Estresse e ansiedade prejudicam sono e imunidade, além de favorecer aparecimento de rugas

DO TEXTO: Com a pandemia de Covid-19, quadros cada vez mais frequentes de estresse e ansiedade podem refletir negativamente na pele de várias formas, além de prejudicar o sono e desfavorecer o sistema imunológico.

Com a pandemia de Covid-19, quadros cada vez mais frequentes de estresse e ansiedade podem refletir negativamente na pele de várias formas, além de prejudicar o sono e desfavorecer o sistema imunológico.

São Paulo – julho 2020 - Definitivamente, não está fácil lidar com o estresse e a ansiedade. E por ser um órgão externo, é na pele que são denunciadas a maioria das alterações do organismo, como, por exemplo, as rugas. “O estresse e a ansiedade prejudicam as células da pele e seu processo de renovação, já que encurtam os telômeros – capas protetoras dos cromossomos que têm como função preservar o DNA. A consequência disso é a aceleração do envelhecimento, causando rugas e manchas na pele”, explica a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. “Um dos efeitos do estresse psicológico é alteração da flora intestinal que acaba aumentando a absorção de substâncias prejudiciais à saúde que aumentam a quantidade de radicais livres. Os radicais livres alteram a estrutura do colágeno causando envelhecimento da pele”, diz a médica.

Porém, esses não são os únicos efeitos do estresse e da ansiedade sobre a pele; eles trazem vulnerabilidade a agentes causadores de infecção, alergias e acnes. “O estresse age também no tecido conjuntivo associado às reações alérgicas, chamadas mastócitos. Isso gera aumento das coceiras e prurido. A queda capilar também pode ser potencializada pelo estresse excessivo. Como os quadros também acometem o sistema imunológico, faz com que a cura desses problemas seja mais demorada”, afirma a cirurgiã plástica. No caso de tratamentos estéticos, a pele pode ter uma dificuldade de ser estimulada por conta da liberação de mensageiros inflamatórios, que também dificultam a cicatrização.

No que diz respeito ao estresse psicológico, as principais queixas são as neurodermatites (alteração da pele que ocorre devido ao fato de coçar/esfregar), dermatite seborreica (inflamação crônica em áreas com alto número de glândulas sebáceas, disidrose palmar e plantar (pequenas bolhas nas mãos e/ou nos pés), psoríase, vitiligo, além do envelhecimento precoce. Segundo a Dra. Beatriz, é importante minimizar seus efeitos no organismo com alguns hábitos. “É importante ter uma alimentação saudável e balanceada, utilizar fotroprotetor diariamente, aumentar a ingestão de líquidos, praticar exercícios físicos regularmente mesmo dentro de casa, tudo isso com o intuito de trazer relaxamento e bem-estar. Isso também melhorará seu sono, o que é benéfico para minimizar as olheiras e linhas de expressão. Faça atividades prazerosas. A meditação é muito importante para auxiliar no controle do estresse. Suplementos também podem contribuir, principalmente aqueles com antioxidantes – agentes que induzem a renovação celular e estimulam o colágeno. O acompanhamento com um profissional é indispensável para que o tratamento correto seja indicado”, finaliza a Dra. Beatriz Lassance.

FONTE: DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

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