Mudanças em hábitos de vida podem refletir na saúde e beleza da pele

DO TEXTO: “A pele é comprometida por diversos fatores externos como exposição ao sol, poluição e tabagismo, por exemplo”, explica a médica, que é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

Pesquisa realizada pela Gillete Venus aponta que grande parte das mulheres sofrem com problemas de autoestima relacionados à pele. A Dra. Beatriz Lassance comenta e dá algumas dicas de cuidados diários. 

São Paulo - 20/02/2020 Apesar do crescente número de produtos e tratamentos que visam conferir uma pele bonita, saudável e que amenize as marcas do envelhecimento, quase um quarto das mulheres se sentem desconfortáveis com a pele, segundo estudo realizado pela Gillete Venus, no primeiro semestre de 2019. Por que isso acontece? Segundo a Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), isso ocorre por que, além do cuidado através de dermocosméticos e da possibilidade de realizar procedimentos estéticos, é importante manter um estilo de vida que favoreça a beleza da pele. “A pele é comprometida por diversos fatores externos como exposição ao sol, poluição e tabagismo, por exemplo”, explica a médica, que é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.  

A pesquisa ouviu 2000 mulheres; o resultado obtido foi que 30% delas não andam satisfeitas com a sua própria pele, o que faz com que a autoestima destas seja prejudicada. O estudo ainda revelou que um terço das mulheres já cancelaram eventos sociais por não se sentirem bonitas o suficiente no momento e metade das mulheres entre 18 e 24 anos disseram que já evitaram de postar fotos nas redes sociais por falta de confiança e autoestima.

Pensando nisso, a Dra. Beatriz Lassance recomenda alguns cuidados simples que podem contribuir muito para a melhora da pele e, consequentemente, para autoestima dessas mulheres. “Esses cuidados vão além de uma rotina skincare e reforçam a importância de olhar para o todo. É claro que diariamente ainda temos que manter a pele hidratada e usar o fotoprotetor, mas a adição desses bons hábitos também vai ajudar muito”, diz a médica. Ela lista abaixo:

- Alimente-se corretamente: Dietas restritivas são difíceis de manter por muito tempo. Por isso, preocupe-se mais com o que você coloca no prato do que com o que retira dele. “Adote uma alimentação de base vegetal, diminuindo o consumo de proteína animal e produtos industrializados. Opte por mais vegetais no prato. Também é bom evitar os alimentos ultraprocessados, frituras, excesso de carboidratos e doces”, recomenda. A diferença na pele é enorme.

- Pare de fumar: De acordo com a Dra. Beatriz, além de 80% dos cânceres de pulmão ocorrerem em fumantes, o tabagismo também está associado a uma série de outros problemas, incluindo o envelhecimento precoce da pele e o tromboembolismo. Por isso, o ideal é deixar o cigarro de lado. 

- Gerencie o estresse: “A cada hora de trabalho pare por cinco minutos para respirar, tomar um café, olhar pela janela ou simplesmente fechar os olhos. Uma vez por semana procure sair da rotina e fazer uma atividade diferente. Um tempo de descanso é extremamente importante para manejar o estresse. Muitas rugas se formam pelo processo inflamatório causado pelo estresse”, destaca.

- Durma bem: A privação de sono afeta o organismo como um todo e a pele não fica de fora. “A quantidade de horas de sono necessárias é individual. De modo geral, o ideal é que se tenha 7 horas diárias de sono. Mas fique atento a sua disposição durante o dia. Se mesmo após 7 horas os sintomas forem de cansaço e sonolência pode ser que a qualidade do sono esteja ruim. Além disso, evite equipamentos eletrônicos uma hora antes de dormir, pois a luz azul emitida por esses aparelhos interfere na qualidade do sono”, alerta a cirurgiã.

- Socialize: Existe uma extensa literatura médica comprovando que relações interpessoais possuem grande influência sobre a saúde e a felicidade do paciente. “Ou seja, mantenha por perto as pessoas que você gosta. Converse, chame para um café, saia para jantar. E nesse momento não vale amizade virtual, pois nada substitui o olho no olho”, afirma.

- Pratique exercícios: É comprovado que exercícios físicos podem prevenir uma infinidade de doenças e até reverter casos de diabetes tipo II, hipertensão e depressão. Além disso, eles fazem muito bem para a saúde da pele e autoestima. “O ideal então é realizar semanalmente 150 minutos de exercícios físicos de intensidade moderada. Mas qualquer atividade já pode trazer benefícios, como aumentar o número de passos por dia e subir escadas”, explica a Dra. Beatriz Lassance.

Uma vez que a pele já esteja bastante acometida, alguns tratamentos também podem ajudar. Rugas de expressão, por exemplo, geralmente são tratadas com aplicação da toxina botulínica. Já as rugas estáticas, que também dependem da ação dos músculos, podem ser tratadas com a toxina botulínica, mas são necessários outros procedimentos que variam de acordo com a profundidade da ruga. Segundo a cirurgiã plástica, o envelhecimento da pele também pode estar associado à flacidez dos tecidos mais profundos como músculos e ligamentos. Nesse tipo de caso, a cirurgia pode se fazer necessária. “É sempre importante enfatizar que nenhuma cirurgia substitui os cuidados diários. Algumas cirurgias faciais, como lifting, por exemplo, promovem um resultado muito melhor se a pele for bem tratada. Além disso, é de extrema importância o trabalho conjunto do cirurgião plástico com o dermatologista”, finaliza.

Fonte: Dra. Beatriz Lassance - Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

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