Histórias do trajeto de Roberto Carlos (6)

DO TEXTO:

OUTUBRO DE 2011 
ROY CAETANO 

Por: Carlos Alberto Alves

Entrou no panorama musical inspirado em Roberto Carlos?

RC - Comecei cantando com nove anos em programas infantis e infanto-juvenis, sempre cantando o nosso REI.

Você não deve ser exceção: não é fácil cantar Roberto Carlos?

RC - Eu adoro Roberto Carlos desde sempre. Sempre achei que é difícil cantar, pela forma que ele canta (único), os músicos para acompanhar são poucos que fazem direito. É muito grande a responsabilidade de cantar o REI. Modéstia aparte, eu sei cantar Roberto e creio que canto bem, isto porque eu tenho respeito por ele e também tenho medo de errar. Porquê? O Rei não erra.

 Até hoje, de Roberto Carlos qual a canção que mais gostou de interpretar?

RC - Emoções, Como é Grande O Meu Amor Por Você, Un Gato Nel Blu, Olha, Proposta, e muitas mais.

 Recentemente, o Roy esteve na ilha Terceira (Açores) e o seu show incidiu totalmente em músicas de Roberto Carlos. Nesse sentido, qual foi a reação do público presente?

RC - As pessoas esperam ouvir as canções do Roberto, eu canto outras que não são dele porque preciso mostrar também os meus próprios trabalhos.


Mantém regularmente contatos com o Rei?

RC - Tenho mais contatos com alguns músicos do Rei. Ele não tem nem tempo pra ele próprio. É difícil contatos com Roberto Carlos, esta uma grande verdade.

Já participou de algum cruzeiro "Emoções no Alto Mar"?

RC - Já fiz alguns, mas não com o show do Roberto, mas sim com o meu.

Em função do número elevado de cantores que existe no Brasil, em quantidade e qualidade, na sua perspectiva vamos ter no futuro um sucessor de Roberto Carlos?

RC - Tem muitos cantores no Brasil, mas não tem nenhum que chegue aos pés de Roberto Carlos. Tem que nascer outro. E se nascer...

 Algum dia sonhou numa carreira próxima daquela que o Rei regista, o maior cantor da América do Sul e um dos melhores do mundo?

RC - Sem dúvida ele é o melhor cantor e popular no mundo inteiro. Ele é o REI e não só... Ele é incrível. Está tudo dito.


 Já alguma vez atuou ao lado de Roberto Carlos?

RC -  Não tive esse privilégio.

Com o seu show em Jerusalém, Roberto Carlos aproximou Israel do Brasil. Concorda com esta nossa versão?

RC - Eu acho que não, mas aproximou o resto do mundo a Roberto Carlos.


Dezembro de 2011 
Roberto Carlos distinguido pelo Vasco da Gama

Por: Carlos Alberto Alves
Por aquilo que conheço dos meandros do futebol, isto no que concerne ao seio dos clubes, sobretudo aqueles por onde passei e, também, aqueles que mais próximo estive com o estatuto de jornalista, há sempre pessoas que muito apoiam monetariamente falando. Muitos desses ilustres e inclusive empresas (que também suportam encargos assumidos, sobretudo na contratação de jogadores), muitas das vezes não querem ser badalados na mídia, o que até se compreende por razões de todo plausíveis, mormente no que concerne às referidas empresas.

No aspecto individual, para mim não foi surpresa tomar conhecimento que Roberto Dinamite entregou a Roberto Carlos o título de sócio proprietário benfeitor do Clube de Regatas Vasco da Gama. O ato aconteceu num dos shows que o cantor realizou no Rio de Janeiro e que encerrou a campanha de 2011. E com este título recebido do seu clube predileto, é o mesmo que dizer que fechou com “chave de ouro”.

Acredito piamente que Roberto Carlos, no que concerne a apoios ao nosso Vasco, está entre os mais bem cotados. Porém, mesmo que não o fizesse, só o ser um vascaíno dos sete costados é um motivo de forte orgulho para a nação da Cruz de Malta. Entre os muitos amores em que está envolto, Vasco da Gama e Beija-Flor têm um lugar muito especial no coração do Rei.

Dezembro  de 2011

EMOÇÕES COM ROBERTO

Estamos perdendo a ingenuidade, o gosto pelo romantismo, perdendo a sensibilidade para o género introspectivo e sutil. Graças a Deus temos músicas como as do Roberto Carlos, que prendeu anos atrás uma platéia debaixo de chuva no Estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, que, sem arredar o pé do lugar, cantava junto com ele “Como é grande o meu amor por você”, numa apologia de amor recíproco. Foi a catarse de um povo carente de amor, parecendo ser o extravasamento desse amor latente que vibra no nosso íntimo, pois suas músicas expressam o que a maioria das pessoas gostaria de exprimir. São verdadeiras poesias melódicas. No Maracanã literalmente lotado: homens e mulheres de todas as idades, senhoras, moças, crianças e várias pessoas com cadeiras de rodas entusiasmadas, cantando junto com o Rei. Essa é a prova que, mesmo após 50 anos de estrada, ele continua sendo querido por todos.


Quando Roberto entrou no palco dirigindo um cadilac azul foi a glória! É difícil transmitir: “São muitas emoções” para serem traduzidas. Pessoas chorando emocionadas, por terem a oportunidade de vê-lo pessoalmente, mas não eram tietes não, era um povo de toda faixa etária. Ele não é nenhum Caruso, tem até uma voz sem grande volume, mas é aceito desde os tempos da Jovem Guarda com grande prazer e carinho inquestionável de ouvintes fiéis que se ufanam quando falam dele. Suas músicas em parceria com Erasmo Carlos são a tradução dos nossos sentimentos e abrangem o amor, a renuncia, a separação e o reencontro, a fantasia, a auto-estima, enaltecendo vários tipos físicos de mulheres, religiosidade, amizade e tudo mais que possa traduzir em letras e músicas, o nosso próprio sentimento.
Dezembro de 2011 

GAÚCHO RAFAEL MALENOTTI HOMENAGEIA ROBERTO CARLOS

O Theatro São Pedro apresentou o último espetáculo da temporada 2011 na sexta-feira (16), com o show A Noite do Rei, com Rafael Malenotti. O vocalista da banda Acústicos e Valvulados fez uma homenagem à carreira de mais de 50 anos de Roberto Carlos, mostrando versões de grandes clássicos de um dos maiores ídolos da música brasileira.

Rafael já teve a oportunidade de cantar no Cruzeiro Emoções, com a própria banda de Roberto Carlos. No teatro do navio onde o Rei apresenta seu espetáculo anual, cantado inclusive o polêmico clássico Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, com o consentimento do próprio Roberto, que descartou essa música de seu repertório. Realizou por dois anos consecutivos essa mesma homenagem que se repetirá no Theatro São Pedro, contando com o apoio de músicos do primeiro escalão do rock gaúcho.

Janeiro de 2012 

ARMINDO GUIMARÃES E A ENTREVISTA EM QUE FALA DO REI 

Por: carlos Alberto Alves

Armindo Guimarães, administrador do Portal Splish Splash, concedeu uma interessante entrevista ao jornalista Carlos Alberto Alves, entrevista essa publicada no próprio Splish Splash. Vejamos as partes da entrevista em que Armindo Guimarães fala de Roberto Carlos:

... E apareceu porque você, indubitavelmente, é um dos maiores fãs de Roberto Carlos no país luso. Certo?

AG - De facto, apareceu por ser um dos fãs de Roberto Carlos em Portugal e não um dos maiores.

Quando lançou o site, que agora é portal, nesse sentido fez algum contato com Roberto Carlos?

AG - Recordo-me que quando criei o site em 7 de Julho de 2008, três dias depois aconteceu o XXVI Bate-papo entre Roberto e eu, mas não me lembro se cheguei a falar-lhe da criação do site.

... E aqueles “telefonemas malucos” com o Rei?

AG - (Risos) Todo o fã deseja, ao menos por uma vez na vida, estar ao lado do seu ídolo nem que seja por uns breves segundos e eu não sou excepção. Porém, estando do outro lado do Atlântico sempre vi esse desejo difícil, se não mesmo impossível de se realizar. Um dia pensei para os meus botões que o telefone encurta distâncias e fiz como aquele velho ditado “se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha” resolvendo o assunto com os chamados bate-papos telefónicos que apesar de serem fictícios têm algumas coisas de realidade nas suas histórias. Tudo começou em 2005 e desde então já lá vão 45 bate-papos com o Roberto e muitos dos elementos da sua equipa e não só pois entraram também o Caetano Veloso, o Tom Cavalcanti, o Dudu e o Rafael, filhos do Roberto, a Lady Laura, a D. Mércia, esposa do maestro e muitos outros. Ao mesmo tempo, criei os bate-papos com o maestro Eduardo Lages que iniciei em 2008 e que até Fevereiro/2011 contam 10 bate-papos. Bate-papos onde, não raras vezes, entra Roberto Carlos e não só. Todos eles fictícios, que o mesmo é dizer fruto da minha imaginação, é claro. À excepção de um deles (o VIII, em 20 de Agosto de 2009), que foi verídico, mas que para todos os efeitos foi fictício como todos os outros. Acontece, porém, que muitos são os amigos fãs que duvidam da ficção dos bate-papos e dou-lhes razão porque até eu, quando os leio, não só acredito neles como me perco a rir com as cenas rocambolescas que sempre acontecem.

Do fictício (bate-papo ao telefone) à realidade. Mantém a esperança de um dia estar ao lado de Roberto Carlos, numa possível viagem que você possa efetuar ao Brasil?

AG - Enquanto há vida, há esperança e logicamente que eu tenho-a. Não tanto em Terras de Vera Cruz, mas sim na Ocidental Praia Lusitana, e se tudo correr como o previsto, quem sabe esse encontro se concretize ainda em 2012. Seriam muitas emoções num só ano, mas a vida é mesmo assim, ou há-de ser tudo, ou nada.

O que mais lhe impressiona em relação à maneira de ser do REI?

AG - Sem dúvida que a sua simplicidade e o seu espírito tolerante. Quem canta o amor e o desamor, a alegria e a tristeza, a esperança e a desesperança, essas assimetrias que regem o quotidiano, tem, necessariamente, que possuir um espírito amplo e tolerante.

... Roberto Carlos podia estar mais perto de nós. Acha que ele tem reconhecido todo o afã que temos desenvolvido no Splish Splash (falo de nós todos)?

AG - No encontro que tive com o maestro Eduardo Lages, falamos de muitas coisas e, claro está, sobre o seu compadre. Fiquei então com a certeza do que eu já suspeitava; que a vida de um cantor/compositor como o Roberto Carlos, não é fácil, tantas são as atenções, tantas são as solicitações que a toda a hora lhe chegam. E, para quem já leva mais de 50 anos de carreira a calcorrear mundo, quase sem vida privada, não é fácil. Mas respondendo à pergunta, eu diria que é difícil chegar perto dos outros quem pela arte que um dia decidiu abraçar, há muito se sente longe de si próprio e dos seus entes queridos. Acho que sim, que à sua maneira, tem reconhecido todo o afã que temos desenvolvido no Splish Splash e que outros fãs têm desenvolvido noutros sites e noutros sectores, como por exemplo o radiofónico.

Uma coisa é certa: A Assessoria de Imprensa do Roberto Carlos, através da Ivone Kassu, tem sido bastante simpática para com o Splish Splash?

AG - De facto, assim é. A D. Ivone Kassu tem sido de uma simpatia extrema para com o nosso Portal e nós só temos que agradecer pela deferência que muito nos honra.

Acredita que este ano Roberto Carlos fará uma deslocação a Portugal, para um “show” muito almejado pelo numeroso núcleo de fãs?

AG - Acredito piamente que sim. Aliás, desde 2006 que acredito no seu regresso a Portugal, que o mesmo é dizer às suas origens, pois é preciso não esquecer que tem uma costela lusa por parte do pai e da mãe. Mas te tal não acontecer durante 2012, já está criada uma comissão no sentido de ir buscar o Rei ao Brasil a fim de que fique por cá durante uns tempos. Os nossos amigos brasucas que tenham paciência mas não o podem querer só para eles. A malta também tem direito. Ora, pois! (Risos)

Não há duas opiniões: você faria uma sessão de ilusionismo ao lado de Roberto Carlos?

AG - Decididamente, não! Primeiro, eu sou o que se chama um ilusionista daqueles de trazer por casa e depois não é qualquer um que se pode dar ao luxo de trabalhar ao lado do Rei.

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