “A dor de tensão, por exemplo, pode ser tratada com toxina botulínica. Quando a tensão e o estresse aumentam no pescoço, nossos músculos podem começar a ficar tensos ou doloridos. A dor no pescoço também pode se espalhar para os ombros. A tensão no músculo trapézio é bastante comum em pessoas que trabalham com as mãos e basicamente em qualquer pessoa que se senta em frente a um computador. O estresse, é claro, causa um enrijecimento muscular generalizado”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo*, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A toxina botulínica já é usada há alguns anos para dores crônicas musculares e neuropáticas.
Esta dor física pode, então, por sua vez criar mais ansiedade que leva ainda mais à constrição muscular, o que piora ainda mais a ansiedade, em um ciclo negativo. “É aqui que as injeções de neurotoxina entram, principalmente para aliviar esse ciclo vicioso”, diz o médico. “Ao colocar neuromoduladores estrategicamente nos músculos do pescoço, ombro e até mesmo do couro cabeludo, você pode aliviar a tensão muscular, constrição e dor. A injeção nos músculos trapézios ajudará as dores nas costas e pescoço devido aos músculos tensos. A toxina botulínica também tem o benefício adicional de ajudar a endireitar a postura”, conta o cirurgião plástico.
O Dr. Mário explica que o uso terapêutico da neurotoxina nos ombros pode levar a uma melhora da postura devido à eliminação da dor ou ansiedade induzida pelo estresse. “À medida que sentimos dor, geralmente ajustamos a maneira como nos posicionamos, nos movemos. Esta compensação, embora destinada a aliviar a dor, pode realmente piorar as coisas, já que tendemos a depender excessivamente de certos grupos de músculos em detrimento de outros”, explica o médico.
Após o procedimento, o médico explica que o ideal é não fazer esforço físico por alguns dias – principalmente musculação – mas as atividades rotineiras de trabalho estão liberadas após 24 horas. Sobre os possíveis efeitos colaterais, como o uso prejudicado do músculo, o especialista disse que este tratamento tem riscos mínimos. “Os benefícios são a melhora da rigidez muscular e a redução do estresse e os riscos são realmente mínimos. Não há diretrizes publicadas sobre a dosagem, então o principal risco é que você tenha que voltar para receber uma segunda dose”, finaliza o médico.
*DR. MÁRIO FARINAZZO: Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros.
Uma romântica que acredita no amor eterno. Redatora do Portal Splish Splash. VER PERFIL
Comentários
Enviar um comentário
🌟Copie um emoji e cole no comentário: Clique aqui para ver os emojis