Amistoso do Brasil na semana FIFA - Empate escandaloso com o Panamá

DO TEXTO:

Mais uma semana FIFA e, como tal, o Brasil a entrar em acção com dois amistosos de preparação para a Copa América que se realiza em junho neste país. Dois jogos agendados, respectivamente, com o Panamá em Portugal no Estádio do Dragão (Porto) e, depois, o Brasil - República Checa.

Para este embate, o técnico Tite com duas estreias, exatamente jogadores que representam o Futebol Clube do Porto. São eles Alex Teles e Militão. De resto, também a titularidade de Lucas Paquetá (com a camisa 10 de Neymar), o ex-Flamengo que atualmente representa o AC Milan. 

O JOGO BRASIL - PANAMÁ -  O Panamá que participou no Mundial da Rússia (a sua primeira vez numa Copa do Mundo), apresentou-se neste jogo com um sistema hermético, o que, aliás, era previsível em função da grande diferença entre uma e outra seleção, facto que se constatou logo após o apito inicial do árbitro português João Pinheiro. Só dava Brasil, completamente instalado no meio-campo panamense. Panamá com reforçada cobertura defensiva. Na frente, apenas o seu "ariete". Mas é bem verdade que o jogo só tinha um sentido único: a baliza panamense. De resto, o Brasil tinha que ter paciência para chegar ao golo. E era notório que tínhamos um ataque contra uma defesa.

Domínio é domínio. E o Brasil chegou ao golo aos 31 minutos por intermédio de Lucas Paquetá, dando sequência a um cruzamento vinda do flanco direito. Bem vistas as coisas, um golo que era por demais esperado, corolário dos contínuos ataques da "canarinha".

E como o futebol é fértil em surpresas. Aos 35 minutos, numa descontração da defesa do Brasil, o Panamá chegou a igualdade, por via de um cabeceamento de Machado que estava em posição irregular. Mas o golo foi validado. Digamos que foi uma "machadada" na defesa do Brasil. O árbitro auxiliar que acompanhava o ataque do Panamá deu um "cochilada". Mas foi um golo que animou a seleção panamense. E sair para o intervalo com o resultado em 1-1, foi um desfecho bastante sorridente para o Panamá, independentemente do seu golo ter sido obtido em posição de impedimento.

A SEGUNDA - PARTE -  E é verdade que, dentro da relatividade das coisas, o Panamá reentrou no jogo perdendo o respeito pela "canarinha", daí se inferir que o Brasil tinha que criar mais espaços para penetrar na defensiva do Panamá. E foi num desses lances que Richarlison levou a bola a bater  na barra transversal da baliza panamense. Mas como dizia o meu saudoso amigo e companheiro Aurélio Márcio, contam asa bolas que entram na baliza. Foi um lance de "frisson" que merecia outro desfecho.

Atento às dificuldades que o Brasil sentia para gizar lances de penetração (o futebol tabelado), o técnico Tite fez entrar duma assentada os avançados Éverton e Gabriel Jesus, em detrimento de Lucas Paquetá e Firmino.

Com o decorrer do tempo, vimos um Panamá cada vez mais animado para assegurar este resultado. Empatar com o Brasil seria, para uma seleção que está a ser renovada, "ouro sobre azul". Uma seleção muito diferente daquela que esteve no Mundial da Rússia, para melhor, naturalmente. 

O Brasil queria mesmo vencer o jogo. Mais uma bola na barra transversal a cabeceamento de Casimiro, isto logo após a entrada de Anderson para o lugar de Artur. Uma fase em que o Brasil acelerava muito mais em função das substituições operadas pelo técnico Tite. Evidentemente que Tite não estaria satisfeito com a exibição e sobretudo com o resultado. Para muitos brasileiros, um escândalo empatar com o Panamá. Eu assino por baixo.

Na terça-feira, dia 25, em Praga, o Brasil defronta a República Checa.

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