Documentário sobre as queimadas na região Amazônica é exibido em SP e RJ

DO TEXTO:

FRANS KRAJCBERG MANIFESTO

O artista visual Frans Krajcberg (1921-2017) é tema ATUAL(queimadas na Região Amazônica) do documentário que a cineasta Regina Jehá estreia no dia 10 de outubro em todo Brasil.

CABINE – São Paulo
DATA: 27/09 – Sexta-feira
HORÁRIO: 10h30 + Bate papo com diretora
LOCAL: ESPAÇO ITAÚ FREI CANECA
PARA SE CREDENCIAR, POR FAVOR, ENVIE NOME, VEÍCULO, EMAIL E TELEFONE PARA flavia@procultura.com.br/mariaclara@procultura.com.br

CABINE – Rio de Janeiro
DATA: 04/10 – Sexta-feira
HORÁRIO: 10h30 + Bate papo com diretora
LOCAL: ESPAÇO ITAÚ BOTAFOGO
PARA SE CREDENCIAR, POR FAVOR, ENVIE NOME, VEÍCULO, EMAIL E TELEFONE PARA flavia@procultura.com.br/mariaclara@procultura.com.br

O documentário da Regina Jehá, após passar por vários festivais de cinema e ser exibido no – Palacetes das Artes – (semana do Clima em Salvador, evento internacional promovido pela ONU em preparatória para o COP25) – Tem sua estreia Nacional no próximo dia 10/10.

O filme terá sua estreia nacional em 10 de outubro na rede do Espaço Itaú de Cinemas –  Estreia nas cidades de: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Belém, Vitória e Curitiba.

Frans Krajcberg, artista plástico, escultor, gravurista e fotógrafo, nasceu no ano de 1921 em Kozienice,Polônia, e naturalizou-se brasileiro em 1954.

Sua mãe foi simpatizante ativa dos comunistas e Frans viu toda sua família ser dizimada pelos nazistas nos campos de concentração na época da 2ª Guerra Mundial. Em resposta, alistou-se no Exército Soviético como engenheiro construtor de pontes. Depois do conflito viveu na Alemanha onde estudou entre 1945 e 1947 na Academia de Belas Artes de Stuttgart e foi aluno do célebre Willy Baumeister.

Emigrou em 1948 para o Brasil, após uma temporada em Paris onde conviveu com Léger, Mondrian, Chagall e outros artistas da E’cole de Paris. No Brasil, fixou-se inicialmente em São Paulo onde participou da montagem da 1ª Bienal, em 1951. Nos primeiros anos da sua permanência no Brasil, praticou uma pintura influenciada pelo Cubismo e pelo Expressionismo em um desenho sintético de paleta baixa na qual predominavam tons de cinza e terra.  Permaneceu em São Paulo até 1952, ano em que faria sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna. No interior do Paraná, onde viveu até 1956, Krajcberg afastou-se do circuito das artes. Neste mergulho no hinterland paranaense, o contato com a natureza amadureceu seu olhar e lhe ofereceu novos instrumentos de trabalho.

Em 1957, conquistou o prêmio de Melhor Pintor Nacional na 4ª Bienal de São Paulo e transferiu-se para o Rio de Janeiro. Nesse momento, alternou sua vida entre Paris e Ibiza, com constantes retornos para reciclagem ao Brasil.

A estrutura bidimensional da pintura, entretanto, limitava seus horizontes e, a partir de uma primeira experiência em 1962, com as terras naturais de Ibiza, o artista sentiu uma necessidade crescente de mudança. Abandonou então a dimensão do plano pictórico, substituindo-o pelo tridimensionalismo do relevo e da escultura. Aos poucos, Krajcberg foi reformulando a própria ideia de representação ou interpretação da Natureza por meio da sua apropriação. Em um trabalho incessante de pesquisa sobre forma e matéria, utiliza elementos da natureza e os mais diferentes materiais de origem mineral, para criar relevos, esculturas e instalações com troncos de árvores, raízes aéreas do mangue e reproduzindo em papel japonês as marcas deixadas pelo mar nas areias de Nova Viçosa. Em 1964, após ter conquistado o prêmio Cidade de Veneza na 32ª Bienal de Veneza, Krajcberg visitou Itabirito, e este encontro marcou sua maturidade enquanto artista.

Entretanto foi a viagem que realizou na Amazonia, Alto Rio Negro em companhia de Sepp Baendereck e Pierre Restany que irá marcar profundamente o artista. O encontro com a beleza e a exuberância da natureza amazoica irá provocar um choque no artista que o marcará para sempre.

SINOPSE
Frans Krajcberg se prepara para expor suas obras no Salão principal e receber a grande homenagem da 32a Bienal de Arte de São Paulo, enquanto desvela suas memórias e reflexões. Recentemente falecido, a vida do artista foi uma luta implacável contra a loucura destrutiva do Homem, do fogo da 2a Guerra Mundial às queimadas na Região Amazônica. O destino de um homem extraordinário inserido na historia do seu tempo, comprometido com sua arte e profundamente vivo para sempre. O filme percorre quatro décadas da sua vida enquanto confronta uma das mais urgentes questões do mundo contemporâneo: a luta contra a destruição da natureza para a preservação do próprio Planeta e da humanidade.

FICHA TECNICA
Roteiro, Produção e Direção: Regina Jehá
Produção executiva: Domingas Person
Fotografia: Jean-Marc Ferrière, Jorge Maia e Rodolfo Sanchez
Som direto: Tales Manfrinato, Ricardo Nascimento
Montagem: Yuri Amaral

Nome do Diretor: Regina Jehá
Estado: São Paulo
Tipo/Gênero: Documentário
Minutagem: 96 min
Classificação indicativa: Livre
Ano de produção: 2018

SOBRE A DIRETORA
Regina Jehá é documentarista e sócia-diretora da Lauper Films. Formou-se pela USP nos cursos de Ciências Sociais e em Cinema na ECA. Especializou-se em cinema documentário pela Universidade Paris VII Denis Diderot e cursou a Résidence d' Écriture Documentaire, Ardèche Images em Lussas na França.

Seu primeiro filme "Bexiga, Ano Zero" (1971), recebeu os prêmios Carmen Santos e Candango no II Festival de Brasília, o premio Humberto Mauro do Instituto Nacional de Cinema do Rio de Janeiro e o premio Governador de Estado em São Paulo.

Após a trilogia inacabada sobre a imigração italiana na cidade de São Paulo, Regina dedica-se à questão amazônica, a partir da década de 80. Filmou “Pantanal, a ultima fronteira” e “Catehe”.

"Curumins & Cunhantãs" (1981) participou da Mostra Competitiva do 32º Internationale FilmFestspiele em Berlim, foi exibido no Visions du Réel em Nyon e foi premiado no 28º Westdeutsche Internationale Kurzfilmtage Oberhausen.

"Encanto" (1994) recebeu o Prêmio Panda no 27º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, foi exibido no XVII Festival del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana, no Dresden Film Festival de 1995, no XVII  International Short Film Festival em Clermont-Ferrand e na Semaine de l’ Amazonie VII no World Trade Center em Nova York.  Foi escolhido por Jean Rouch como Film Surprise no XV Bilan Ethnographique no Musée de l’Homme em Paris.

"Expedição Viva Marajó" (2011) foi exibido no 24th FIPA em Biarritz, 9th Ischia FilmFestival Oficial Selection, no 6º Festival Latino-Americano de Cinema de São Paulo, no 4th Upto3 de Toronto, no Forum Brasil 2012 em Salzburg, Linz e Viena na Áustria, e no Festival Cinéma Amérique du Sud na Martinica, Antilhas Francesas.

Regina foi presidente da ABD-SP e Diretora Internacional do GTDOC da APACI. Foi curadora de diversas mostras sobre o cinema brasileiro e em 2016 foi co-curadora e coordenadora do “Território Expandido Mostra de Documentários”.

"Frans Krajcberg: Manifesto", em etapa de lançamento foi contemplado pelo Fomento ao Cinema Paulista, pela Spcine Linha 1 e pelo FSA. Atualmente desenvolve o longa-metragem “O Céu Que Cai”, um documentário de criação a partir de reflexões sobre as imagens captadas durante sua convivência com os Yanomami em 1980.

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