Uma história da fotografia

DO TEXTO: Ao longo de 12 aulas online, vamos viajar no tempo e estudar as práticas, formas e impactos da imagem fotográfica na arte e sociedade...

: "Uma história da fotografia" - Com uma abordagem plural e transversal, o curso vai analisar diferentes períodos de desenvolvimento da fotografia e suas expressões


Ao longo de 12 aulas online, vamos viajar no tempo e estudar as práticas, formas e impactos da imagem fotográfica na arte e sociedade, desde sua invenção no século XIX até a atualidade. Com uma abordagem plural e transversal, o curso vai analisar diferentes períodos de desenvolvimento da fotografia e suas expressões, além de rever obras de grandes fotógrafos, de gerações e olhares distintos. 


O curso propõe discutir o lugar da imagem no passado e presente, através da sua produção (práticas da imagem), difusão (suporte e meios de comunicação) e recepção (cultura visual).


Quatro ciclos compõem esta formação:


1- Fotografia e modernidade: o crescimento da prática fotográfica e o confronto com os modelos tradicionais de representação.


1.1 Invenção e desafios da fotografia

A fotografia vista sob o ângulo da experimentação e da conquista de novos processos de reprodução de imagens. A partir da segunda metade do século XIX, o progresso técnico favorece a extensão dos usos e funções da fotografia.

1.2 Concepções de uma reprodução

Marginalizados pela sua técnica, os pioneiros da fotografia tentam conquistar os espaços de representação tradicional da arte. Estas aspirações artísticas se aproximam dos modelos da pintura que aliadas ao desenvolvimento da indústria da fotografia fizeram surgir novas categorias de amadores e profissionais. 

1.3 Fotografia brasileira na passagem dos séculos XIX ao XX

Ao contrário do que ocorria com o circuito de exposições dos salões de belas-artes, já consolidado em nosso país no final do século XIX, a fotografia como expressão artística era pouco reconhecida. Sua função principal estava mais relacionada a uma forma remunerada de trabalho, estando concentrada, na sua maioria, nas mãos de profissionais estrangeiros.


2- Formas do real interrogam as diferentes abordagens da fotografia como ferramenta de descrição e reflexão.


2.1 Cidade e sociedade

Cada vez mais os fotógrafos ocupam as ruas para capturar a vida. Pensam suas imagens tanto em função dos seus sujeitos como dos seus contextos e modalidades de difusão. 

2.2 Vanguarda e renovação durante o período entre as guerras

Se no início, os fotógrafos produziam imagens buscando um afastamento da capacidade mecânica de reprodução da fotografia, os movimentos ocorridos no período entre guerras decidem o contrário: tirar partido das especificidades deste meio, experimentar e investir em formas modernas e pontos de vista inéditos. 

2.3 Confrontos e paralelos: fotoclubismo no Brasil

O fotoclubismo contribuiu para a atualização da fotografia no Brasil através de um intenso intercâmbio com associações estrangeiras. Tudo indica que a vertente modernista da fotografia brasileira, que eclodiu em meados da década de 1940, não teria surgido, nem tampouco se firmado sem o intercâmbio internacional propiciado em torno dessa rede e a abrangência das referências e debates que gerou.


3- Fotografar o real? 

3.1 A era do ouro da fotorreportagem

As primeiras imagens surgem na primeira metade do século XX. Sua reprodutibilidade se expande durante a II Guerra Mundial e se estabelece como forma de expressão no período pós-guerra, até o final da década de 1960. Como aliados desse campo de atuação encontramos a expansão do fotojornalismo e o surgimento das câmeras portáteis.

3.2 A fotografia exposta

A exposição marca o momento de visibilidade de uma obra de arte. Do encontro com o público com a materialidade do objeto artístico. A história das exposições e a construção de narrativas: exibição, recepção, circulação e consumo.

3.3 Expansão das práticas documentais

Quando a ação substitui o objeto artístico tradicional, o registro em fotografia torna-se privilegiado para obras transitórias como happenings e intervenções no espaço real. A fotografia conceitual surge como um novo modelo de documentário social. As tecnologias da imagem introduzem novas possibilidades nas construções plásticas da narrativa.


4- A transição entre a fotografia como registro para a fotografia como expressão: desenvolvimento de novas potencialidades criativas 

4.1 Uma nova civilização da imagem: o artista bricoleur

A incorporação de signos emblemáticos da cultura de massa, da sociedade de consumo e de outros materiais estranhos a obra de arte. Num misto de colagem, readymade e objet trouvé, o artista reúne objetos do cotidiano, elementos encontrados ao acaso e todo tipo de material descartado pela sociedade

4.2 Arte e globalização

O uso de diferentes suportes e formatos, inclusive fotografia e imagens geradas em computador para examinar o mundo contemporâneo.

4.3 A fotografia e a América Latina

Os pintores latino-americanos dos anos 1920 construíram um amplo debate de ideias sobre a natureza da arte e sua relação com a nacionalidade. Escreveram Manifestos e se preocuparam em refletir sobre a sociedade e as possibilidades de mudança com ênfase no campo cultural. Nas décadas posteriores o continente esteve atravessado pelas ditaduras militares, as quais acabaram por influenciar a estética da arte latino-americana.


Alguns artistas que serão comentados ao longo deste curso: Hercule Florence (1804-1879), Edward Steichen (1879-1973), George Huebner (1862-1935), Alberto de Sampaio (1870-1931), Martin Chambi (1871-1973), Slavka Pavic (1927-), Jacques Henri Lartigue (1894-1986), José Oiticica Filho (1906-1964), Eduardo Salvatore (1914-2006), Ara Guler (1928-2018), Susan Meiselas (1948), Dan Graham (1942), Ana Mendieta (1948-1985), Cindy Sherman (1954), Christian Boltanski (1944), Sherrie Levine (1947), Richard Prince (1949), Rosângela Rennó (1962), Joel Bartolomeo (1957), Wang Qinsong (1966), Lydie Jean Dit Pannel (1968), Oscar Muñoz (1951) entre outros.


PARA QUEM É ESSE CURSO

Estudantes, pesquisadores e interessados no assunto. Não é necessário conhecimento prévio. 


QUANDO:

Datas: 7/out a 13/nov

Horário: Quartas e Sextas, 19h - 21h

Inscrições: até 5/out

Todas as aulas serão realizadas na plataforma Zoom.


INSCRIÇÃO: 

Até 5 de outubro 

www.casatri.com

casatriii@gmail.com

WhatsApp: 11 970 951 958


INVESTIMENTO

R$960

Curso completo + bibliografia

12 aulas/ 24 horas aula


SOBRE MARLY PORTO Marly Porto é Mestre em Estética e História da Arte (USP) e Bacharel em Arte: História, crítica e curadoria (PUC - SP). Autora do livro “Eduardo Salvatore e seu papel como articulador do fotoclubismo paulista”, publicado em 2018. 

Em 2017, Marly foi uma das palestrantes na conferência organizada pelo Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York (EUA), apresentando o painel "The Salons of Foto Cine Clube Bandeirante (1942 - 60): A Venue for the Promotion, Sharing and Update of Photography by National and International Photo Clubs".

É curadora, crítica de arte, coordenadora de exposições e feiras de fotografia, editora de fotolivros e palestrante com mais de 20 anos de experiência no mercado brasileiro e internacional.

Desde 2019, é responsável pela área de projetos artísticos e culturais do Institut d’Education et des Pratiques Cittoyennes (IEPC), instituição que reúne creches para crianças de 0 a 3 anos, em Paris (França).


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