"Este ano volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", diz Roberto Carlos

DO TEXTO:


Carlos Minuano
Do UOL, em Búzios (RJ)

Vestido todo de azul, sem fugir da tradição, Roberto Carlos chegou bem humorado ao encontro com jornalistas na noite deste domingo (9) a bordo do navio MSC Preziosa, onde acontece a 10ª edição do cruzeiro "Emoções em Alto Mar". "Estou melhor do TOC [Transtorno Obsessivo-Compulsivo]. Sentei numa cadeira roxa e nem percebi", brincou o cantor, referindo-se às manias de evitar as cores marrom e roxo.

Outro caso famoso do TOC do cantor envolve a música "Quero que Tudo Vá Para o Inferno", sucesso de 1965 e que está banida de seu repertório desde a década de 1980. "Mas este ano ainda eu volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", disse ele, sem completar o restante do título.

Durante a conversa com jornalistas, Roberto Carlos retomou o assunto das biografias não autorizadas. "A questão é equilibrar o direito de privacidade com a liberdade de expressão. Um direito não pode prejudicar o outro". O cantor disse que, hoje, é a favor da biografia não autorizada desde que obedeça a esse equilíbrio. "Eu me considero dono da minha história. Isso é propriedade minha. A comercialização das coisas em torno da minha história tem que passar por mim".

Ele disse que já está escrevendo uma biografia e que, nela, os fãs conhecerão as alegrias e as tristezas. "Não vou esconder nada. Ninguém vai contar a minha história melhor que eu". Questionado se já estaria terminando o livro, ele riu: "Já escrevi até os 25 anos. Faltam mais dois terços".

Relembrado sobre a censura em 2006 da biografia escrita por Paulo César de Araújo, "Roberto Carlos em Detalhes", o cantor disse que aquele livro, especificamente, é "um caso de invasão de privacidade grave" e que, por isso, decidiu protestar como fez.

No cruzeiro, Roberto divulgou o lançamento do livro "Collection Book", um álbum de fotografias com 400 páginas que foi anunciado em 2009, mas que só será lançado oficialmente em abril deste ano, no mês do aniversário de 73 anos do cantor. "Fiquei emocionado porque estou revendo meu passado e reencontrando coisas que eu nem lembrava", disse ele. O livro, que tem tiragem limitada de 3.000 exemplares, custa R$ 4.500, mas está em pré-venda no navio com "desconto especial" ao preço de R$ 4.000.


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