10 ANOS DO PORTAL SPLISH SPLASH | Entrevista com o administrador Armindo Guimarães

DO TEXTO: 10 anos do Portal Splish Splash - Para destacar tão importante efeméride, nada como entrevistar aquele que em 7-7-2008 criou: Armindo Guimarães...
O luso-brasileiro Portal Splish Splash é um site de âmbito generalista, dedicado à Lusofonia e ao artista Roberto Carlos e seus fãs no Mundo, completando hoje 10 anos de existência. Para destacar tão importante efeméride, nada como entrevistar aquele que em 7 de julho de 2008 o criou: Armindo Guimarães, de Porto, Portugal.

Por: Alba Bittencourt

O luso-brasileiro Portal Splish Splash é um site de âmbito generalista, dedicado à Lusofonia e ao artista Roberto Carlos e seus fãs no Mundo, completando hoje 10 anos de existência.

Para destacar tão importante efeméride, nada como entrevistar aquele que em 7 de julho de 2008 o criou: Armindo Guimarães, de Porto, Portugal.

- Como e quando surgiu a ideia de criar o Portal Splish Splash e como te veio em mente esse nome?

AG – Estávamos em 2008 quando decidi criar um blogue pessoal, ao qual dei o nome de “Armindo Guimarães”, com vista a publicar o que ia escrevendo, designadamente contos de ficção e assuntos relacionados com Portugal, Brasil e o artista Roberto Carlos. Logo percebi que a maioria dos visitantes eram fãs de Roberto Carlos e como tal achei que não fazia sentido o meu nome como título do blogue, pelo que lancei um desafio aos visitantes no sentido de darem sugestões para o novo título do blog e, de entre várias, a que obteve mais consenso foi a de Portal Splish Splash, que ficou.

- Com que intuito foi criado o Portal Splish Splash?

AG – Pelo que já deixei dito, conclui-se que, na verdade, quem criou o Portal Splish Splash foram os seus visitantes que, penso, é um caso raro na blogosfera. Quanto ao intuito, é o mesmo que esteve subjacente à criação do blogue pessoal, ou seja, âmbito generalista, com especial atenção para assuntos relacionados com a Lusofonia e com o artista Roberto Carlos e temática que direta ou indiretamente com ele se relacione.

- Como surgiu o logotipo do Portal Splish Splash?

AG – Também aqui, a iniciativa partiu de um simpatizante do Portal, no caso, o nosso amigo Manuel Lopes, português de Pevidém, na altura a viver em França e atualmente em Espanha. Ofereceu ao Portal uma série de camisolas e a primeira coisa que pensei ao ver a imagem estampada, propositadamente concebida para o efeito, foi que já estava criado o logotipo do Portal. Não podia ser melhor.

- E a mascote do Portal?

AG - É a cadelinha Sacha Splish, que vive em casa da administradora Carmen Augusta. É uma boa mascote, mas de vez em quando dá-se-lhe na mania de pegar comigo em tudo quanto é sítio, em especial nos grupos do Facebook, deixando-me sempre ficar mal. Por exemplo, esta parte da entrevista por certo que já vai ser motivo para a menina entrar em ação contra o portuga, como ela gosta de me chamar, a malandra. Enfim, já estou habituado.

- Acontece que ultimamente tem aparecido uma joaninha nas fotos de capa do Portal. A Sacha Splish foi despida, digo, foi despedida?

AG – Pensei que era só eu que me enganava na palavra despedir, mas… A menina Sacha Splish não foi, nem nunca será despida, digo, despedida, pois foi contratada ad aeternum, além de que sempre cumpriu com zelo e empenho as suas funções, à parte o pormenor de sempre pegar comigo, mas isso é outra história. A joaninha apareceu por acaso numa foto de capa do Portal e aconteceu que apesar de pequenina, coitadinha, deu tanto nas vistas que desde então, se não houver joaninha o pessoal reclama. Veio para ficar.

- Sabe-se que o Portal Splish Splash neste ano de 2018 completa 10 anos de existência. Tens algum fato que mais te marcou nesse período de tempo?

AG - Em 2010 o convite que recebemos da saudosa D. Ivone Kassu para estarmos presentes no Projeto Emoções em Alto Mar 2011, designadamente na coletiva de imprensa. A partir de então, outros convites nos têm chegado das Produções Ivone Kassu, não com a regularidade que desejaríamos, mas estamos conscientes das nossas humildes capacidades em termos de representação jornalística num país tão imenso como o Brasil; ainda em 2010, o Projeto Roberto Carlos “O Mensageiro da Paz”, da autoria da professora Rosemeire Barbosa, de Piracicaba-SP, que abrangeu mais de X crianças e que o Portal Splish Splash apadrinhou desde o início até à sua interrupção em 2016 por motivos alheios à vontade da autora que em 2013 tinha obtido uma Moção de Aplauso, reconhecimento da Câmara dos Vereadores de Piracicaba, decorrente da importância em ser trabalhada a Cultura da Paz e Não Violência, num bairro com alto grau de violência, tendo crianças como agentes multiplicadores. Penso que foi um projeto louvável que teve os seus frutos e que, tendo obtido o reconhecimento educacional didático como o primeiro projeto de paz desenvolvido com crianças da rede pública de ensino através das músicas do cantor Roberto Carlos, só faltou mesmo o contato entre o cantor e as crianças; em 2011, no Facebook, a criação do grupo “Fãs de Roberto Carlos-Portugal” que de início só aceitava adesões de fãs residentes em Portugal pelo facto de no Facebook já existirem dezenas de grupos brasileiros dedicados ao artista, mas que depois os pedidos eram tantos que se viu obrigado a alargar as adesões para todos sem exceção, desde que fãs de Roberto Carlos, tendo como resultado ser atualmente o maior grupo (107 mil membros) de entre mais de 140 dedicados a Roberto Carlos

- Como te sentes ao ver que o sucesso do Portal Splish Splash vem crescendo a cada dia?

AG - Sinto-me a “120, 150, 200 km” por hora nas “curvas da estrada de Santos”. Numa altura em que o Portal Splish Splash tem contatos diários com centenas de assessorias de imprensa do Brasil e de Portugal, a vontade de prosseguir fazendo mais e melhor, é muita. Mas ao mesmo tempo, como diz a letra, “sinto um vazio imenso”. Mas não estou só. Faço parte de uma pequena, mas grande equipa e “por isso eu corro demais”. Com a equipa que temos, tudo corre sobre rodas, porém, nunca estou satisfeito pois penso que podemos fazer mais e melhor, mesmo tendo em consideração o facto de não termos fins lucrativos, porém, com algumas despesas de manutenção do site e aqui bem que podia aparecer um mecenas para dar um jeito.

- O que falta no Portal?

AG - Temos o essencial que é uma boa equipa com vontade de fazer coisas e isso vê-se no facto de em 10 anos nunca ter havido uma interrupção, já que publicamos diariamente sempre com a preocupação de diversificarmos os temas e, dentro destes, selecionando os de melhor qualidade e os que julgamos irem ao encontro dos nossos estimados leitores. Mas, como disse acima, muito há ainda a fazer, por exemplo, na temática Lusófona.

- Desde que o Portal mantém contatos com gabinetes de imprensa do Brasil e de Portugal, a movimentação tem sido maior e é de prever que muito trabalho está por trás de tal empresa. Fala-nos um pouco sobre esses contatos.

AG – São muitos os gabinetes de imprensa que connosco comunicam a todo o momento. Do Brasil, são centenas. De Portugal, não tantos como gostaríamos, apenas umas dezenas, contudo, muito conceituados. Acho que têm do Portal uma impressão positiva na medida em que sempre nos pautamos pela apresentação e em especial pelo rigor que votamos aos press release que nos são enviados. Também aqui sinto que podíamos fazer mais e melhor, mas falta-nos meios humanos que não nos permite aceitar os muitos convites que nos chegam para entrevistarmos personalidades do mundo da música, do teatro, cinema, literatura e outros, e também para nos fazermos representar em eventos.

- O que é necessário para fazer parte da equipa de redatores do Portal?

AG – No Portal existem os redatores permanentes que com alguma regularidade publicam diretamente no Portal matérias da sua autoria ou de outras fontes. Podem ser jornalistas, ou não. Os que são jornalistas, seguem a sua deontologia profissional e os que não são jornalistas têm que seguir a mesma deontologia. Não fazemos por menos.

- Que outros géneros de colaboradores existem no Portal?

AG – Existem os redatores não permanentes que sem nenhuma periodicidade nos enviam matérias originais para publicarmos: contos de ficção, poesia e outros; os que representam o Portal Splish Splash no Facebook como administradores e/ou moderadores dos nossos grupos, designadamente o “Portal Splish Splash” e o “Fãs de Roberto Carlos”.  Para além destes colaboradores, que são, digamos, os oficiais, existem outros não menos importantes, que são os que nos enviam mensagens de aviso sobre esta ou aquela novidade e os que nos visitam, curtindo e comentando as nossas publicações. É, afinal, para estes últimos que vai toda a nossa atenção.

- A propósito de grupos do Portal, o “Fãs de Roberto Carlos” é o maior do Facebook, dedicado a Roberto Carlos, com mais de 107 mil membros. Porém, desde que o Facebook implementou a funcionalidade de enviar perguntas a quem envia pedido de adesão, os administradores e moderadores logo a adotaram só aceitando adesões de quem realmente é fã de Roberto Carlos. O grupo não quer mais membros?

AG – Claro que qualquer grupo deseja ter mais membros, porém, no nosso caso, mais do que o número, interessa-nos as pessoas, ou seja, se quem pede para aderir ao grupo não é fã de Roberto Carlos, o grupo não interessa à pessoa, da mesma forma que a pessoa não interessa ao grupo, por muito boas intenções que tenha, não nos interessa aceitar um membro para publicar assuntos que dizem respeito a outro género de grupo.

- Como é administrar o Portal?

AG – Não é fácil, mas se fosse com certeza o ânimo não seria tanto. Depois, com a equipa que temos dá gosto trabalhar, se é que podemos chamar trabalho ao que nos dá prazer. atendendo a que, pese embora toda a equipa trabalhar por amor à camisola, que o mesmo é dizer, por carolice, ninguém confunde amadorismo com irresponsabilidade e por isso tudo fazemos para darmos o melhor que podemos e sabemos

- Além do Armindo Guimarães, a administração do Portal conta com a Carmen Augusta Coelho. Como surgiu essa parceria?

AG – Surgiu muito naturalmente. A certa altura dos inícios do Portal, senti que precisava de alguém que me apoiasse na administração do site e lembrei-me daquela a quem chamo a minha maninha, a Carmen Augusta. E ainda bem, pois passados estes anos todos é o que se chama o meu braço direito e muitas vezes até o esquerdo, pois se algo não corre bem no site ela logo me alerta, para além de estar adstrita a uma função que a obriga a estar quase constantemente em alerta no que se refere às publicações. É a única que não pode ter férias nas Bahamas em hotel de 5 estrelas totalmente financiadas pelo patrãozinho aos outros colaboradores.

- É justo que quem tanto dá pelo Portal Splish Splash, seja devidamente recompensado.

AG – Claro que sim, mas escusavam era de serem uns mal-agradecidos que passam a vida a dar cabo da cabeça ao patrãozinho com reivindicações do arco-da-velha, como se já não bastassem as férias de luxo e os altos honorários mensais que recebem. Um deles, lembrou-se recentemente que tinha o diploma de doutorado em Robertologia Aplicada e Ciências Afins e vai daí começa a escrever quase diariamente matérias robertocarlisticas, ameaçando-me que se eu não o aumentasse já tinha um site que estava interessado nos seus serviços.

- Deduzo que para manter o Robertólogo, teve que haver aumento.

AG – Lógico que houve aumento – de trabalho!

- Essas situações nunca deviam acontecer com os colaboradores do Portal.

AG – Não deviam acontecer, mas acontecem, mesmo com quem diz que situações destas não deviam acontecer.

- Não estou a entender.

AG – Eu explico: Esta entrevista, por exemplo, só é possível porque o patrãozinho vai ter que se chegar à frente, ou seja, vai ter que aumentar os honorários da entrevistadora e conceder-lhe 35 dias de férias em Portugal, mais exatamente no Algarve, em Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Guimarães e Viana do Castelo, que até faz lembrar aquela canção do Mário Gil “Pelos caminhos de Portugal”.

- A avaliar pelo resultado que obteve o Robertólogo, estou mesmo a ver que os meus 35 dias de férias vão ser a ver o vídeo…

AG - Depois não gostam que eu diga que os colaboradores passam a vida a lamentar a sorte grande que têm.

- Armindo, de fato, fazer parte da equipe do nosso conceituado Splish não é só  uma sorte grande,  mas uma grande honra.

Me sinto lisonjeada e feliz em entrevistar o querido Patrãozinho e desejando que tenhas  cada dia mais sucesso frente ao  Portal Splish Splash, agradeço o tempo e a atenção que dispensaste.
Parabéns!

Tu és o Cara!

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1 Comentários

Comentários

  1. Nobre colega Alba,

    Esse cara merece todas as homenagens pelo seu idealismo, persistência, criatividade e por ser uma pessoa amiga de todos.

    Um forte abraço

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