Infectologista do CEJAM alerta para prevenção da meningite

DO TEXTO:

Doença pode provocar lesões mentais, motoras e auditivas, como surdez e perda de memória

Caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso central no cérebro, a meningite voltou a preocupar o brasileiro depois que alguns casos foram identificados em estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

As causas da doença são de origem diversa e incluem infecções por vírus, bactérias ou fungos. A rigidez na nuca é o sintoma que mais evidencia o problema. A meningite bacteriana é mais comum no outono-inverno e as virais, na primavera-verão, aponta o Ministério da Saúde, mas casos da doença são esperados durante todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.

De acordo com Paula Tonaco Silva, médica infectologista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr.João Amorim (CEJAM), o tratamento da meningite pode variar desde repouso e ingestão de muita água, até antibióticos e medicamentos à base de cortisona, dependendo do tipo de bactéria em cada paciente. “Entre os principais sintomas estão vomito, dor de cabeça e febre alta. No caso da doença meningocócica, também surgem manchas vermelhas pelo corpo”, ressaltou.

As crianças são as que mais correm riscos de contaminação, já que o sistema imunológico é mais frágil, mas pessoas de todas as idades podem ser atingidas. O diagnóstico se confirma por meio do exame do líquor (líquido retirado da espinha), coletado por médico em uma punção.A patologia pode provocar lesões mentais, motoras e auditivas, como surdez e até perda de memória. 

“Vírus e bactérias causadores da doença podem ser transmitidos via tosse, espirro, beijo ou compartilhamento de itens pessoais. Por isso, é importante evitar ficar muito próximo a pessoas portadoras de meningite, lavar sempre as mãos e não compartilhar itens de uso pessoal como cigarro, copos ou talheres”, explica a médica.

Dados do Ministério da Saúde mostram que foram registradas, em 2018, 218 mortes, além de outros 1.072 casos de doença meningocócica no Brasil. Diante disso, vale lembrar sobre a importância da prevenção e tratamento da doença. O diagnóstico pode ser feito por meio da coleta de sangue, exames de imagem, como raio-X e tomografias, além da coleta de fluído cérebro espinhal.

Sobre o CEJAM

É uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, fundada em 1991 e parceira da Prefeitura de São Paulo no gerenciamento dos serviços de saúde. Trabalha também na área de educação por meio da Escola da Saúde CEJAM, que oferece cursos técnicos de enfermagem e atualização. Seu Centro de Treinamento, credenciado pela American Heart Association, já capacitou mais de cinco mil profissionais em Suporte Básico de Vida para atuação no Sistema Único de Saúde. O CEJAM atua, ainda, nas cidades do Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes e Embu das Artes, em parceria com as respectivas prefeituras.

POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários