Bolsonaro ou Bálsamo? Eu prefiro o Bálsamo

DO TEXTO:

Bálsamo? Ainda hoje esse cheirinho de há muitos anos quando eu era um mau jogador de futebol. E recordo as massagens aplicadas pelo enfermeiro Simões com Bálsamo. Naquele tempo era o que havia. Nada sofisticado, como, por exemplo, os “sprays milagrosos” de agora.

E esta crónica tem a ver então com a letra “BÊ”. O Bálsamo que ainda hoje aplico quando a ciática, amiudadamente, me faz uma visita, o que me leva, na maioria das vezes, a proferir um palavrão com a letra “CÊ”.

O outro “BÊ” da questão tem a ver com o candidato à presidência da república brasileira, o cidadão Bolsonaro (Jair). Primeiramente, dizer que nada tenho contra o homem. Inclusive, em um escrito anterior, recriminei aquele ato em que o dito cujo foi esfaqueado. Porém, e muito embora não seja votante (sou português até morrer), quero o melhor para o país que me acolheu há catorze anos. Desejo que este país, que já afirmei possuir condições para ser um dos melhores do mundo, se apresente com uma lufada de ar novo em termos governamentais. Óbvio que, através da mídia brasileira, designadamente a rádio e a televisão, acompanhei os pronunciamentos dos candidatos à presidência. Haja vista que fiquei decepcionado com algumas afirmações do Bolsonaro. Considerei-as descabidas e periclitantes para a sua própria eleição. Claro que o “Zé povinho” seu afeto não se impressionou com isso e, em corolário, Bolsonaro parte para o segundo turno com larga vantagem sobre o outro candidato. Até aqui, foi o povo que mais ordenou. E será que esse mesmo povo vai continuar a optar por Bolsonaro? Como as coisas estão não acreditamos no que se diz de “virar-o-bico-ao-prego”. Resta saber se Bolsonaro irá manter o que disse anteriormente, o que levou muita gente a pensar que o Brasil regressaria para uma ditadura.

Em função do que aqui fiz eco, se me pusessem um quadro com uma mesa de voto apenas com Bolsonaro e uma farmácia com algumas bisnagas de Bálsamo à porta, não hesitaria em correr para a farmácia porque as dores na ciática continuam a incomodar-me fortemente. E agora foi pior quando alinhavei este escrito. Portanto, entre Bolsonaro e Bálsamo, eu quero o Bálsamo.

NOTA FINAL – O meu maior respeito em relação aos muitos dos meus amigos que votaram em Bolsonaro. Terão tido as suas fortes razões. E o tempo-tempo até lhes poderá dar toda a razão. Nestas coisas, nada melhor do que esperar pelo tempo-tempo. E Bolsonaro, inclusive, após ser eleito (tudo indica que sim, mas...), pode mudar o seu discurso e partir para o que os brasileiros mais desejam: a tranquilidade do país a todos os níveis. Difícil sim, mas não impossível...


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