Lançamento da obra de poesia "SILENTES VOZES D'ÁRVORES" do Poeta Bendinho Freitas | CCP Luanda 27/06

DO TEXTO:

CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS
          
Lançamento da obra de poesia
“SILENTES VOZES D’ÁRVORES”
de
Bendinho Freitas

Apresentação da obra por Amélia Dalomba, Abreu Paxe e Vladmir Russo 

No dia 27 de Junho 2019 (5ª feira) pelas 18H30, no CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50), numa Parceria com a MAYAMBA EDITORA, será lançada a obra de poesia “SILENTES VOZES D’ÁRVORES” do Poeta Bendinho Freitas.  

SOBRE A OBRA
Silentes Vozes D’Árvores reune 28 poemas divididos em três capítulos: O primeiro: “Vozes Expessivas do Silêncio”. O segundo: “Vozes Aflitivas do Silêncio”. O terceiro: “Vozes Reverenciais do Silêncio”.

Para  Xosé Lois Garcia, autor do Posfácio, “O  silêncio das árvores também fala. O silêncio das florestas africanas , concretamente das angolanas, emite mensagens que tocam os nossos sentimentos, envolvendo todo o nosso ser. Ao longo dos tempos, os poetas de Angola, com maior ou menor intensidade, sentiram e expressaram a harmonia silenciosa das árvores, nas suas diversas criações. As matas e florestas de Angola, inspiram os poetas, que revelam a constante relação que com elas estabelecem, quando mergulhados na natureza ou na paisagem à qual pertencem.

Legitimados pelo acolhimento que a floresta lhes proporciona, os poetas angolanos respiram esses dons que se convertem em cânticos maiores, que engrandecem a natureza, tanto nos sentimentos, como no imaginário”.  

Segundo o Prof. Francisco Soares, crítico literário e autor do Prefácio,  “Silentes Vozes D’Árvores. Os que lerem verão: nem tão silenciosas assim, ou, pelo menos, abrindo-se em voz à pitoresca etnia das palavras do poeta. (…) O autor propõe-nos, portanto, um poemário dedicados às árvores e à flora com que respiramos no quotidinano de Angola – de Angola  toda ela, não só Luanda – oferecendo-nos, ao mesmo tempo, uma sugestãopoética, uma preocupação ecológica e uma celebração nacional. (…). Os propósitos didáticos apelam a uma consciência ecológica sadia e colectiva (…). Nisto suscitam-se, pelo menos três eixos de reflexão: o retorno de alguma literatura ao empenhamento político ou social; a relação entre poesia (lírica, no caso) e sentido de sobrevivência, ou de evolução da espécie humana; a relação entre poesia e ambiente, com uma referência à crítica escológica pelo meio, vista como articulação entre o estilo e o ambiente (biológico e semiótico), em vez de se tomar o poema como pretexto para fazer lições de moral acerca da ecologia. (…) A comunidade humana que, em torno da árvore, se organiza e estrutura através da mitificação e da espiritualização das suas relações com o futuro, fornece ao poeta os dados históricos de vários fins, de várias premonições e da reserva dos renascimentos. Todo o historial e o referencial, insubstancial e substante, da sua cultura e da sua sobrevivência, passa pelo ícone arbóreo; nele se concentra, dando ao ecopoeta a metáfora-mãe a partir da qual o verso se desdobra em direcção ao silêncio do fim e da sugestão (…) Na árvore que vive da seiva que vem do interior da Terra e recebe os segredos das estrelas e as mensagens do vento que passam pelo Céu, até o próprio silêncio se inclina perante a voz que nasce, carnal sanguínea e espiritual atirando o seu eco e aviso para muito além de si própria. Voz de poemas”.

Luz Lírica

Folhas contemplativas
Folhas ao vento
brincando com o nervo
do deserto
Folhas mergulhadas
no transparente vento.

Quizera eu
mergulhar entre folhas
soltas do pensamento
Largar-me flutuando
sobre ideias
Pairar desamparado
no ar
e numa respiração árida
da leveza do vento
voar.
Voar livre
estremecendo almas
d’oásis Mucubais
para erguer a luz
do lirismo
(Bendinho Freitas) 

Sobre o Autor 
BENDINHO FREITAS MIGUEL EDUARDO nasceu em Luanda, em 1971. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. Graduado em Gestão de Recursos Humanos e Formação de Quadros pelo College International Management de Israel. Pós Graduado em Gestão  Estratégica de  Recursos Humanos, pela Católica Lisbon School of Business. Foi Professor em Escolas secundárias de Luanda e Professor de Língua Portuguesa no Centro Pré-Universitário de Luanda. É Funcionário  Público, Director de Recursos Humanso do  Ministério de Energia e Águas. Tem passagem pelos sectores do Comércio e Construção. É formador, em regime de colaboração, na Escola Nacional de Administração Pública de Luanda.
“Silentes Vozes D’Árvores” é a sua segunda obra de poesia publicada. A primeira, em 2016,  foi “A Pitoresca Etnia das Palavras”. 

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