3 pontos importantes para entender como a saúde oral impacta a pandemia do Coronavírus

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Mesmo com as campanhas de vacinação a todo vapor, não paramos com os esforços para entendermos mais sobre o que é a COVID-19, seu impacto no organismo e os fatores que podem contribuir para sua gravidade. Hoje, por exemplo, sabemos que a saúde oral pode ter impacto direto sobre a infecção causada pelo Coronavírus.


Além de ser um ponto importante de entrada e transmissão do vírus Sars-COV-2, cavidade oral pode sofrer com doenças periodontais que, por sua vez, favorecem surgimento de comorbidades da COVID-19 e aumentam risco de casos graves e morte pela doença.

São Paulo – Agosto/2021 - Mesmo com as campanhas de vacinação a todo vapor, não paramos com os esforços para entendermos mais sobre o que é a COVID-19, seu impacto no organismo e os fatores que podem contribuir para sua gravidade. Hoje, por exemplo, sabemos que a saúde oral pode ter impacto direto sobre a infecção causada pelo Coronavírus. Para entender mais sobre essa questão, consultamos o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor pela USP, que explicou de que forma a realização de cuidados orais pode ajudar a prevenir a transmissão e contágio pelo Coronavírus e reduzir o risco de casos graves e morte. Confira:

Cavidade oral é ponto focal importante para a infecção pelo SARS-CoV-2 - A cavidade oral vem sendo apontada como um dos pontos de entrada mais importantes para o agente patógeno causador da COVID-19. Além disso, o vírus SARS-CoV-2 foi identificado na saliva de cerca de 90% dos pacientes infectados e inúmeros estudos têm demonstrado que o vírus pode ser transmitido por gotículas de saliva em até 3 metros mesmo em pacientes assintomáticos. “A localização da cavidade oral em relação ao sistema respiratório e a secreção de saliva na região, que abriga milhões de microrganismos e é um meio de transmissão de vírus e bactéria, a tornam um meio expressivo de transmissão do agente patógeno”, explica o especialista.

Doenças periodontais predispõem comorbidades da Covid-19 – Figurando entre as doenças mais prevalentes em todo o mundo, a periodontite, infecção bacteriana caracterizada pela inflamação crônica dos tecidos que envolvem os dentes, pode favorecer o surgimento e piora de condições sistêmicas que figuram como fator de risco para casos graves de COVID-19. “Gengivas inflamadas, infecções orais e problemas periodontais geram a liberação de citocinas na corrente sanguínea que causam um processo inflamatório até mesmo em órgãos distantes, promovendo assim o desenvolvimento de condições como diabetes, Alzheimer, aterosclerose, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares”, destaca o cirurgião-dentista

Doenças periodontais aumentam risco de infecção, caso graves e morte por Covid-19 - Visto que um maior índice de mortalidade por COVID-19 foi observado em pacientes com problemas gengivais, pode-se concluir que existe um risco aumentado de morte pela infecção causada pelo Coronavírus em pacientes com doença periodontal. “Estudos apontam que a secreção aumentada de citocinas pró-inflamatórias provocada pela doença periodontal é um dos principais fatores envolvidos no desenvolvimento da Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto, que, junto a outras desordens respiratórias severas, é a principal causa de morte entre pacientes com COVID-19. Além disso, as bactérias provenientes do periodonto doente aumentam a expressão de ACE2 (Enzima conversora da angiotensina 2), proteína que atua como um receptor do SARS-CoV-2, o que facilitaria sua entrada. Pesquisas ainda sugerem que as bolsas entre os dentes e a gengiva provocadas pelas bactérias causadoras da periodontite são um ponto focal de infecção pelo Coronavírus”, afirma o Dr Hugo.

Por esses motivos, a realização de cuidados diários com a saúde oral tem se mostrado cada vez mais importante em meio a pandemia do Coronavírus. Mas engana-se quem acredita que basta realizar a escovação convencional para manter a saúde oral em dia. Até mesmo a escolha da escova importa. “Para máxima eficácia da higiene oral, o ideal é apostar em escovas com grande quantidade de cerdas, pois, quanto maior a quantidade de cerdas, maior é a eficácia da escovação e menor é o acúmulo de placa bacteriana no dente. Mas, lembre-se que a quantidade deve estar aliada à qualidade das cerdas, que devem ser ultramacias, já que cerdas duras podem machucar as gengivas, desgastar o esmalte dos dentes, provocar retração gengival e, consequentemente, sensibilidade”, aconselha o especialista. Atualmente, a escova com maior número de cerdas ultramacias do mundo é a Escova Velvet, da Curaprox, que conta com 12.460 cerdas para formar uma superfície extremamente eficaz na limpeza dos dentes sem perder a suavidade e delicadeza.

Outro ponto importante para manter a saúde oral em dia é a limpeza dos locais que a escova convencional não alcança, como a região interdental, o que pode ser feito através do uso de escovas interdentais como a Curaprox CS Prime. “O fio dental sozinho não é capaz de higienizar com eficácia toda a região que fica entre os dentes. Por isso, o uso da escova interdental é tão importante, já que é responsável pela desorganização da placa bacteriana ou biofilme oral que se localiza na região entre os dentes com maior efetividade que o fio dental, pois muitos dentes, especialmente os posteriores, possuem uma depressão nesta área que apenas a escova interdental é capaz de atingir e higienizar adequadamente”, destaca o cirurgião-dentista.

Para potencializar os cuidados com a saúde oral, especialmente nesse momento de pandemia, também é interessante fazer uso de enxaguatórios bucais formulados com Citrox® (agente antimicrobiano com potente eficácia bactericida, antifúngico e antiviral) a Ciclodextrina (ativo de ação antiviral específica capaz de desestruturar as proteínas que revestem a parede celular dos vírus, eliminando-os), pois, de acordo com pesquisadores da universidade Claude Bernard Lyon 1 na França, um único bochecho com enxaguatórios antivirais com essa composição é capaz de reduzir a carga viral do SARS-CoV-2 na saliva em 71% depois de somente 4 horas. “Hoje já é possível encontrar no mercado brasileiro enxaguatórios orais formulados com esses componentes, como é o caso do Perioplus+ Regenerate, da Curaprox, que, além de Ciclodextrina e Citrox®, ainda traz na composição a Clorexidina a 0,09%, que é considerado o enxaguatório oral “padrão-ouro” na Odontologia, o Ácido Hialurônico, que acelera a regeneração dos tecidos orais, e o copolímero PVP/VA, que potencializa a proteção oral ao formar uma película sobre os dentes, gengivas e mucosa”, afirma o especialista.

Por fim, o Dr. Hugo Lewgoy destaca que os cuidados com a saúde oral apenas complementam as outras medidas de prevenção contra o Coronavírus, não substituindo-as. “Por isso, é fundamental que, mesmo realizando a higiene diária da cavidade oral, o indivíduo continue higienizando frequente as mãos com água e sabão, utilizando máscaras de proteção e mantendo o distanciamento de outras pessoas”, finaliza.

FONTE: HUGO ROBERTO LEWGOY - Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) e do Mestrado Profissional em Biomateriais em Odontologia da Universidade Anhanguera (UNIAN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.

 


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