Apesar de contar com uma produção nacional de respeito, a literatura de terror não é nem nunca vai ser pop. A maior prova disso é que parece estar sempre à margem, amada e odiada. E esse pode, certamente, ser o seu ingrediente primordial.
A produção de terror nacional merece respeito e reverência. Até mesmo o cinema nacional teve, nos últimos anos, algumas produções nessa linha, que abraçaram uma fatia do público. Ainda assim, não, o terror não é pop. E nem pode ser! A popularização em massa do tema pode, inclusive, tirar o que ele tem mais sagrado: ser, de certa forma, marginalizado.
O terror é o que a gente assiste mesmo tendo medo, tapando os olhos, vai dizer que não? Segundo AT Sergio, escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon, “o gênero é mesmo marginal e o seu charme está nisso. Mesmo aqueles que dizem não gostar da temática assistem e leem terror, nem que seja para acompanhar alguém”.
“Quem nunca se viu colado a alguém, querendo a companhia, soltando gritos de susto, procurando aquele olhar complacente ou um abraço carinhoso depois de uma cena mais pesada? Quem nunca se viu lendo com a luz acesa as histórias mais sombrias, com receio de ficar no escuro e ver se tornar realidade o que está escrito nas páginas de um livro? Quem não gosta de sentir a ansiedade sobre quem irá prevalecer em uma trama clássica sobre o combate entre o bem e o mal? Esse é o consumidor de terror/suspense clássico, o que teme mais ainda confessar gostar dessas sensações do que as histórias as quais consome”, complementa AT Sergio.
Ele enfatiza: “há muitos leitores/telespectadores de terror. Esses só são mais reservados, mantendo a aura do mistério e a marginalização do gênero”. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, foi finalista no prêmio SweekStars, edição 2018 e redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita, e do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2020, na categoria narrativa longa literatura juvenil, com Eles, seu primeiro romance solo de ficção/terror, lançado no finalzinho de 2019.
Este ano, devido à pandemia pelo Novo Coronavírus, alguns lançamentos estão em stand by. Ainda assim, AT publicou As 13: Histórias Diversas, uma coletânea com contos já consagrados em antologias e duas obras inéditas. Mesmo assim, talvez você nunca tenha ouvido falar de AT, afinal de contas, ele escreve terror, não é mesmo? Mas uma coisa é certa: se você ouviu, é porque já sabe o que é bom. Vai lá pra ver onde comprar:
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