Diretores contam o que fariam se fossem dirigir o programa de Roberto Carlos

DO TEXTO:
Especial 2013
ISABELLE MOREIRA LIMA
DE SÃO PAULO

Quanto mais o "rei" quer esconder, mais todos querem saber. No ano em que ficou marcado como um dos maiores ativistas contrários às biografias sem autorização prévia, Roberto Carlos vira alvo da curiosidade nacional.
A Folha perguntou a diretores de teatro e cinema o que fariam se recebessem a tarefa de dirigir o 40º programa especial de Natal de Roberto Carlos, a ser exibido hoje pela TV Globo. A maioria das respostas cita detalhes de sua biografia que o cantor deve preferir esquecer.

Rodolfo Vasquez, cofundador do grupo teatral Satyros, diz que "liberaria fantasmas" ao usar músicas compostas na juventude do cantor.
"Ele tinha coragem de colocar sua vida nas letras. Falava sobre o acidente, a relação com a mãe", afirma.

Ivan Cabral, também fundador do Satyros, diz que a melhor fase do artista era a que "mandava tudo para o inferno", algo que dificilmente ele toparia resgatar hoje.

"Eu liberaria a biografia dele, mostraria o cara excepcional que ele era." E, claro, o programa teria "muita minissaia e muito iê-iê-iê".
Para Toniko Melo, diretor de "VIPs", 40 anos sugerem revisão. Por isso, faria um "especialzão encorpado".

"Ele passou por uma metralhadora tão poderosa por causa das biografias que valeria uma longa entrevista sobre a vida dele", diz o diretor, que escolheria Paulo César Araújo como entrevistador. "E Roberto Carlos poderia se desculpar pela atitude de não abrir sua biografia."

Halder Gomes, diretor de "Cine Holliúdy", diz que a chave para um bom especial de 40 anos é o repertório.
"Buscaria clássicos que são extremamente fortes, mas que são sempre esquecidos", afirma e cita "Passatempo" e "Tentativa", gravadas em 1980.


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