Agnaldo Timóteo faz 'reverências' a Elis Regina e a Tim Maia em disco ao vivo

DO TEXTO:

Por Mauro Ferreira
Cantor mineiro que viveu o auge artístico nos anos 1960 e 1970, mas que ainda mobiliza pequenas multidões em shows pelo interior do Brasil, Agnaldo Timóteo tem lançado discos com regravações de sucessos em que exacerba sentimento de gratidão já nos títulos dos CDs, como Obrigado Cauby, nome do recente álbum de 2017 em que deu voz ao repertório do cantor Cauby Peixoto (1931 – 2016).
É nessa linha que se insere Reverências, disco ao vivo ora lançado por Timóteo com o registro do show também intitulado Reverências e feito pelo cantor de recém-completados 82 anos ao longo deste ano de 2018.

Gravado ao vivo em apresentação no Teatro Itália na cidade de São Paulo (SP), em 29 de junho, o álbum alinha saudações do cantor a colegas como Elis Regina (1945 – 1982) – de cujo repertório Timóteo revive Fascinação (F. Marchetti e Maurice Feraudy em versão de Armando Louzada, 1904) – e Tim Maia (1942 – 1998), lembrado através da balada Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983), canção-de-corno que se tornou um dos maiores sucessos de Tim na década de 1980.


                                   Capa do álbum 'Reverências', de Agnaldo Timóteo — Foto: Divulgação
Curiosamente, o cantor reverencia Gonzaguinha (1945 – 1991) com outro registro de Grito de alerta, música lançada por Timóteo no mesmo ano de 1979 em que Maria Bethânia deu voz à composição em gravação para o álbum Mel (1979) que ganhou projeção nacional.
Na época, Timóteo ficou chateado com Gonzaguinha pelo fato de o compositor também ter cedido a música para Bethânia, já que, de acordo com o cantor, Grito de alerta foi música feita por Gonzaguinha com base em caso de amor vivido pelo próprio Timóteo e narrado ao compositor.

Como o tempo cura tanto as dores de amores como os ressentimentos, Grito de alerta figura no repertório do álbum Reverências ao lado de músicas como Impossível acreditar que perdi você (Márcio Greyck e Cobel, 1971), De tanto amor (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971), Nossa canção (Luiz Ayrão, 1966) e Balada triste (Dalton Vogeler e Esdras Pereira da Silva, 1958).

in-g1.globo.com
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