CCB/GULBENKIAN - Conferência "Arte e Arquitetura: Reverberações entre Desenho e Construção" - 17/06

DO TEXTO: A exposição "Tudo o que eu quero" permite imaginar possibilidades em aberto nas práticas artísticas e arquitetónicas.
Longe vão os dias em que a formação em Belas-Artes garantia afinidade entre arte e arquitetura. Tanto uma disciplina como outra se libertaram das grilhetas da técnica e da forma para expandir o seu espectro de ação e incluir novos campos do conhecimento e estratégias de trabalho.


Arte e Arquitetura:

Reverberações entre Desenho e Construção

Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020

Coprodução Fundação Calouste Gulbenkian e CCB/Garagem Sul


Moderação: André Tavares

Construir

Ângela Ferreira / Patrícia Barbas

Desenhar

Maria Capelo / SAMI (Inês Vieira da Silva & Miguel Vieira)


17 junho . quinta . 18h às 20h . Fundação Calouste Gulbenkian


Longe vão os dias em que a formação em Belas-Artes garantia afinidade entre arte e arquitetura. Tanto uma disciplina como outra se libertaram das grilhetas da técnica e da forma para expandir o seu espectro de ação e incluir novos campos do conhecimento e estratégias de trabalho. Apesar dos caminhos independentes, tanto a construção como o desenho permanecem como categorias comuns e são ponto de encontro entre artistas e arquitetos. Desenho e construção reverberam entre si, ecoando as reverberações entre arte e arquitetura.


Ao revelar as ambições da arte portuguesa ao longo de mais de um século, a exposição Tudo o que eu quero permite imaginar possibilidades em aberto nas práticas artísticas e arquitetónicas. Como é que ambos os campos se interligam? E como é que as suas aspirações impulsionam a transformação do ambiente construído? Nesta sessão, vão estar em debate as ressonâncias entre aproximações conceptuais e realizações materiais, inquirindo as relações entre construção e desenho como dois modos estruturantes das práticas da arte e arquitetura.


A cultura contemporânea está a ser estimulada pelos impactos da indústria da construção. Há novos modos de construir que decorrem da combinação entre saberes artesanais e qualidades biológicas dos materiais, estratégias que se contrapõem ao ritmo industrializado da construção. A transformação das práticas construtivas está a mudar gradualmente as convenções e protocolos do projeto de arquitetura, a relação com o estaleiro de obra e, no limite, a linguagem e as formas da própria arquitetura. Essas transformações são intuídas e questionadas no campo da arte, no qual a representação da arquitetura tem as suas raízes históricas. Que reverberações continuamos a sentir quando arquitetos e artistas desenham e constroem?


Imagem: Ana Hatherly, As Ruas de Lisboa, 1977.

FCG-CAM © Herdeira de / Heiress of Ana Hatherly


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