CCB • 31 outubro e 1 novembro • 21h00 • Grande Auditório
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A divisão do espetáculo em duas partes idênticas, ainda que diferentes, engana a memória e leva-nos a questionar sobre o significado da composição.
Os bailarinos brilhantes da Batsheva não serão facilmente esquecidos.
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Em Venezuela, Ohad Naharin põe uma vez mais em evidência a qualidade técnica dos seus bailarinos com uma coreografia cujo sentido de composição radica numa fisicalidade extenuante, em que o ritmo e a complexidade dos movimentos criam momentos inesquecíveis. Venezuela encena a conflitualidade e o diálogo entre corpos, mas também entre culturas, como muito simbolicamente os lenços brancos que surgem no início da peça se transformam, com o uso das cores, em variantes da bandeira da Palestina. Ao utilizar como banda sonora cantos eclesiásticos na primeira parte, com a luz a iluminar o palco e, no segundo segmento da coreografia, o rap de The Notorious B.I.G. e música árabe, Ohad remete-nos para um contexto sociocultural (e político) específico que aos olhos do coreógrafo ainda encerra sinais de esperança.
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