Segundo jogo do Brasil no Mundial-18 - Vitória (2-0) conseguida ao cair do pano

DO TEXTO:

Depois do empate frente à Suíça, que não teve nada de surpreendente, ao Brasil restava, fundamentalmente, vencer os dois próximos jogos, começando nesta sexta-feira ao defrontar a Costa Rica que, no jogo anterior, havia perdido com a Sérvia por 1-0. Se atentarmos bem, a Sérvia mais difícil que a Costa Rica, não obstante se reconhecer que o Brasil, jogando o seu normal, ultrapassaria estes dois obstáculos. 

O JOGO BRASIL – COSTA RICA -  Tite teve que fazer uma alteração  de última hora, entrando Fagner para o lugar de Danilo que sentiu um desconforto no tornozelo.

Era de todo previsível que a Costa Rica se postasse em campo bem fechada na tentativa de manietar as incursões do Brasil, nomeadamente pelos flancos, para mais que a "canarinha" normalmente ataca em bloco. Por outro lado, a Costa Rica quando se apoderava da posse da bola procurava sair para o contra-ataque em velocidade. Mas de tudo isto se infere que, para o Brasil, era sumamente importante abrir cedo o placard para desfazer o hermetismo dos costa-riquenhos.  

O jogo decorria com o Brasil lançado no ataque, sempre mais perto da área do adversário, mas nada de lances de verdadeiro "frisson", E. como era sabido, o Brasil necessitava da vitória como quem precisava de pão para a boca. Nesse sentido, a Cista Rica estava ali para contrariar os intentos dos brasileiros. E as faltas sobre Neymar começavam a aflorar, uma forma de travar as incursões do perigoso avançado. Aliás, há que dizer, e pese embora o facto de às vezes ser um cai-cai, que Neymar é um jogador que sofre muitas cargas. Neymar que muitos já consideram o terceiro melhor do mundo. Será mesmo?  

O Brasil começou a perder dinâmica e, à medida que o tempo passava, notava-se um certo nervosismo. E isso só vem à tona quando o golo tarda em aparecer. E, ao invés, a Costa Rica lá ia levando a água-ao-seu-moinho. O lance de maior perigo do Brasil ocorreu aos 26 minutos e foi protagonizado por Neymar que, na cara de Navas, permitiu a defesa deste., Navas o experiente guarda-redes do Real Madrid. Dir-se-á que este lance espevitou mais o Brasil que finalizava muito mais a partir do lance frisado. Finalmente, um Brasil mais célere na transposição do seu jogo para o ataque. Mais mexidos os homens do meio-campo e na frente Neymar muito mais versátil. Ao Brasil também se pedia paciência em função do sistema ultra-defensivo da Costa Rica, sistema que seria desfeito com  o tão almejado golo. Um golo que seria "ouro sobre azul", mas que tardava e consequentemente impacientava as hostes brasileiras.

O SEGUNDO-TEMPO - O Brasil apresentou-se nesta etapa complementar com Douglas Costa no lugar de William, uma forma de reforçar o ataque. Não tinha outro jeito Tite, ou seja, reentrar com tudo em busca do tão almejado golo que continuava a fazer negaças, mas aqui também o mérito da Costa Rica se manter fiel ao seu hermetismo. Mas o Brasil entrou na pressão total e, aos 49 minutos, a bola embateu na barra transversal da baliza de Navas. Começava um maior sufoco do Brasil e, claro, a Costa Rica a entrar num salve-se-quem-puder.

A verdade nua e crua é que a Costa Rica pouco procurava o ataque (só esporadicamente) e se mantinha lá atrás, confiando no valor do seu guarda-redes Navas que, aos 56 minutos, com uma defesa de grande estilo, negou o golo a Neymar. Navas que estava a ser a figura do jogo. É, na verdade, a estrela desta Costa Rica. A Costa Rica com o seu 5-4-1, por vezes os 10 metidos dentro da sua grande área, com o Brasil continuamente a procurar o golo e Navas a manter na sua camisa a palavra STOP.

Tite no tudo-por-tudo fez sair Paulinho e entrar mais um avançado, na circunstância Roberto Firmino. Um Brasil totalmente ofensivo e apertava por todos os lados a super defensiva dos costa-riquenhos. E, mais uma vez, na zona frontal Neymar a perder o golo, rematando ao lado. A esbanjar oportunidades tão claras, a tarefa do Brasil complicava-se cada vez mais. E já se olhava muito para o relógio, inquietante para o Brasil, pese embora o facto de não parar o insiste-insiste. E veio um lance discutível com o árbitro a assinalar derrube a Neymar e, depois, o dito-por-não-dito ao ser informado pelo vídeo-árbitro. Incrível isso. E o nervosismo dos brasileiros acentuava-se, com dois amarelos seguidos, respectivamente, a Neymar e Coutinho. E foi no entrar do período dos descontos que Coutinho fez o tão perseguido golo e, mesmo no final, Neymar sentenciou o jogo fazendo o 2-0, o mesmo que dizer que água mole em pera dura, tanto bate que até fura. E furou mesmo por duas vezes. Um enorme alívio para as hostes brasileiras. Mas manda a verdade dizer que, pelo que fez na etapa complementar, o Brasil justificou a vitória, sofrida é certo em função do esquema defensivo dos costa-riquenhos, digamos um ônibus colocado em frente da área de jurisdição de Navas. 


                                                                                  

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