Juscelino Kubitschek de Oliveira um presidente sempre recordado

DO TEXTO:

Nunca o Brasil, pela negativa, foi tão badalado como agora em função do escândalo da Lava Jato e que tem culminado com várias prisões de políticos, nomeadamente presidentes (Lula e agora Temer), governadores e mais e mais. Aqui o Rio de Janeiro ocupa lugar cimeiro, visto que os números falam por si.

Quando aqui cheguei ao Brasil em 20 de agosto de 2004, comecei a entender que o país já passava por uma fase de violência assustadora, situação que se agravou (e de que maneira) na última década.

Efetivamente, o povo brasileiro tem sofrido com a turbulência política que se vive no país e que, passo-a-passo, se vem agravando em múltiplos aspectos.

Ligando o fio à meada, isto é, no recuar do tempo até ao dia de hoje em que mais um presidente do governo foi preso (Michel Temer que se junta a Luís Inácio Lula da Silva), recordo muitas das cavaqueiras que tive com cidadãos brasileiros (Niterói, Rio de Janeiro e outras cidades por onde passei, sublinho) e, na esmagadora maioria desses contatos, se falou da obra do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, homem íntegro e que, tanto quanto se sabe, não "meteu-a-mão-no-bolso-governamental". É verdade que se falou de um escândalo sexual, este:

"Manteve, durante 18 anos (1958 a 1976), um romance secreto com Maria Lúcia Pedroso, esposa do deputado e assessor de JK José Pedroso. Ele a conheceu aos 23 anos durante a comemoração do seu aniversário de 56 anos. José Pedroso descobriu o caso em 1968, chegando a ameaçar matá-los com um revólver. Preferiu posteriormente contar tudo à esposa de Kubitschek. Mesmo com a traição descoberta, Pedroso manteve-se casado e vivendo na mesma casa com Maria Lúcia, porém dormindo em quartos separados. Sarah proibia JK de ir ao Rio de Janeiro, onde vivia Maria Lúcia, para que não a encontrasse. Juscelino acabou morrendo num acidente de carro na Via Dutra, justamente quando estava indo encontrar-se com Maria Lúcia. A vedete e ex-amante de Getúlio Vargas, Virgínia Lane, também disse ter passado uma noite com Juscelino".

Já se sabe que, muitas das vezes, o altos cargos governamentais originam romances desta natureza. Mas se a senhora quis o homem Kubitschek fez-lhe a vontade. Este acto, por certo,  foi aproveitado por aqueles que eram contrários à política de Juscelino. Contudo, a  sua obra em prol do Brasil fala por si e "abafou" esse dito (e comentado, óbvio) escândalo sexual. 

Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e governou por cinco anos, até 31 de janeiro de 1961. Seu vice-presidente, eleito também em 3 de outubro de 1955, foi João Goulart. Não havia reeleição naquela época. Foi o primeiro presidente civil desde Artur Bernardes a cumprir integralmente seu mandato. Juscelino Kubitschek empolgou o país com seu slogan "Cinquenta anos em cinco", conseguiu encetar um processo de rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística. Houve, no seu governo, um forte crescimento econômico, porém, houve também um significativo aumento das dívidas públicas interna e externa, bem como da inflação nos governos seguintes de Jânio Quadros e João Goulart. Os anos de seu governo são lembrados como "Os Anos Dourados", coincidindo com a fase de prosperidade norte-americana conhecida como "The Great American Celebration", que se caracterizou pela baixa inflação, elevadas taxas de crescimento da economia e do padrão de vida dos norte-americanos

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina, e faleceu em 22 de agosto de 1976.


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