A Cantora BRUNA MORAES, que ficou conhecida aqui no RJ através do sucesso que fez como uma das cantoras do musical ‘Gonzaguinha: O Eterno Aprendiz” em apresentações no Teatro João Caetano (em setembro/2018) e na Sala Baden Powell (em março/2018), faz o lançamento de seu 2º álbum N U A , acompanhada do violonista André Fernandes, em única apresentação no Beco das Garrafas ( Rua Duvivier 37 – Copacabana ) no dia 07 de dezembro/2018, as 20h, com ingressos ao preço de R$ 30,00.
O disco N U A que foi gravado em julho de 2018 no estúdio do Mário Gil, com César Moraes na técnica e na mix e master do próprio Mário Gil, conta com a participação do violonista Romero Lubambo, tocando em duas faixas do álbum, "Acalanto", canção composta pela cantora e "Quem Ama", parceria de dois baianos, Achiles Neto e Marcos Marinho. Além dessas canções, o álbum traz também outras canções inéditas de sua autoria e de outros compositores, como Luis Dillah e Paulo Monarco.
“A redescoberta da canção mudou a minha forma de ver a música. Ver como ela pode ser coberta pelo que não é necessário. Pelo que pode atrapalhar a conexão entre o que ouve e o que executa. A canção é tudo! É o ponto de encontro entre quem canta e quem ouve. Ela é quem nos une, seja como cantora, como instrumentista, como público. É a parte mais importante, a coluna vertebral da nossa arte. Nesse álbum, o comprometimento é com a canção, da sua forma mais pura e íntegra. E pra que isso aconteça, todos nós, envolvidos nessa construção, estaremos despidos de tudo. A nudez da interpretação é a chave para a pureza da canção.”
Canções do álbum N U A :
Acalanto (Bruna Moraes) com Romero Lubambo
Maná (Luís Dillah) com André Fernandes
Desenho (Bruna Moraes) com André Fernandes
Espreita (Paulo Monarco e Vinicius Castro) com André Fernandes
Pra Me Curar (André Fernandes e Bruna Moraes) com André Fernandes
Mínimo Volume (Bruna Moraes e Bruno Khol) Bruna e André Fernandes
Cor-de-Rosa (Lencker e André Fernandes)
Como Teu Coração (Bruna Moraes)
Visão (Bruna Moraes)
Aérea (Bruna Moraes e Rogério Duarte)
Quem Ama (Achiles Neto e Marcos Marinho) com Romero Lubambo
* Todas as faixas foram gravadas ao vivo, sem edição, sem fones, tocando e cantando na mesma sala.
* A capa foi feita por Roberto DiCarvalho, óleo sobre papel.
Com leituras densas, arranjos minimalistas, Bruna canta os compositores da cena paulistana, como Lencker e Camila, “Tirano”, e outros consagrados por sua longa estrada.
A artista se destaca por sua genuína musicalidade e maturidade poética. Interpreta canções com veracidade, força e sofisticação, recebendo elogios de grandes artistas da MPB como Tetê Espíndola e Guinga, que a comparou com a cantora Leila Pinheiro.
A jovem intérprete traz de volta para o cenário musical brasileiro, a tradição de “cantar para fora” das grandes divas da MPB, como Dalva de Oliveira e Elizeth Cardoso.
A artista...
Bruna Moraes, nasceu em 14 de março de 1995, em São Paulo, e começou a vivenciar a música muito cedo, quando se matriculou na Universidade Livre de Música (atual EMESP), aos 12 anos, para estudar violão popular. Lá, fez as maiores e mais importantes descobertas musicais, convivendo com Zé Luiz Mazziotti, que a influenciou profundamente à iniciar sua carreira como cantora, dividindo seu show com a Orquestra Jovem Tom Jobim, no Memorial da América Latina, quando ela tinha apenas 14 anos. Nessa mesma convivência, conheceu Ítalo Lencker, seu primeiro parceiro composicional, influenciando diretamente em sua iniciação como letrista e, mais tarde, compondo suas próprias canções.
Aos 17 anos, Bruna recebeu um convite inesperado da gravadora Kuarup, para a produção de seu primeiro álbum, “Olho de Dentro”, com a produção musical de Pedro Baldanza, onde ela pôde registrar suas parcerias com Lencker e suas outras canções feitas no decorrer dos anos, ao lado de seus grandes parceiros, Peter Mesquita, Kabé Pinheiro, Fabio Leandro, Gabriel Guilherme e Gabriel Selvage.
Bruna Moraes participou do The Voice Brasil, em 2016, e repercutiu muito a “vacilada dos jurados”. A cantora que interpretou "Aprendendo a Jogar", esteve na lista “As 50 virais do Brasil”, Spotify, dentre as mais tocadas do país.
Atualmente, Bruna Moraes participa do musical de sucesso GONZAGUINHA: O ETERNO APRENDIZ, que foi assistido por quase 15.000 pessoas em temporadas no Teatro João Caetano (RJ) e Teatro dos Grandes Atores (Barra da Tijuca).
Segue a matéria “A MARAVILHOSA VOZ DA BRUNA MORAES” escrita pelo jornalista e crítico musical Arnaldo Afonso em sua Coluna “Sarau, Luau e o Escambau” no Jornal Estado de São Paulo, dia 09/11/2017.
Na terça-feira, fui ao Teatro Itália ouvir a cantora Bruna Moraes. Ela, que já gravou ‘Olho de Dentro’, seu ótimo disco de estreia, fazia show de pré-lançamento do novo cd ‘Nua’, que inicia agora campanha de financiamento. Claro que eu também vou colaborar porque Bruna merece: ela já é, aos 21 anos, uma das maiores cantoras do Brasil. Acompanhada por Lautaro Michaux (teclado), Igor Pimenta (baixo), Gabriel Alterio (bateria) e Bianca Godoi (guitarra), e com participação do cantor e compositor Lencker, Bruna apresentou um repertório mais dramático que do disco anterior, e com algumas melodias mais desafiadoras, o que lhe propiciou exibir os muitos recursos de seu vozeirão, esbanjando técnica e emoção. Impossível não se encantar quando a voz de Bruna ecoa. Ela é uma força da natureza a serviço da beleza. Um alumbramento.
Ouvi dizer que os ‘jurados’ do programa The Voice (Lulu, Brown, Claudia Leitte e Teló) não a ‘aprovaram’. Alegaram ‘juventude’ e ‘falta de personalidade’. Claro que seu timbre lembra o de Elis. Além dela não ter ‘culpa’ desse acaso agradabilíssimo (para nós), a verdade é que Bruna é capaz de cantar tão bem quanto Elis... Bruna, tem a ‘aprovação’ unânime de quem ‘entende da coisa’, de quem ama a música e não está atrelado a patrocinadores ou mandamentos das leis do mercado. A ascensão de Bruna Moraes, como a primavera do poeta, virá: é inexorável.
Não sou cri-crítico musical nem jurado de nada, mas na primeira vez em que ouvi a Bruna cantar, já me emocionei e escrevi esse texto:
Bruna é intensa, passional, delicadamente áspera, mas sempre íntegra e inteira, emocionada e emocionante. Seu imenso talento merece multidões. É comovente acompanhar a evolução de suas entonações, como uma contorcionista parindo inéditos movimentos melódicos, uma porta-bandeira orgulhosa em ostentar o pavilhão de sua canção-nação. Bruna é uma jovem cantora da estirpe das baitas, das gênias, das Ellas e Elises, das Janes e Maysas. Seu repertório é pleno de sutilezas bem tramadas. Mas, no fim das contas, nem importa muito o que ela cante, pois sua voz sempre estará acima de tudo, uma oitava além das palavras, notas, pausas e pontuação, num planeta distante, uma dimensão adiante da rotação natural da canção. Bruna vai no talo, mergulha até o fundo, sem tubo pra respirar. Acompanhe se puder. Ela é muito jovem, ainda vai pirar, despirar, tornar a transtornar. Mas que não perca nunca essa capacidade de se lançar sem rede de proteção, de despir suas dores ultra doídas (e algumas alegrias, vai…) e nos arrepiar com esse cantar que a gente sente nos cortar e se identifica: brota do escuro obscuro e puro da alma, de onde as emoções ainda não foram catalogadas. Bruna Moraes canta demais!
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