O que o terror pode te ensinar

DO TEXTO: “O terror, pode, inclusive, ser a porta de entrada dos jovens, que adoram uma aventura, no mundo da leitura”
Histórias de terror sempre têm algo em comum: uma boa trama e muita adrenalina

Histórias de terror sempre têm algo em comum: uma boa trama e muita adrenalina, certo? Para muitos, especialmente os que não têm muito conhecimento ou não se identificam com o gênero, o terror pode ser visto como puro entretenimento. Mas AT Sergio, autor pernambucano com predileção pela ficção e pelo terror, quer ajudar a mudar essa percepção.

“O terror, pode, inclusive, ser a porta de entrada dos jovens, que adoram uma aventura, no mundo da leitura”, explica AT. Para ele, a literatura de terror pode ensinar muito, para quem estiver aberto, claro. Ele cita alguns aprendizados que podem acontecer quando decidimos nos aventurar no gênero:

1. Conviver com a adrenalina
Ah, esse nosso mundo pós-pandemia. Se aprendemos algo, é que temos que estar preparados para o desconhecido e para enfrentar mudanças bruscas, certo? Nesse sentido, o que o terror mais pode nos ensinar é a conviver com a adrenalina. “Sabemos que muitas pessoas preferem vidas pacatas e desejam fervorosamente não ter que mudar, mas isso é impossível na vida, certo?”, questiona AT, que lembra: “se, na vida real, tentamos manter tudo sempre igual, aos menos nas páginas de um livro podemos exercitar a convivência com o inesperado”.

2. Mediar nossas emoções
Se os livros podem nos ajudar a conviver com o inesperado, podem, também, ensinar a mediar as emoções. Quem nunca leu algo e ficou impactado por um bom tempo? “O terror pode ser muito envolvente e nos tirar, por algum tempo, da realidade. A parte boa é que vai gerar medo, ansiedade, nos ajudar a sentir o coração bater mais forte e, dependendo da história, fazer rir e chorar”, lembra AT, que segue: “é uma forma lúdica, mas que pode ser eficaz, de exercitar e entender as próprias emoções diante da vida”.

3. A entender melhor o mundo
Por que não? “Na literatura de terror, nos permitimos. Nada precisa ser real, factível, possível. De invasões alienígenas a personagens clássicos, como palhaços e brinquedos assassinos, o que importa é que a história nos transporte para um mundo de fantasia, mas com muito susto, não é mesmo?”. Para AT, essa mistura de situações irreais com sentimentos bem realistas pode ajudar a entender melhor o mundo, como vemos o que é novo, diferente, o que consideramos efetivamente normal, e o que nos causa medo? “Nesse sentido, tudo pode se tornar uma forma de autoconhecimento”, enfatiza ele.

4. A ler mais, com mais prazer
Como AT bem cita: “muitos jovens, hoje, estão afastados da leitura e tem até mesmo uma certa preguiça de ler. Isso porque estamos na era digital e os games e as redes sociais nos deixaram focados no conteúdo visual e curto”. Ler histórias instigantes, que podem ser curtas, no começo, como contos, e que nos tirem da zona de conforto ou nos façam querer saber como será o final, pode ser a porta de entrada para o mundo incrível da leitura. “Tem muita gente que começa a ler terror e, depois, adere a outros gêneros, também. Pode funcionar para os jovens, que adoram algo diferente, inusitado e que dê aquele frio na barriga, de vez em quando”, confirma ele.

AT Sergio lançou seu primeiro romance, ELES, no finalzinho de 2019 e está no catálogo de títulos virtuais da Amazon. Com o título, foi indicado para o prêmio Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2020, na categoria narrativa longa literatura juvenil. O livro mistura física relativista com terror em terras tupiniquins para o público infanto-juvenil, agrada a jovens de todas as idades e se encaixa perfeitamente nos tópicos acima. Para quem quer se aventurar, pode ser uma ótima pedida.

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Sobre o autor
A.T. Sergio é um escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, depois de publicar contos em mais de 25 antologias, estreia em romances com essa publicação, “Eles”, após ter sido finalista no prêmio SweekStars, edição 2018. Redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita.

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