Ensino bilíngue ajuda a conectar pessoas e culturas

DO TEXTO:

Um desafio hoje nas escolas é como desenvolver as múltiplas linguagens que constituem o repertório de seus alunos e o inglês se torna, então, a língua de encontro e possibilidades

O Brasil, um país com dimensões continentais, tem mais de 8 mil km², o que corresponde a aproximadamente 1,6% de toda a superfície do planeta, 5,6% das terras emersas, 20% da América e quase 50% da América do Sul. Somos 210 milhões de habitantes e acreditar que em todo esse contingente fala-se um único idioma, é ingênuo e utópico. Não é muito comum, mas há hoje no Brasil cerca de 13 cidades que sofreram com o processo de cooficialização de línguas, ou seja, municípios onde os documentos oficiais do governo devem ser emitidos em dois idiomas e a educação nas escolas é bilíngue.

Se os 13 municípios brasileiros conquistam o direito de manter os idiomas locais preservados, nas grandes cidades engana-se quem acredita que é diferente. São Paulo, por exemplo, maior conglomerado populacional, une diversos grupos étnicos, que se adaptam diariamente para conviver sem perder as principais características que os definem, principalmente a linguagem. Em todo o país, estima-se que sejam faladas mais de 200 línguas e, para entender essa complexidade das multilínguas que coexistem, entra em cena a importância das escolas desenvolverem metodologias que favoreçam a comunicação translíngue.

“É preciso que a escola pense nas múltiplas linguagens como meio de viver experiências com o outro, como forma de possibilitar a conexão do aluno com o mundo ou com pessoas que estão ao seu redor”, explica Susan Clemesha, coordenadora pedagógica da Sphere International School,  rede de escolas bilíngues e internacionais que segue as diretrizes nacionais e busca desenvolver crianças e jovens críticos e reflexivos, que sejam capazes de trabalhar colaborativamente para interagir em contextos locais e globais.

Com o propósito de estimular o debate entre gestores e educadores em torno desse tema, a instituição promoverá nos dias 07 e 08 de setembro, o Sphere International Seminar, que reunirá palestrantes de vários países para debater o ensino bilíngue. Entre as convidadas, a coordenadora e professora do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Bilíngue, do Instituto Singularidades, Antonieta Megale, destaca que o ensino bilíngue inglês-português, inserido em escolas com perspectivas críticas e transformadoras, pode oferecer acesso a um repertório mais amplo, que de fato investigue e traga outras vozes para o debate.

“Nas escolas, vale pensar o inglês como uma língua de encontro, de possibilidades. Encontro não com uma única pessoa, mas com muitos discursos que circulam pelo mundo e que não temos condições de acessar por meio do português. Se analisarmos, mais da metade do conteúdo da internet é produzido em inglês, ou seja, é uma língua que dá acesso a outras culturas e a compreensão da diferença entre elas”, conclui Megale. Para as profissionais, o consenso é que a escola tem como principal função apresentar a criança a outras narrativas, para que possa se constituir como sujeito transformador e capaz de fazer a diferença. 

Sobre Sphere International School
A rede de franquias Sphere International School nasceu da experiência bem sucedida da Esfera Escola Internacional. Fundada originalmente em 2004 tem, desde então, formado crianças e adolescentes ativos, críticos, reflexivos e com mentalidade internacional. Seguindo a base curricular brasileira, é uma escola bilíngue e internacional associada à UNESCO desde 2008 e certificada pelo IB (International Baccalaureate). Em 2018, o Grupo SEB iniciou o plano de expansão pelo Brasil, via Sphere International School. 

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