Sete Vidas - Sete Debates - O Futuro do Jornalismo | CCB 6 e 7 de abril

DO TEXTO: CCB ▪ 6 e 7 abril - Sete Vidas-Sete Debates - O Futuro do Jornalismo. Este ciclo de debates juntará jornalistas, académicos, políticos e figuras respeitadas da sociedade civil, em torno de um conjunto de temas que, afinal, dizem respeito a todos os cidadãos, comunidades e territórios.

Sete vidas - Sete Debates
O Futuro do Jornalismo

Moderação Luís Osório

CCB ▪ 6 e 7 abril ▪ sábado e domingo ▪ Centro de Congressos e Reuniões

A Fundação Centro Cultural de Belém, ciente do desafio lançado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abre as suas portas à discussão sobre o futuro do jornalismo português, nos próximos dias 6 e 7 de abril, durante todo o fim de semana. É uma discussão oportuna e necessária, num tempo de fake news e populismo que ameaçam a democracia e a liberdade.

Este ciclo de debates juntará jornalistas, académicos, políticos e figuras respeitadas da sociedade civil, em torno de um conjunto de temas que, afinal, dizem respeito a todos os cidadãos, comunidades e territórios. No final, este conjunto de sessões será tornado acessível, contribuindo assim para a ampla difusão de uma discussão séria sobre um tema essencial para o Futuro.

Serão 7 debates, cada um com uma duração de 90 minutos.

SESSÕES DIA 6:

1. 10:30 /12:00 - Cultura e Jornalismo: Irmãos Desavindos?

Intervenção Graça Fonseca

Moderador Isabel Lucas

Mesa Clara Ferreira Alves / José Carlos de Vasconcelos / José Manuel dos Santos / Pedro Mexia / Miguel Somsen

O jornalismo acompanhou sempre os combates do seu tempo. Muitas vezes na defesa da democracia e de uma ideia de civilização e respeito pela liberdade, outras no combate pela liberdade de imprensa ou pelo direito de todos ao acesso à informação. Ao longo da história – entre colunistas de referência, diretores ou repórteres, estiveram nomes de peso da literatura, do pensamento e da cultura em geral. Dificilmente existiam projetos de referência jornalísticos sem que estivesse assegurada a presença de uma matriz cultural/ideológica que fosse reconhecida pelos leitores. Hoje, mais do que alguma vez aconteceu, a cultura enquanto matriz identitária parece arredada do jornalismo. Será essa uma das razões para a perceção de decadência do jornalismo?

2. 12:15 / 13:45 - O Jornalismo é um Negócio? A Independência é um Mito?

Moderador Nuno Domingues

Mesa Ana Sá Lopes / António Carrapatoso / Helena Garrido / José Maria Pimentel / Mário Ramires

Será um pecado original o jornalismo ser um negócio? Ou a perversidade está na incapacidade de entendermos algumas vezes quem são os investidores e quais os seus interesses? Questões importantes para se poder definir as fronteiras do jornalismo num mundo em que se torna difícil distinguir o que é importante do que é menos importante, o que é jornalismo do que é entretenimento, o que é notícia do que é especulação.

3. 15:00 /16:30 - O Estado e o Jornalismo – Tutela, necessidade ou tentação?

Moderador Maria Elisa

Mesa António Costa / Carlos Magno / José Manuel Fernandes / Nuno Artur Silva / Nicolau Santos

Um tema pouco pacífico. Em Portugal, existe a perceção de que vários governos democráticos tentarem controlar a comunicação social. A desconfiança cresceu de parte a parte, por um lado dos políticos em relação aos jornalistas, por outros dos jornalistas em relação aos políticos. Hoje, com muitos projetos de informação em declínio, decadência ou falência, é missão do Estado poder encontrar, em nome da democracia e de uma ideia de liberdade, vias para que pelos menos alguns deles possam sobreviver? E com isso não estaremos a abrir uma «caixa de Pandora» que levará, com o pretexto da sobrevivência, a que o Estado possa ter a tentação de condicionar a liberdade de imprensa?

4. 16:45 / 18:15 - Fake News vs Democracia? Populismo vs Jornalismo?

Moderador Ana Lourenço

Mesa David Dinis / Ferreira Fernandes / Henrique Monteiro / Ruben de Carvalho / São José Almeida

De que forma o jornalismo pode combater a profusão de notícias falsas? Notícias «plantadas» com motivações obscuras e que têm potenciado projetos políticos populistas. Que mecanismos de regulação podem nascer para distinguir o trigo do joio? Que punição para os produtores de fake news? Será o jornalismo (e a política) a ter de se adaptar a um novo mundo em que as redes sociais dominam a comunicação de massas ou, pelo contrário, deve o jornalismo (e a política) combater o que nas redes sociais é perverso? E não será isso uma limitação da liberdade e do mercado?

SESSÕES DIA 7:

5. 15:00 / 16:30 - A Angústia do Jornalismo: dar aquilo que as pessoas querem ou aquilo que os jornalistas julgam que elas precisam?

Moderador Sílvia Caneco

Mesa Edson Athayde / João Miguel Tavares / Mafalda Anjos / Nuno Santos  / Paulo Pena / Vicente Jorge Silva

Um tema que tem atravessado as discussões acerca do futuro do jornalismo. É uma arrogância pensar que se pode dar às pessoas aquilo que elas precisam, mas foi essa assumida arrogância/convicção que fez nascer a generalidade dos projetos que marcaram a história. E sem essa arrogância como salvar o jornalismo de referência que, por definição, terá de estar sempre na vanguarda e nunca ao sabor do gosto da maioria?

6. 16:45 / 18:15 - Tecnologia e as Redações – haverá jornalismo no séc XXII?

Moderador Ana Rita Ramos

Mesa António Câmara / Eduardo Moura / Germano Oliveira / Henrique Cayatte / Rogério Carapuça

O jornalismo (como nós o reconhecemos) estará num processo de irreversível decadência? A evolução tecnológica alterou paradigmas e abriu possibilidades inimagináveis há bem pouco tempo, mas é pacífica a ideia de que as mudanças ainda só agora começaram. É um mundo em mutação e o painel que aqui propomos terá o desafio de imaginar o que poderá ser o jornalismo (se ainda existir) num mundo em que tudo ou quase tudo poderá ser virtual.

7. 18:30 / 20:00 -  O que se pede ao Jornalismo num Mundo em Crise?

Intervenção José Manuel Pureza (Vice Presidente da Assembleia da República, em representação do Presidente da Assembleia da República)

Moderador  António Mega Ferreira

Mesa Graça Franco / Maria Flor Pedroso / Manuel Carvalho / Octávio Ribeiro / Pedro Santos Guerreiro / Ricardo Costa

No debate de encerramento, com a presença do Sr. Presidente da República, alguns dos mais influentes jornalistas portugueses, diretores de diferentes órgãos de comunicação, tentam responder a uma pergunta fundamental. Uma pergunta com muitas outras a si coladas. O que se pode fazer que ainda não foi tentado? O que deve ser travado no seu modus operandi para que o jornalismo possa exercer uma influência positiva, e de defesa dos valores democráticos e da liberdade, num mundo em tão profunda crise de valores? 

Para assistir aos debates descarregue e preencha o formulário e envie para bilheteiraccb@ccb.pt.

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