Brasileiros são os mais preocupados com envelhecimento, mostra pesquisa Ipsos

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Estudo realizado em 30 países revela apreensão com o avanço da idade da população e pessimismo em relação ao futuro

Um estudo exclusivo da Ipsos, realizado em parceria com o Center for Aging Better, uma instituição beneficente financiada por doações do The National Lottery Community Fund, do Reino Unido, mostra o pessimismo sentido pelo público online em 30 países, incluindo Brasil, com relação ao envelhecimento e como a população está se preparando para a terceira idade. Há altos níveis de preocupação com o futuro. Metade da população global está apreensiva com a velhice. O Brasil lidera o ranking, com 72% dos entrevistados se declarando preocupados. A Coreia do Sul registra o menor índice de preocupação: 16%.

Globalmente, apenas um em cada três  entrevistados (33%) está ansioso pela chegada da terceira idade. Os mais otimistas com relação à velhice estão na Índia (73%) e na Turquia (67%), mas apenas seis dos 30 países aparecem com uma avaliação majoritariamente positiva sobre o envelhecimento na pesquisa. No outro extremo, os húngaros são os menos otimistas: apenas 7% dizem que estão ansiosos pela velhice, e os japoneses, com 10%. O Brasil ficou um pouco acima da média global, com 37%. Entrevistados no mundo todo reconhecem que há pontos positivos ligados ao envelhecimento, incluindo ter mais tempo para ficar com amigos e familiares (36%), mais tempo para hobbies e lazer (32%), mais tempo para férias e viagens (26% ) e a possibilidade de se aposentar (26%). Eles também identificaram desvantagens. Globalmente, três em cada dez pessoas se preocupam em não ter renda suficiente para viver (30%) e um quarto dos entrevistados está apreensivo com a possibilidade de perder a mobilidade (26%) e a memória (24%).


Apesar disso, a maioria espera estar em forma e saudável na velhice (57%). Nove em cada dez entrevistados de Colômbia, Argentina, China, Peru e Malásia (89%, 88%, 88%, 86% e 85%, respectivamente) concordam com este sentimento. O Brasil faz parte do grupo dos mais otimistas otimistas com relação à saúde com o avançar da idade, com 84%. Em comparação, os menos propensos a concordar com essa afirmação são os cidadãos de Coreia do Sul (17%), França (20%),  Japão (23%) e Bélgica (24%).

Na média global, os entrevistados afirmam que a velhice começa aos 66 anos. Quanto mais as pessoas envelhecem, maior a probabilidade de definirem a velhice como algo que começa mais tarde. Os que têm entre 16 e 24 anos, por exemplo, acreditam que a velhice começa aos 61 anos. A idade aumenta para 72 no grupo dos que têm entre 55 e 64 anos de idade. A variação entre os países também é significativa. Na Espanha, em média, uma pessoa só será considerada velha aos 74 anos, enquanto na Arábia Saudita e na Malásia a velhice começa quase duas décadas antes, com 55 e 56 anos, respectivamente. No Brasil, uma pessoa é considerada velha a partir dos 64 anos. Quando solicitados a escolher palavras para descrever a velhice, o termo mais mencionado é sábio (35%), seguido por frágil (32%), solitário (30%) e apenas um quarto dizendo respeitado (25%). Três em cada cinco entrevistados globalmente (60%) concordam que as pessoas não respeitam os idosos tanto quanto deveriam. A concordância com esse sentimento é mais alta nos países da América Latina, com o Brasil liderando (82%). O ranking segue com Colômbia (79%), Argentina (76%) e Chile (75%). No outro extremo, apenas um quarto (26%) dos entrevistados da Arábia Saudita concordam com a afirmação, e um terço (32%) dos do Japão. Em todo o mundo, apenas três em cada dez (29%) concordam que os idosos têm muita influência na política e 35% discordam. As pessoas na Romênia são mais propensas a concordar que os idosos têm muita influência (45%), seguidos por Malásia (44%) e Japão (42%). Os menos propensos a concordar são os entrevistados da Austrália (17%), Rússia (18%), Bélgica e Suécia (ambos 19%). Um em cada três brasileiros (33%) concordam que os idosos têm muita influência política. Mais da metade (55%) dos entrevistados em todo o mundo concorda que a evolução tecnológica melhorará a velhice para muitas pessoas. Apenas um em cada sete (14%) discorda. Existem, no entanto, diferenças significativas no índice de concordância de país para país. Quatro em cada cinco (80%) entrevistados na China concordam que a evolução tecnológica melhorará a velhice para muitas pessoas. O Brasil também está entre os mais positivos, com 66%, em segundo lugar na classificação geral, seguido por Turquia e Argentina (ambos com 65%). Os japoneses são os menos convencidos sobre o potencial dos avanços tecnológicos de melhorar a velhice – apenas dois em cada cinco (41%) concordam com essa afirmação. Os belgas e os franceses estão igualmente cautelosos (44% concordam). Em todo o mundo, dois terços dos entrevistados (64%) acreditam que é possível que as pessoas se preparem para que sejam mais saudáveis e capazes de lidar com a velhice.Os entrevistados do México e da Colômbia são os que mais acreditam nisso (83% e 80%), seguidos pelo Brasil, que aparece empatado com a China, com 79%. Globalmente, as pessoas têm uma ideia clara do que é preciso fazer para se preparar para o futuro. As respostas mais comumente mencionadas são: manter-se saudável, exercitando-se regularmente, e mantendo uma dieta saudável (60% e 59%, respectivamente). Economizar dinheiro suficiente para uma aposentadoria adequada é mencionado por metade dos entrevistados (51%) e evitar fumar, ter um bom círculo de amigos, e ter um esporte ou hobby que pratiquem regularmente são citados por mais de duas em cinco pessoas ouvidas (45%, 44% e 44 % respectivamente). No entanto, há uma lacuna entre o que sabem que precisam fazer para se preparar para a velhice e o que estão fazendo. Quando questionados sobre o que as pessoas estão fazendo para se preparar para a velhice, a resposta mais comum em todo o mundo foi evitar o cigarro, item mencionado por mais de dois em cada cinco (45%). Uma proporção similar mencionou também ter uma dieta saudável e evitar muito álcool (43% e 40%, respectivamente). Menos de três em dez (28%) mencionaram poupar dinheiro suficiente para uma aposentadoria adequada.

“O envelhecimento da população é uma das maiores conquistas da humanidade. No entanto, também representa desafios significativos para a sociedade, os negócios e as marcas. A pesquisa da Ipsos mostra que, globalmente, há muito pessimismo com relação ao avanço etário, com preocupações financeiras e com a saúde principalmente. No entanto, há razões para otimismo também. Mais pessoas, globalmente, acreditam no poder da tecnologia para melhorar a vida dos idosos. As pessoas também tendem a pensar que há coisas que podem fazer para garantir que estejam preparadas para a velhice, embora haja uma lacuna entre o que sabemos que precisamos fazer e o que estamos fazendo na prática”, afirma Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil.

Para essa pesquisa, foram entrevistadas 20.788 pessoas em 30 países, incluindo 1.000 brasileiros com idades entre 16 e 64 anos. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais. A pesquisa foi realizada entre 24 de agosto de 2018 e 7 de setembro de 2018.

Sobre a Ipsos
A Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 89 países. A companhia, que tem globalmente mais de 5.000 clientes e 16.600 colaboradores, entrega dados e análises sobre pessoas, mercados, marcas e sociedades para facilitar a tomada de decisão das empresas e das organizações. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de marketing, comunicação, mídia, customer experience, engajamento de colaboradores, opinião pública e coleta de dados. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse:
Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM
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Ipsos Brasil – Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s

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