Quanto mais o "rei" quer
esconder, mais todos querem saber. No ano em que ficou marcado como um dos
maiores ativistas contrários às biografias sem autorização prévia, Roberto
Carlos vira alvo da curiosidade nacional.
A Folha perguntou a
diretores de teatro e cinema o que fariam se recebessem a tarefa de dirigir o
40º programa especial de Natal de Roberto Carlos, a ser exibido hoje pela TV
Globo. A maioria das respostas cita detalhes de sua biografia que o cantor deve
preferir esquecer.
Rodolfo Vasquez, cofundador do grupo
teatral Satyros, diz que "liberaria fantasmas" ao usar músicas
compostas na juventude do cantor.
"Ele tinha coragem de colocar sua
vida nas letras. Falava sobre o acidente, a relação com a mãe", afirma.
Ivan Cabral, também fundador do
Satyros, diz que a melhor fase do artista era a que "mandava tudo para o
inferno", algo que dificilmente ele toparia resgatar hoje.
"Eu liberaria a biografia dele,
mostraria o cara excepcional que ele era." E, claro, o programa teria
"muita minissaia e muito iê-iê-iê".
Para Toniko Melo, diretor de
"VIPs", 40 anos sugerem revisão. Por isso, faria um "especialzão
encorpado".
"Ele passou por uma metralhadora
tão poderosa por causa das biografias que valeria uma longa entrevista sobre a
vida dele", diz o diretor, que escolheria Paulo César Araújo como
entrevistador. "E Roberto Carlos poderia se desculpar pela atitude de não
abrir sua biografia."
Halder Gomes, diretor de "Cine
Holliúdy", diz que a chave para um bom especial de 40 anos é o repertório.
"Buscaria clássicos que são
extremamente fortes, mas que são sempre esquecidos", afirma e cita
"Passatempo" e "Tentativa", gravadas em 1980.
DE SÃO PAULO
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