Fãs de Roberto Carlos entrevistados pelo Portal Splish Splash - JOÃO FRANCISCO

DO TEXTO:


A pensar nos milhares de fãs de Roberto Carlos, espalhados pelo Mundo, o Portal Splish Splash achou por bem auscultar a alma robertocarlistica que por eles perpassa, dando início a uma série de entrevistas que, cremos, poderá de algum modo contribuir para uma melhor compreensão do motivo que leva tantos a admirar a obra de um cantor/compositor Brasileiro que ao comemorar 55 anos de carreira, não só consegue manter a fidelidade dos seus fãs que o acompanham desde o início da sua trilha poética e musical, como ainda, atrair muitos jovens que não conseguiram ficar indiferentes à obra daquele que, como disse o poeta, se mais mundo houvera lá chegara.

A seleção da série de entrevistas não obedece a nenhum critério relativamente a este ou àquele fã, foram obtidas por quem as irá publicar, ou seja, Armindo Guimarães, Carmen Augusta e Derbson Frota, de acordo com os contatos que possuem. Também a publicação, que acontecerá às terças-feiras e sábados, é aleatória, ou seja, não tem qualquer ordem em relação aos fãs. Todos eles admiram o rei Roberto Carlos e por isso todos nos merecem a mesma estima e a mesma consideração, independentemente de, muito naturalmente, podermos conhecermos melhor este ou aquele fã.

A entrevista que se segue é com o fã baiano João Francisco Santos Sobrinho, referência em matéria de coleção de discos de Roberto Carlos. 
Confira a entrevista:

PORTAL SPLISH SPLASH - Como começou a gostar do NMQT Roberto Carlos?

JOÃO FRANCISCO - A partir de 1964, quando conheci o Lp “É proibido fumar”.

PSS - Você se considera um grande fã? Por quê?

JF - Eu  me considero um grande admirador / colecionador  do artista. Não gosto muito da palavra “fã”, pois dá um ideia de fanático/fanatismo.

PSS – Você é sem dúvida o maior colecionador de discos do rei do Brasil. Como e quando  começou a colecionar? O que o motivou?

JF - Comecei a colecionar em 1968, motivado pela admiração  que sentia por RC.

PSS – Você já fez alguma loucura(financeira, por exemplo) para adquirir alguma(s) dessas peças? 

JF - Na dédada de 80 cheguei a pagar um valor superior ao meu salário mensal para ter em minha coleção o Lp “Louco por você”.

PSS – Contando LPs e compactos, qual a quantidade exata de peças que você tem em sua coleção? 

JF – Os números  não são muito exatos, pois a relação está desatualizada, mas acredito ter cerca de 1.150 itens.

PSS – A coleção está 100% completa?

JF – Não, ainda faltam alguns itens, principalmente o que foi lançado no exterior, pois não temos catalogados todas as edições (nem a gravadora de RC possui a informação correta). De vez em quando aparece alguma novidade. Levando-se em conta o que foi lançado no Brasil, só está faltando um disco de 78 rpm com as canções “É proibido fumar” / “Minha história de amor”.

PSS – Além dos discos, o que mais você coleciona de RC?

JF – Tudo. Revistas, fotos, vídeos, etc.

PSS - Se estivesse numa ilha deserta com o (a) amado(a), qual música do rei colocaria pra tocar?

JF – Eu levaria a coleção completa, pois para escolher eu teria que fazer uma seleção de pelo menos umas 100 músicas, dando preferência aquelas muito românticas que marcaram acontecimentos importantes da minha vida: “Detalhes”, “A distância”, “De tanto amor”, “Por amor”, “A janela”, “Amada amante”, “Desabafo”, etc, etc, etc.

PSS - Cite uma história engraçada e/ou emocionante que já viveu relacionado ao rei Roberto.

JF -  Em 1972 eu assistia a um show de Roberto Carlos em um estádio de futebol na cidade de Petrolina (PE). Como sempre, muita gente presente, mas do lado de fora do estádio estava também uma grande quantidade de pessoas que não conseguiu  entrar. Perto do final do show, quando Roberto cantava a penúltima canção (Amada amante) foi dada uma ordem para que se abrissem os portões. A ansiedade de chegar bem próximo ao palco fez com que as pessoas entrassem correndo. Foi um verdadeiro “estouro da boiada”.

PSS - Uma música que você sempre põe no “repeat”:

JF – “Detalhes”.

PSS - Muitas são as músicas do repertório do rei e muitas são aquelas que ele há muito não canta. Que música gostaria que ele voltasse a cantar?

JF – “Quero que vá tudo pro inferno”.

PSS - Se fosse escolher para ouvir 10 músicas do rei, em ordem de preferência, quais seriam?

JF – Detalhes, A distância, De tanto amor, As flores do jardim de nossa casa, Aquele beijo que te dei, Quero que vá tudo pro inferno (versão de 1965), Desabafo, Meu querido, meu velho, meu amigo, A primeira vez, Outra vez. 

PSS – Qual a emoção de ter estado com o rei em seu camarim?  

JF –  Um momento mágico, a gente só acredita  que foi  real quando recebe as fotos por e-mail.

PSS - As músicas do rei não seriam a mesma coisa sem as respetivas letras. Independentemente da música, diga os títulos de três letras que mais a impressionam e porquê.

JF - “Detalhes” – resume uma situação do cotidiano, que muita gente vive, já viveu ou viverá um dia. Impressiona pela beleza e simplicidade dos versos.
“De tanto amor” – uma letra muito triste, uma despedida e uma emoção para recordar.
“Á distância” – uma combinação perfeita de letra/melodia. A ausência de um amor que se perdeu, deixou marcas, mas que não foi esquecido. Impossível não se emocionar com essa letra.

PSS – Se nosso rei fosse a sua casa, você como um bom baiano daria pra ele uma rede pra deitar ou um bom acarajé?

JF – Acho difícil que RC um dia visite a minha casa (moro no 13º andar, rsrsrsrs), mas eu não daria nem uma rede pra deitar nem um bom acarajé. Preferiria um bom bate papo para tirar muitas dúvidas e ofereceria um sorvete da Sorveteria da Ribeira, que sei que ele adora.

PSS - O rei possui em torno dele uma vasta equipe, desde os elementos que compõem a orquestra (RC9), aos elementos da administração, assessoria de imprensa e apoio logístico. Com certeza você simpatiza por alguns desses elementos por os conhecer ou já ouvir falar. Cite quais e por quê.

JF – O maestro Eduardo Lages pela sua competência. Dedé (com quem já tive a oportunidade de bater um papo descontraído).

PSS - O que mais gosta na personalidade do rei?

JF – A simplicidade.

PSS - Se tivesse que escolher uma frase robertocarlística do repertório do rei que mais se identificasse com você, que frase escolhia?

JF – “Eu chegaria onde só chegam os pensamentos”.



Entrevista conduzida por
Derbson Frota
http://www.portaldosjornalistas.com.br/perfil.aspx?id=13530
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