Sugestões da TV Brasil para segunda (7) - Grandes Musicais resgata shows históricos

DO TEXTO:
Grandes Musicais TV Brasil-Sandra de Sá-Acervo TVE RJ

TV Brasil resgata shows históricos do acervo no especial Grandes Musicais

Apresentações de ícones da MPB foram gravadas pela TVE do Rio nos anos 1980 e 1990

A partir desta segunda (7) e até sexta (11), sempre às 21h45, a TV Brasil apresenta uma série de cinco shows históricos no especial Grandes Musicais que vai ao ar na faixa Verão Show.

A produção resgata imagens raras de apresentações com personalidades da música popular brasileira como Elza Soares, João Nogueira, Sandra de Sá, Moraes Moreira e o grupo Fundo de Quintal.

Gravados pela TVE do Rio de Janeiro nos anos 1980 e 1990, os espetáculos estão preservados no acervo da emissora pública. O especial combina sucessos do repertório com depoimentos dos artistas. Com uma hora de duração, as performances foram exibidas originalmente na série MBP Especial.

Voz marcante de Elza Soares


A programação especial começa com a consagrada cantora e compositora Elza Soares no show "Carioca da Gema", gravado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, em 1999. O especial intercala interpretações inesquecíveis e depoimentos da musa numa entrevista franca em tom intimista.

A hoje veterana, então com 69 anos na época, entoa composições autorais como "Lata D’água" com o timbre inconfundível e a rouquidão característica de sua voz. Também canta um repertório vasto com obras de outros músicos como "Trem das onze", "Chove chuva", "Meu limão, meu limoeiro", "Mamãe passou açúcar em mim", "País Tropical" e "Zazueira".

Samba elegante de João Nogueira


A atração de terça (8), também às 21h45 é o último show de João Nogueira registrado na íntegra pela televisão brasileira antes do seu falecimento no ano 2000. O espetáculo "Clássicos do Samba" foi gravado pela TVE-RJ em 1999, no Teatro Municipal de Niterói.

Com elegância, o cantor e compositor apresenta sucessos como "Espelho", "Súplica", "Poder da Criação", "Forças da Natureza", "Nó na Madeira" e "Além do Espelho". Pai do também sambista Diogo Nogueira, o saudoso artista emociona o público com sua performance.

No depoimento, ele fala sobre si, reflete sobre a falta de apoio ao artista brasileiro, explica o que considera um samba bom e destaca a internacionalização do gênero. João Nogueira também enumera os principais parceiros musicais e analisa o significado do palco em sua vida.

Personalidade forte de Sandra de Sá


Já na quarta (9), no mesmo horário, Sandra de Sá conduz o show "Eu sempre fui sincero, você sabe muito bem", realizado no Teatro Rival, em 1998. Considerada a “rainha do soul brasileiro”, a cantora e compositora apresenta grandes hits da MPB em um desempenho vibrante no palco.

O repertório da diva inclui canções que ficaram marcadas em sua voz como "Vale Tudo", "Olhos Coloridos", "Bye Bye Tristeza" e clássicos do pop como "Sossego", "Sozinha", "Azul da cor do mar", "Do Leme ao Pontal" e "Ideologia".

Roda de samba com o Fundo de Quintal


O Fundo de Quintal traz sucessos do samba em apresentação de 1989 no Teatro João Caetano que vai ao ar na TV Brasil nesta quinta (10). O show tem a participação especial de Aluísio Machado, compositor e mestre-sala da escola de samba Império Serrano.

Na roda de samba, o convidado canta o samba-enredo "Jorge Amado: Axé Brasil", com o qual o Império Serrano desfilou naquele ano, composto por ele mesmo em parceria com Bicalho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço.

Formado na época por Bira Presidente, Sereno, Ubirany, Sombrinha e Arlindo Cruz, o grupo Fundo de Quintal toca clássicos do gênero como "Só pra contrariar", "Boca sem dente", "Ô Irene", "Caciqueando" e "O Show tem que continuar"

Fundado na década de 1970 sob a influência da madrinha do samba Beth Carvalho que acompanhava as apresentações amadoras dos sambistas no Cacique de Ramos, o Fundo de Quintal se caracterizou por inovar as rodas de samba ao utilizar instrumentos até então pouco comuns como o banjo, o tantã, o repique de mão.

Som contagiante de Moraes Moreira


A semana de ícones da cena artística brasileira no especial Grandes Musicais, da faixa Verão Show, termina na sexta (11), sempre às 21h45, com o espetáculo "50 Carnavais", do baiano Moraes Moreira, na casa noturna Ballroom, em 1998. 

O músico faz um show bastante animado com a alegria que marca o vasto repertório de suas apresentações: "Preta Pretinha", "Brasil Pandeiro", "Festa do Interior", "Vassourinha Elétrica", "Isso aqui o que é" e "Por Que Parou, Parou Por Quê?".

SERVIÇO:
Verão Show – Grandes Musicais – Elza Soares – segunda, dia 7/1, às 21h45, na TV Brasil.
Verão Show – Grandes Musicais – João Nogueira – terça, dia 8/1, às 21h45, na TV Brasil.
Verão Show – Grandes Musicais – Sandra de Sá – quarta, dia 9/1, às 21h45, na TV Brasil.
Verão Show – Grandes Musicais – Fundo de Quintal – quinta, dia 10/1, às 21h45, na TV Brasil.
Verão Show – Grandes Musicais – Moraes Moreira – sexta, dia 11/1, às 21h45, na TV Brasil.

Clássicos de Amácio Mazzaropi entram na maratona da faixa Cine Verão na TV Brasil


Sessão de filmes da emissora pública reúne algumas das principais produções do ator e diretor

Depois do início da sessão Cine Verão com a Mostra Hugo Carvana, a TV Brasil apresenta uma faixa diária de longas-metragens dedicada à filmografia de Amácio Mazzaropi a partir desta segunda (7), às 22h45, durante a programação especial de verão.

A homenagem ao saudoso ator e diretor que fez história na sétima arte nacional inicia com a trama de comédia "Jecão... Um fofoqueiro no céu" (1977). As obras vão ao ar até sexta (11), no mesmo horário na faixa Cine Verão. No sábado (12), o público tem a oportunidade de conferir mais um longa do cineasta: "O Corintiano" (1967), às 16h, na sessão Cine Mazzaropi.


Antes, na terça (8), o destaque é o filme "No Paraíso das Solteironas" (1969). Já na quarta (9), a atração é a obra-prima "Casinha Pequenina" (1963). A obra traz um elenco de estrelas da dramaturgia e marca a estreia de Tarcísio Meira no cinema.


Já para quinta (10), está programada a comédia "O Grande Xerife" (1972). Inspirado no personagem de Monteiro Lobato, o personagem "Jeca Tatu" é o protagonista do filme homônimo de 1959. Na trama, o querido Mazzaropi interpreta um caipira muito preguiçoso que vive em uma cidade do interior de São Paulo com sua esposa e filha.


A tradicional sessão Cine Mazzaropi que vai ar pela emissora pública todo sábado, às 16h, segue na grade da TV Brasil com o longa "O Corintiano" (1967) essa semana. Nessa divertida comédia, o humorista faz o papel de 'Seu' Manuel, um barbeiro fanático capaz de loucuras parar torcer pelo seu time de futebol.

Trajetória de sucesso com clássicos nas telonas

Ícone da sétima arte no país, o saudoso comediante Amácio Mazzaropi até hoje é considerado um dos maiores atores brasileiros. Com tramas simples e um humor singelo, ele utilizou da figura do "Jeca" para fazer rir em produções que se tornaram clássicos da cinematografia nacional.

A trajetória do ator e diretor contempla 32 filmes produzidos entre 1952 e 1980. Mazzaropi chegou a atrair mais de oito milhões de espectadores em um único longa-metragem. Ele deu vida ao imortal e carismático estereótipo do homem do campo. Jeca, seu personagem, caipira e ingênuo, mas com doses de malícia, conquistou a simpatia das massas populares, que garantiam as sessões lotadas em todos os seus filmes.

A estreia de Amácio Mazzaropi nas telonas foi em "Sai da frente" (1952), no papel de Isidoro, um motorista de caminhão que deixa o carro desgovernado em plena cidade de São Paulo. A partir daí, seguiu caminhando em pequenas, médias e grandes apresentações consolidando seu nome no cinema brasileiro, além de programas de televisão e nos palcos do teatro.

Em 1958, Mazzaropi funda a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi), em modernos estúdios em Taubaté, e lá realizou 23 longas-metragens. Os maiores sucessos foram "Jeca Tatu" (1959) e "Casinha Pequenina" (1963), ambos contabilizando oito milhões de pagantes cada.

Seu último trabalho no cinema foi "O Jeca e a Égua Milagrosa", de 1980. No ano seguinte, morreu aos 69 anos, vítima de um câncer na medula antes de concluir a obra "Maria Tromba Homem", filme que ficou inacabado.

Sinopse de "Jecão... Um fofoqueiro no céu", filme que abre a semana do Cine Verão

Jecão Espinheiro vê-se envolvido com problemas relacionados à sua sorte com dinheiro. Ele e o filho Martinho ganham na Loteria "Espiritiva" e vão para São Paulo receber seu prêmio. Quando voltam para a cidadezinha onde moram, são recebidos pela população fanfarra, faixa de boas-vindas e muita festa, mas também por olhos cobiçosos.

A fortuna desperta o interesse de um fazendeiro da região, Chico Fazenda, que, com seus capangas, assalta Jecão e o mata. Graças às suas boas ações, Jecão vai parar no céu, um achado cenográfico bem ao estilo popular do caipira.

Na comédia de 1977, há sequências impagáveis das sessões espíritas. Em uma delas, o personagem de Mazzaropi volta à Terra para realizar seu próprio enterro, provocando confusão, medo e correria em praça pública.

Para desespero dos santos, toda vez que volta ao céu, Jecão promove bailinhos para animar os anjos e é punido pelo pecado da indisciplina. Diante das estripulias do Jecão no céu, realiza-se uma reunião de cúpula entre os santos para decidir sua sorte. Como ele não pode ficar mais lá, nem ser mandado para o inferno, o conselho decide-se pela única saída: a reencarnação.

Ficha técnica
Ano: 1977. Gênero: comédia. Direção: Amácio Mazzaropi e Pio Zamuner. Elenco: Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Paulo Greven, Dante Ruy, Gilda Valença, Denise Del Vecchio, Edgard Franco, Elizabeth Hartman, João Paulo, Leonor Navarro, Rose Garcia, Armando Paschoalim. Duração: 105 min. Classificação Livre.

SERVIÇO:
Cine Verão – "Jecão... Um fofoqueiro no céu" – segunda, dia 7/1, às 22h45
Cine Verão – "No Paraíso das Solteironas" – terça, dia 8/1, às 22h45
Cine Verão – "Casinha Pequenina" – quarta, dia 9/1, às 22h45
Cine Verão – "O Grande Xerife" – quinta, dia 10/1, às 22h45
Cine Verão – "Jeca Tatu" – sexta, dia 11/1, às 22h45
Cine Mazzaropi – "O Corintiano" – sábado, dia 12/1, às 16h

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