Raquel Varela entrevista Padre Martins Júnior | CCB Lisboa 29/02

DO TEXTO: A historiadora Raquel Varela recebe no dia 29 de fevereiro, no âmbito do ciclo ‘Conversas com História’, o Padre Martins Júnior.
A historiadora Raquel Varela recebe no dia 29 de fevereiro, no âmbito do ciclo ‘Conversas com História’, o Padre Martins Júnior.

A historiadora Raquel Varela recebe no dia 29 de fevereiro, no âmbito do ciclo ‘Conversas com História’, o Padre Martins Júnior. Nesta sessão, vamos pensar a sociedade portuguesa dos anos 1974/1975 e refletir sobre o que daí faz parte do passado e o que desse tempo pertence ao futuro. Foi um sonho linho que acabou?

Neste ciclo, cada conversa, informal, parte de uma pergunta inquietante da atualidade para, através do passado – explicado para o grande público –, nos ajudar a compreender o presente. A democracia é o menos imperfeito dos regimes? Entre a educação repressiva e a cultura permissiva, há alternativa? Não existem diferenças entre sexos? São construções culturais? A próxima crise económica é inevitável? A religião é um ópio ou uma expressão do sofrimento? Freud tinha razão quando «culpou» as mães pelos erros dos filhos?

O ciclo Conversas com História convida-vos a estar presentes nesta série de entrevistas sem tabus, sobre temas da atualidade. O público será convidado a questionar, criticar e debater connosco o futuro. Não conseguimos mudar o passado – mas sem o conhecer não podemos transformar o futuro.

José Martins Júnior (o Padre Martins) nasceu em Machico em 1938. Em 1950 ingressou no Seminário Diocesano do Funchal. Foi ordenado presbítero em 15 de agosto do mesmo ano e começou logo a lecionar, como prefeito e professor, no Seminário Menor do Funchal. Em fevereiro de 1967 rumou a Moçambique, em plena guerra colonial, para uma comissão de dois anos, como capelão militar, onde formou a sua oposição ideológica à guerra e à ditadura. Em 1969 é nomeado pároco da ainda recém-criada paróquia da Ribeira Seca, já com grandes influências do catolicismo progressista. Na revolução de 25 de Abril de 1974 empenhou-se afincadamente na luta pela liberdade e implantação da democracia, liderando processos de ocupação de terras. Em 1976 é eleito deputado na Assembleia Legislativa Regional, como independente, nas listas da UDP, lugar que, três meses depois, abandonou. Em 1977 é suspenso à divinis pelo Bispo D. Francisco Santana, sem processo canónico formado.

Em 1997 é novamente eleito deputado à Assembleia Legislativa Regional, como independente, nas listas do PS, onde permaneceu até 2007, data em que deu por terminada a sua atividade política ativa. Foi Presidente da Câmara Municipal de Machico durante dois mandatos, de 1989 a 1997.

Em 1994, recebeu das mãos do Presidente da República, Dr. Mário Soares, as insígnias de Comendador, em sessão comemorativa do Dia da República, 10 de junho. Tem quatro CD editados, um livro de poesia e escreve todos os dias ímpares no seu blogue Senso&Consenso.

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