33.º Bate-papo entre Roberto Carlos e eu - Entrevista com Roberto Carlos a bordo do Costa Concórdia

DO TEXTO: Aconteceu a bordo do navio Costa Concórdia, no âmbito do Projeto Emoções em Alto Mar 2010. Durante os dias 30-01-2010 a 03-02-2010 esteve presente no
Composição: Tom Cavalcanti e Roberto Carlos e Roberto Carlos e comandante do navio Costa Concórdia.
Roberto Carlos a Tom Cavalcante:  
Nada de desanimar, cara! Tome champanhe que isso passa, mora!

 

ENTREVISTA COM ROBERTO CARLOS A BORDO DO COSTA CONCÓRDIA

 
 
Por: Armindo Guimarães

 

INTERVENIENTES


- Ana Lúcia (vocalista)
- Armindo (portuga)
- Aurino (sax barítono)
- Carminha (secretária de RC)
- Michele de Gregorio (comandante oficial dos cruzeiros de RC)
- Dedé (percussão)
- Dody Serena (empresário de RC)
- Eduardo Lages (maestro da Banda RC9)
- Genival (Gerente-técnico de RC)
- Ismail (vocalista)
- Jurema de Cândia (vocalista)
- Lady Laura (mãe de RC)
- Lilian Rocha (repórter Splish Splash)
- Mércia Lages (esposa de Eduardo Lages)
- Paulinho (guitarra)
- Rafael Braga (filho de RC)
- Roberto Carlos
- Tom Cavalcante (humorista)
- Wanderley (piano)

Aconteceu a bordo do navio Costa Concórdia, no âmbito do Projeto Emoções em Alto Mar 2010. Durante os dias 30-01-2010 a 03-02-2010 esteve presente no evento a repórter Lilian Rocha do Splish Splash (www.portalsplishsplash.com) no qual publicou uma reportagem fotográfica dividida em quatro partes. Quis o acaso que uma das fotos, doravante designada por a foto do sorriso robertocarlistico, proporcionasse à referida repórter uma curta mas interessante entrevista exclusiva com o anfitrião do evento, o cantor e compositor Roberto Carlos que, devido às cláusulas contratuais que mantém com a Globo, conseguiu que a mesma fosse aqui publicada atendendo à frase final que sempre é inscrita, designadamente que “o texto que acabaram de ler é fictício. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.”, pese embora o fato de tudo ser verdade e de não haverem coincidências, caso contrário não faria sentido tudo o que aqui se escreve.

Como acima se deixou dito, a entrevista exclusiva a Roberto Carlos foi obra do acaso. Daí que, antes de transcrever o seu teor, talvez seja pertinente narrar primeiro como tudo aconteceu, não vá alguém apologista do cepticismo duvidar ou até mesmo rejeitar a sua autenticidade.

Foi no cassino do navio Costa Concórdia, na madrugada do dia 3 de Fevereiro. No final da manhã desse mesmo dia Lilian Rocha iria desembarcar mas, antes disso, resolveu tirar horas ao sono dirigindo-se para o cassino acompanhada da sua inseparável máquina fotográfica que lhe iria proporcionar os últimos flashes de tão emocionante cruzeiro. O cassino fervilhava de gente, uns nas slot machines, outros no poker, outros na roleta e outros simplesmente vendo os outros jogar ou vagueando por ali de copo na mão como se sede de sorte não fosse com eles. E Lilian era uma dessas pessoas, não de copo mas de máquina fotográfica na mão quando, de repente, dá de caras com uma mesa bastante animada, nada mais nada menos que a mesa do Rei Roberto Carlos. Com ele estava Tom Cavalcanti, Dody Sirena, Carminha, Genival, Patrícia Lamounier (esposa de Tom), Guto Romano, e assim outros que acompanhavam e assistiam. E as fãs e admiradores, que embora tirando mil fotos e ao mesmo tempo ali a "babar", (como a repórter Lilian) se comportaram direitinho. Mais tarde também chegaram a irmã de Maria Rita e esposo, filho e neto de Carminha, o menino Dárcio (como Roberto gosta de o chamar), e assim outros da equipe.

Foi então que Lilian Rocha aproveitou para efectuar aquele que seria o instantâneo da sua vida de repórter robertocarlistica. Apontou a objetiva, ele topou o gesto, ajeitou-se na cadeira, deitou o seu melhor sorriso e… CLICK. O flash disparou!

A foto do sorriso robertocarlistico

Como repórter zelosa dos seus deveres profissionais, Lilian dirigiu-se ao Rei pedindo autorização para publicar a foto. E ele disse que sim, tudo bem. E ela só não desmaiou de emoção porque em vez disso tinha que aproveitar a sorte que estava a ter no cassino mesmo sem ter jogado. Vai daí e replicou: tudo seria ainda melhor se o Roberto me permitisse uma entrevista por mais pequena que fosse. Ao que o Rei respondeu: minha entrevista coletiva vai ser na tarde de sexta-feira, dia 5. Você estando presente logo poderá perguntar o que quiser, mora! Vendo a sorte fugir-lhe, Lilian acrescentou: o problema é que eu desembarco hoje mesmo fim da manhã, viu!? Não sabemos se por ver a cara linda de Lilian ou os seus olhos transmitindo ansiedade, ou quiçá as duas coisas juntas, o que é certo é que o grande Roberto, pese embora o facto de se encontrar no cassino acompanhado de amigos, assentiu na entrevista, porém, com a condição de que fosse breve, circunscrita a seis perguntas. Passemos então à…

ENTREVISTA COM ROBERTO CARLOS

LILIAN ROCHA - Roberto, o que você pensa ou acha dos fãs, e da relação fã-idolo?

ROBERTO CARLOS – Em primeiro lugar, do jeito que cê tá perguntando, suas 6 perguntas equivalerão a 12. Nesta primeira cê está me fazendo duas perguntas numa só e se continuar assim… eheheheheh Bom, respondendo a sua pergunta, digo, perguntas, eheheheheh, eu também tive e continuo tendo meus ídolos e então sei valorizar o quanto vai na alma dos fãs, não distinguindo se masculino ou feminino, apesar de saber até mesmo por mim próprio que fã masculino tem por norma mais contenção. Digo por norma porque há aqueles que não conseguem refrear seus ímpetos se comportando pior que as meninas eheheheheh. Pior no bom sentido, é claro! Mas sem dúvida que o coração das meninas ficam bombando mais fácil e aí muitas vezes se não estou atento eu tenho que fugir, né?! Me matam de tanto amor, mora! Cê não me vai matar, não? Eheheheheh Sobre a relação fã-idolo, todo o fã me merece o maior respeito e carinho. Eles me têm dado muito e eu ao longo de minha carreira sempre tenho tentado dar algo de mim pra eles. Se tenho conseguido ou não, só eles podem responder, né?

LILIAN – Por falar em dar algo pros seus fãs, muitos se vêm lamentando sobre o adiamento do CD de inéditas que você tem prometido outras vezes e não lançou. Faz 5 anos sem CD de inéditas e agora você está prometendo de novo. Desta vez vai cumprir? Muitos fãs ainda se queixam que o repertório de seus shows peca por repetitivo em detrimento de músicas que há muito não ouvimos você cantar. O que você tem a dizer a sobre esta matéria?

ROBERTO – Quer você dizer sobre estas matérias já que, como eu esperava, esta pergunta, tal como a anterior equivale a duas. Eheheheheh Bom, eu respeito muito as opiniões dos fãs e de certa forma até compreendo suas expectativas. É, eu tenho prometido o CD de inéditas, justamente pensando em meus fãs, porém, eu não canto por cantar. Meu objetivo não é apenas lançar disco pra vender. Eu só canto o que sinto e para isso eu tenho que me dedicar a cem por cento nesse CD. Acontece que a vida é feita de imprevistos e o tempo tem sido implacável não me dando folga. Pra mais a preparação e realização de eventos no âmbito de meus 50 anos de carreira com dezenas de shows por todo Brasil realizados ano passado e a realizar no estrangeiro este ano, tem sido um feito extraordinário só possível graças ao entusiasmo e empenho de toda essa massa humana que comigo trabalha e a quem eu não me canso de felicitar e agradecer. Mesmo assim eu estou me empenhando nesse CD de inéditas, levando o tempo que eu gosto, e não apenas cinco meses. Agora falando do repertório em meus shows, vale lembrar que em estúdios temos mais condições de inovar ou dar uma dinâmica maior, enquanto que um show será sempre um show onde canto os sucessos que são mais pedidos pelo público.

LILIAN - Se você pudesse voltar no tempo e refazer ou mudar algo, o que mudaria?

ROBERTO – A essa pergunta eu respondo através de “Se eu pudesse voltar no tempo” de Pedro Paulo e de meu grande amigo Ismail, lhe dizendo que quando a gente olha é tarde demais, vê as marcas que ficaram pra trás, no caminho. E depois ainda tem que viver, procurando dizer tudo sem nada, pra dizer… É, toda coisa tem seu rumo, sua história. Tentar apagar o passado deixando apenas tudo o que de bom a gente viveu, não resulta nunca. Nosso passado será sempre o NOSSO passado. Não existem passados perfeitos, assim como não existem passados iguais. Eu tenho o meu, você tem o seu.

LILIAN - E se você pudesse avançar no tempo, o que gostaria que acontecesse em sua vida.

ROBERTO – Um dia fizeram essa pergunta pra minha mãe que respondeu exatamente nos mesmos termos que eu vou responder pra você: eu tenho muito mais do que poderia sonhar. Vejo os meus filhos criados, crescidos, maravilhosos, os meus netos lindos. A felicidade deles é meu melhor presente. Gostaria também de pedir saúde para todos e paz para a humanidade. Eu queria ver mais justiça, igualdade entre os povos, um mundo com menos miséria, fome e doenças. Peço a Deus por isso todos os dias e todas as horas.

LILIAN - A música I’m in the mood for love fala de uma pessoa que está disposta a amar, e o maestro Eduardo Lages, em seu blog, afirma que “tem uma letra muito apropriada para os dias atuais do Roberto”. O que você tem a dizer sobre isto?

ROBERTO – Entre mim e Eduardo existe uma amizade muito forte que vai para além do aspeto profissional. Então, se ele disse isso, ele sabe o que disse. O tempo muda tudo, mas não pode mudar o que o coração nos dita, o que existe dentro de nós. Amor não escolhe idade nem tempo. Ele simplesmente acontece. Então, seguindo meus ímpetos, eu sempre estou disposto a amar.

LILIAN - 50 anos de música, um ano de comemorações que tem inicio em Cachoeiro de Itapemirim, se estende pelo Brasil afora e agora vai para países como EUA, Canadá, e outros da América Latina. Previsão para Europa também? Quando?

ROBERTO – Não sou eu quem planeja minha agenda de shows. Lógico que sou informado e ouvido sobre propostas de shows mas muitos deles ficam dependentes de disponibilidade e como tal podem não passar de meras previsões. Então, Europa pode ser uma hipótese, pelo menos a um ou dois países. Vamos ver. Em 2010 eu queria ter um tempo pra meu CD de inéditas.

LILIAN - Roberto, muito obrigada por tudo. Logo, logo, esta entrevista vai ser publicada no Splish Splash e aí…

ROBERTO – Cê disse no Splish Splash? Cê não diga que você é mais uma daquelas colaboradoras daquele portuga doido demais que passa sua vida inventando coisas a meu respeito, se rindo e fazendo os outros se rir às minhas custas?

LILIAN – Cê sabe como é, Roberto. Patrãozinho paga e a gente tem que justificar o que ganha, né? A vida tá cara pra burro e aí…

ROBERTO – Não é possível! Eu devia ter suspeitado logo que aí havia portuga doido pelo meio, mora! Lilianzinha querida, você não vai mandar essa entrevista pra ele, viu?

LILIAN – Roberto, você melhor que ninguém sabe que o prometido é devido e eu prometi ao Armindo que se conseguisse de você esta entrevista logo a enviaria para o Splish Splash. Por isso…

ROBERTO – Por isso, você não vai enviar essa matéria sem que eu primeiro tenha uma conversa com esse cara que só me vem trazendo preocupações, mora! Carminha, me faça um favor, me dê seu celular pra eu telefonar pro cara.

CARMINHA – Roberto, meu celular não tem o número do celular do Armindo. Só no seu é que tem.

ROBERTO – Não tem problema pois eu já sei o número de cor.

TOM CAVALCANTE – Roberto, cê não me diga que vai telefonar pro nosso amigo lá de Portugal! Depois deixe eu dar uma palavrinha pra ele, tá?

ROBERTO - Tom, eu vou telefonar pro cara mas vai ser conversa rápida. Não vai dar pra vocês os dois estarem batendo papo se rindo um com o outro com vossas maluquices humorísticas, mora!

3 de fevereiro de 2010, quarta-feira, 3,30h (Brasil) e 6,30h (Portugal)
O meu telemóvel toca.
(música E por isso estou aqui do CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages)
E eu atendo.

ARMINDO – Estou?
ROBERTO – Boa noite!
ARMINDO – Boa noite! Quem fala?
ROBERTO – Sou eu, bicho! Cê não vai publicar nada lá no Splish Splash, tá legal?
ARMINDO – És tu Roberto? O que é que se passa carago?! Acordas-me às 6,30h da manhã, sem mais nem menos. Há algum problema, pá?
ROBERTO – Com você nunca há um problema mas sim vários, mora! Você mandou pro cruzeiro sua colaboradora Lilian Rocha, ela me entrevistou bancando uma de inocentinha e no fim me diz que vai publicar minha entrevista no Splish Splash e isso eu não vou permitir, viu?!
ARMINDO – Mas qual entrevista? A Lilian conseguiu entrevistar-te? Eheheheheh Nem estou em mim, carago!
ROBERTO – Carago, digo, caramba, digo eu, bicho! Eu meto meus advogados contra você se a entrevista for publicada no Splish Splash, viu? Não se esqueça que eu tenho exclusivo com a Globo, mora!
ARMINDO – Ó Roberto, vê mas é se tens calma, pá! E quanto aos advogados podes mandar vir os gajos que eu também sei de leis, pá! Onde estás que se ouve um barulho do carago?
ROBERTO – Tô no cassino do Costa Concórdia e não saio daqui enquanto não resolvermos este assunto.
ARMINDO – Eu apenas segui o conselho do maestro Eduardo Lages que me disse que se nós tentássemos era bem possível que tu desses uma entrevista à Lilian. Então, a Lilian tentou e pelos vistos saiu-se bem na sua missão jornalística, facto que para além de ter que lhe dar os meus parabéns também vou ter que lhe rever os seus honorários pelos bons serviços prestados ao Splish Splash. Colaboradora do blog mais melhor bom do mundo e arredores é assim. Quanto mais trabalha mais ganha!
ROBERTO – Bicho, eu nem quero acreditar que Edu tenha dito isso pra você, mora!
CARMINHA – Diga, Roberto!
ROBERTO – Digo o quê, Carminha?
CARMINHA – Pensei que você ia exclamar: “ME CHAMEM A CARMINHA!!!”.
ROBERTO – Também você?! Como se já não bastasse o portuleiro, você também vem com piadinha pra mim, é? Me chamem o GENIVALLLL!!!
RAFAEL – Papai, Genival está ali jogando numa slot machine ganhando grana pra caramba! Eu vou chamar ele se você depois me deixar falar um pouco com esse portuga.

ROBERTO – Meu filho, você não queira falar com o portuga. Se você falar com ele vai ver que logo ele se aproveitará para dizer a todo mundo que esteve batendo papo com você. Esse cara é uma praga, mora!
RAFAEL – Mesmo assim eu só vou chamar Genival se você me prometer que depois eu falo com ele.
ROBERTO – Minha nossa! Estão chegando os problemas. Rafael vá então chamar Genival, tá?
LILIAN – Roberto, enquanto Rafael vai chamar Genival, dá pra eu falar com o Mindo? Só queria lhe dizer do sucesso que está sendo minha reportagem aqui no Projeto Emoções em Alto Mar 2010.
ROBERTO – Que nada, menina! Cê não pode falar pro Mindo de sucesso que não existe. Essa entrevista não pode ser publicada, morou?!
LILIAN – Tudo bem, Roberto. Vou mandar um e-mail pro Mindo.
GENIVAL – Oi, Roberto! Tá havendo algum problema? Logo agora que minha slot machine estava cantando de moedas sempre caindo…
ROBERTO – Genival, você me desculpe mas estou precisando de seus bons ofícios para procurar Edu. Preciso dele aqui pra resolver um assunto muito importante.
GENIVAL – Mas… Roberto, a esta hora Edu deve estar dormindo. São quase 4 horas!
ROBERTO – Cê disse bem, Genival. Deve estar dormindo. E deve é uma dúvida não uma certeza. Aí…
GENIVAL – Tudo bem, Roberto! Aí eu vou correndo pra cabine do Edu.
ROBERTO – Genival, não precisa de ir correndo, mora! Cê já não tá em idade pra isso, viu?! Ah! E diga pro Edu pra trazer seu celular, tá legal?
TOM CAVALCANTE – Roberto, segundo ouço dizer, Genival tá em idade pra isso e muito mais! Eheheheheh Me deixe agora dar duas de conversa com o portuga, tá?
ROBERTO – Tom, você é demais, cara! Eu aqui com um grande problema pra resolver e você sempre aproveitando pra mandar suas gracinhas, mora! Fale então com o Mindo mas seja breve, viu?!
TOM CAVALCANTE – Oi, Armindo! Sou o Tom Cavalcanti. Como vai você?
ARMINDO – Ena pá! Com esta é que eu não esperava! Estou a ver que esta madrugada é só surpresas.
TOM CAVALCANTE – Armindo, você se recorda da última vez que batemos papo? Foi muito legal. A gente se riu pra caramba.
ARMINDO – É verdade, Tom. Já estava com saudades. Mas parece-me que hoje o caso não é para rir pois o Roberto está lixado pra carago por causa da entrevista que a Lilian lhe fez.
TOM CAVALCANTE – Nada que não se resolva. Eu, Roberto e Carminha estávamos jogando na roleta, sabe? Antes tínhamos combinado que Roberto jogaria com amor e eu com humor eheheheheh. Carminha jogaria com as fichas brancas e eu e Roberto com as azuis. Veja só! O número 13 tá sendo o número da sorte de Roberto e o de Carminha o número 31. eheheheheh A coisa está rolando…
GENIVAL – Roberto, Edu estava dormindo mas disse que vem já correndo. Posso…
ROBERTO – Claro que sim, Genival! Brigado e continuação de boa sorte na slot machine.
GENIVAL – Não é isso, Roberto. Eu ia perguntar pra você se podia aproveitar pra mandar um abração pro nosso portuga.
ROBERTO – Pró nosso portuga? Desde quando o cara é nosso, Genival? Mas pode deixar que eu digo pra ele que você lhe manda um abração.
GENIVAL – Se você não se importar preferia ser eu próprio a falar com ele.
ROBERTO – Nossa Senhora! Porque será que todo mundo quer falar com o cara? Tom, tá na hora de você largar o osso, bicho! Genival tá esperando na fila.
TOM CAVALCANTE – Armindo, agora você vai falar com o grande Genival que está aqui esperando na fila, ou na bicha como vocês portugas dizem. eheheheheh. Abração pra você!
ARMINDO – Outro para ti, Tom! Gudvai que eu gudfico! Eheheheheh
GENIVAL – Oi, Mindo! É só pra dizer a você que o pessoal riu pra caramba com aquele bate-papo que você escreveu contando como ficamos todos presos no banheiro. Eheheheheh Quando eu acabei de ler me interroguei como era possível você ter registrado em sua memória tudo o que aconteceu, mas depois soube pelo Edu que você usa sempre seu GBP – Gravador de Bate-papos.
ARMINDO – Ó Genival, quando é que vocês vêm a Portugal, carago!? A última vez foi em Março de 2006. Já se passaram 4 anos que para a malta portuga fã do Roberto representam 40 anos.
GENIVAL – Olhe aí, Mindo! Sobre esse assunto, tenho aqui a meu lado Dody Serena. Ele como empresário poderá melhor que eu responder a você. Vou passar o celular pra ele. Mas antes quero lhe mandar aquele abraço, viu?!
ARMINDO – Grande abraço, Genival.
DODY SERENA – Oi, como vai? Eu nunca falei com você mas há muito que o conheço. Às vezes Roberto me diz: Puxa vida! Nunca mais telefonei pro portuga e ele deve até estar admirado de meu silêncio.
ARMINDO – Olá Dody! É a primeira vez que tenho o prazer de falar com você e ainda bem que hoje aconteceu pois a malta aqui em Portugal não está a suportar tanto tempo sem ter um show do Roberto.
DODY SERENA – Depois de 2006 já surgiram várias propostas de voltarmos a Portugal e nós bem que já teríamos ido com todo o prazer mas como cê sabe nossa agenda tem sido demasiado preenchida e aí…

Chamada desligada. 
Dois minutos depois…

O meu telemóvel toca.
(música E por isso estou aqui do CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages).
E eu atendo.

ARMINDO – Estou?
ROBERTO – Bicho, cê desculpe mas a bateria do celular de Carminha pifou e agora eu estou usando o celular de Rafael que quer falar com você. Mas não demore a conversa com ele, viu?! Temos que resolver o nosso problema rapidamente, mora!
RAFAEL – Oi, Armindo! Jamais iria imaginar que hoje estaria falando com o portuleiro que passa sua vida batendo papo com meu pai. eheheheheh.
ARMINDO – Olá Rafael, tudo bem? Se tu não imaginas, muito menos eu, ainda por cima a esta hora da noite. Eheheheheh
RAFAEL – Armindo, eu costumo visitar regularmente o Splish Splash. Nunca comentei mas agora que estou falando com você tenho que o parabenizar. Então os bate-papos que cê tem com meu pai e com o maestro Eduardo Lages, são o máximo e aquela de você sempre colocar no final que tudo não passa de ficção, é bem bolada. eheheheheh
ROBERTO – Rafael, não dê demasiada importância a esse cara, mora! Cê dando-lhe confiança cê vai ver que nunca mais se livra dele, mora! Você não vê o que aconteceu comigo, meu filho? Esse cara é uma praga!
RAFAEL – eheheheheh Armindo, não ligue pro que meu pai tá dizendo. Ele diz isso mas você sabe como é, né?!
ARMINDO – Ó pá, já estou habituado ao paleio dele. Eheheheheh
RAFAEL – Paleio? Que é isso?
ROBERTO – Cê tá vendo, Rafael? Não tarda nada e ele tá lhe enviando um dicionário de termos e expressões portugas como mandou pro netinho do Edu que por causa disso anda falando portuga por tudo quanto é sítio, dizendo carago, ao invés de caramba, lixado ao invés de tramado, fixe ou porreiro ao invés de legal ou bacana, etc.
ARMINDO – eheheheheh Ó Berto, és do baril, pá!
RAFAEL – Papai cê tá falando do Enrico mas se esquece que tem vezes que você também usa termos portugas. Eheheheheh
ARMINDO – Ó Rafael, paleio é o mesmo que palavreado, pá!
RAFAEL – Ah! Tô entendendo, pá! É do baril!
ARMINDO – Gostei dessa, Rafael! Até pareces o teu pai, pá! eheheheheh
EDUARDO LAGES – Oi, Roberto! Que foi que aconteceu?
ROBERTO – Edu, donde você veio assim todo esbaforido e de cabelos no ar? Viu algum fantasma, é?
EDUARDO LAGES – O Genival foi na minha cabine me chamando para vir aqui e você ainda me pergunta donde venho? O que se está passando? Cê tá precisando que eu faça alguma coisa?
ROBERTO – Edu, eu precisava que você me emprestasse seu celular, mora!
EDUARDO LAGES – Puxa vida, Roberto! Cê não diga que me fez levantar da cama de propósito só pra eu lhe emprestar meu celular, pôxa!
ROBERTO – É lógico que não! Temos aqui um problema que nos pode afundar a todos. Um problema grave que só você pode resolver, Edu!
EDUARDO LAGES – Um problema que nos pode afundar a todos? Vai me dizer que o navio tá com problema e que só eu posso resolver? Como, se eu nunca fui marinheiro nem entendo nada de navio? Meu negócio é como o seu – música.
ROBERTO – Edu, eu falei que todos nos podíamos afundar mas foi uma força de expressão. Não se trata de naufrágio do navio. O problema é bem pior do que isso, mora! E cê sabe de quem eu tô falando quando temos problema, né?! Seu sócio enviou uma colaboradora pra fazer a cobertura fotográfica do evento, me entrevistou e agora ele quer publicar a reportagem com a entrevista. Cê já viu o caso que ia dar com a Globo, bicho?
EDUARDO LAGES – Meu sócio? Mas de quem cê tá falando se eu não tenho sócio algum?
ROBERTO – Cê chama ao portuleiro de sócio e agora diz que não tem sócio nenhum, mora?
EDUARDO LAGES – Ah! O grande Armindo! O que aconteceu com ele?
ROBERTO – Pergunte antes o que aconteceu comigo e o que poderá acontecer com a gente se não travarmos as ideias malucas desse cara, mora! Imagine ele publicar lá no Splish Splash uma entrevista exclusiva comigo. Cê já viu no que ia dar, Edu?
EDUARDO LAGES – É mesmo, Roberto… Mas quem é a colaboradora que cê falou?
ROBERTO – Não disfarce, Edu! Armindo me disse que foi você que aconselhou a Lilian Rocha a tentar comigo essa entrevista e você agora tá bancando uma de anjinho, é?
EDUARDO LAGES – Roberto, tá havendo aqui um tremendo equívoco pois eu não aconselhei nada pra ninguém, viu? Onde está a Lilian?
ROBERTO CARLOS – Está ali conversando com Aurino. Ela tá vindo aí!
LILIAN – Oi, maestro, tudo bem?
EDUARDO LAGES – Oi, Lilian! Nós nos vimos no dia que você embarcou. Cê tinha trocado de bolsa e não tinha seu CD para eu colocar a dedicatória. E agora vai me dizer que voltou a trocar de bolsa? Eheheheheh
LILIAN – É mesmo, maestro! Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Me diga uma coisa, Lilian: o que se está passando com a entrevista?
LILIAN – Muito simples, maestro! Eu entrevistei Roberto e até já mandei a entrevista com minha reportagem fotográfica pro Armindo publicar no Splish Splash. Mas quando Roberto soube o destino da entrevista logo telefonou pro Armindo proibindo a publicação, ameaçando até com um processo judicial. Só que Armindo está mesmo a fim de publicar tudo no Splish Splash. Então, Roberto se lembrou de chamar o maestro pra convencer o Armindo a não publicar a minha reportagem.
EDUARDO LAGES – Puxa vida! Me metem em cada situação!
ROBERTO – Oi, Edu! Cadê o seu celular?
EDUARDO LAGES – Pra que você quer meu celular, Roberto?
ROBERTO – Deixei meu celular em minha cabine e estava falando com o Mindo através do celular da Carminha que acabou por ficar sem bateria.
EDUARDO LAGES – Roberto estou ligando pro celular do Armindo mas dá sempre sinal de ocupado.
ROBERTO – Vá insistindo, mora!

FALSO ALARME DE NAUFRÁGIO

GENIVAL – Roberto, pode estar descansado que já providenciei tudo!
ROBERTO – Genival que foi que você providenciou, mora!
GENIVAL – Há pouco ouvi você dizendo pro Edu que tava havendo um problema que podia nos afundar a todos e então aí eu fui logo correndo avisar todo mundo e até já providenciei salva-vidas pra todos nós. Jurema e Ana Lúcia já foram na cabine de Dona Laura e não tarda estão aí chegando.
ROBERTO – O que cê tá dizendo, Genival? Como você foi dizer pra todo mundo uma coisa dessas, mora!!!
GENIVAL – Roberto, não se preocupe que eu tive o cuidado de ser o mais discreto possível para não alarmar ninguém. Agora vou correndo avisar o Comandante.
ROBERTO – GENIVALLLL!!! Onde você vai, bicho? O navio não está se afundando, mora!!! Quem se está afundando sou eu por causa do portuga que onde se mete só arruma confusão, mora! Cê foi acordar minha mãe a esta hora da noite. Não dá pra acreditar, mora!
GENIVAL – Não fui eu, Roberto. Foi Jurema e Ana Lúcia.
ROBERTO – Mas foi você que pediu pra elas irem, mora! Disseram pra minha mãe que o navio se estava afundando?
GENIVAL – Lógico que não! Dissemos pra vir aqui no cassino pois você táva querendo lhe dar uma surpresa.
ROBERTO – E que surpresa eu vou dar pra minha mãe às 4,30h da madrugada, Genival? Isto não tá sendo verdade, mora! Edu, onde você se meteu, cara?
EDUARDO LAGES – Roberto tô há um tempão tentando telefonar pro Armindo mas sempre dá sinal de ocupado. Deve estar falando com alguém. Só pode.
ROBERTO – É isso, Edu! Me lembro agora que Rafael ficou batendo papo com o Armindo. Oi, Rafael! Cê vai ficar aí a vida inteira, rapaz!? Me passe aí seu celular pra falar com esse portuga, mora!
RAFAEL – Papai, meu bate-papo com o Armindo tá sendo fixe, digo, legal!
ROBERTO – Tô notando, Rafael! Oi, Armindo, aguente aí um pouco a barra, tá legal? Vou desligar o celular e logo volto a lhe telefonar.
ARMINDO - ?!

Chamada desligada.

Um minuto depois…

O meu telemóvel toca.
(música E por isso estou aqui do CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages).
E eu atendo.

EDUARDO LAGES – Oi, Armindo! Como vai você? Faz tempo que nós não falávamos. Um dia destes estive falando com o Wanderley a seu respeito e…
ROBERTO – Edu, por amor de Deus, cara! Se deixe de entretantos e passe logo aos finalmente, mora! Diga pra ele desistir de publicar no Splish Splash minha entrevista.
ARMINDO – Ó Roberto, tem calma, pá!
EDUARDO LAGES – eheheheheh Armindo, isto aqui tá sendo demais! Me foram acordar de propósito pra tentar convencer você a…
MÉRCIA LAGES – Edu, que se está passando aqui? Você saiu da cama dizendo que ia fazer xixi e afinal se meteu aqui no cassino? Com quem você tá falando no celular a esta hora da noite?
ROBERTO – Dona Mércia, eu explico tudo pra você. Deixe o Edu continuar falando com o portuga, viu?!
MÉRCIA LAGES – Com o portuga? Mas quem é esse portuga que Edu tá falando, Roberto?
ROBERTO – Dona Mércia, quem podia ser senão o Armindo?
MÉRCIA LAGES – O Armindo? Uau! Também vou querer falar com ele!
ROBERTO – Minha nossa! A confusão tá se instalando. Que mais irá acontecer, mora!
WANDERLEY – Táva ali falando com Ismail e ouvi alguém aqui falando no Armindo. O que aconteceu com o cara?
ROBERTO – Puxa vida! Todo mundo se preocupando com esse portuga e comigo ninguém quer saber, mora!
JUREMA DE CÂNDIA E ANA LÚCIA (em coro) – Oi, Roberto, támos chegando com Dona Laura.
LADY LAURA – Meu filho, tô ansiosa pra saber que surpresa você tem pra mim. Deve ser algo muito especial pra você mandar me acordar a esta hora da noite.
ROBERTO – Mamãe, nem sei que dizer pra você, mora!
LADY LAURA – Pressinto que a surpresa deve ser tão especial que você nem consegue falar de tanta emoção…
ROBERTO – Na verdade eu me estou sentindo emocionado demais só de pensar no que aquele portuga do Armindo…
LADY LAURA – Eu sei, meu filho! Cê se lembrou de repente que faz tempo não telefona pra ele e agora tá com remorsos de nem ao menos ter telefonado pra ele lhe mandando um abraço. E agora você se lembrou de telefonar mas viu que não era hora boa, né? Cê sabe que eu sempre consegui ler em seus olhos, meu filho, mas eu…
ROBERTO – Mamãe, não é nada do que cê tá falando, mora! O cara tá no celular com Edu.
LADY LAURA – E que tem isso, meu filho? Você pode falar depois do Edu e a seguir até eu vou aproveitar pra mandar pra ele um abraço. Eu sabia que você gostava desse cara, mas tanto…
ROBERTO – Mas…
LADY LAURA – Não se preocupe que vou já resolver. Cê sabe que comigo você nunca tem problema. Edu, você vai ficar aí todo tempo falando no celular, pôxa!? Roberto também tem direito, né? E eu também estou esperando!
EDUARDO LAGES – Armindo, depois a gente continua nossa conversa, tá legal? Chegou Dona Laura que me disse que o Roberto quer falar com você. Vou passar pra ele, viu!?
LADY LAURA – Oi, Armindo!
ARMINDO – Ó Roberto agora deu-te para andares a imitar voz de mulher? Eheheheheh
LADY LAURA – Armindo, não é Roberto, não! Sou sua mãe!
ARMINDO – A minha mãe? Como é possível se ela já morreu? Mas que confusão que vai por aí! Ehehehheh
LADY LAURA – Armindo, eu queria dizer mãe do Roberto e não sua mãe eheheheheh.
ARMINDO – Lady Laura?! Nem estou em mim! Desculpe chamar-lhe lady mas o adjectivo ligado ao seu nome eternizou-se por causa da célebre música que eu muito gosto.
LADY LAURA – Pode continuar me chamando de lady ou até mesmo Lalá como fazem os amigos chegados, mas dona ou senhora, isso não. Cê me desculpe ter interrompido sua conversa com Edu, mas acontece que Roberto tá há um tempão esperando pra falar com você e aí eu me vi forçada a interromper pois sei que Edu uma vez começando a bater um papo com você nunca mais termina. Eheheheheh Vou agora passar o celular pro Roberto, mas antes quero mandar pra você um beijinho e um grande abraço, viu? Próxima vez que eu for a Portugal quem sabe a gente se encontra.
ARMINDO – Lalá, foi um prazer falar com você e poder vê-la em Portugal seria a cereja em cima do bolo. Ehehehheh
ROBERTO – Rapaz, se deixe de paleio, digo, de conversa. Minha mãe interrompeu sua conversa com Edu por pensar que eu estava querendo falar com você mas enquanto o assunto da publicação da entrevista não for resolvido, falar com você é a última coisa que eu quero, viu? Vou passar novamente o celular pro Edu, tá legal?

FALSO ALARME DE BOMBA

EDUARDO LAGES – Oi, Armindo, como estávamos falando, o melhor é você não publicar essa entrevista lá em seu blogue. Pra Roberto, esse negócio da entrevista que deu pra Lilian, pode trazer grandes problemas.. É como uma bomba que pode cair a todo momento aqui no navio. Então, eu acho que…
DEDÉ – Atenção pessoal!!! Uma bomba pode cair a todo momento no navio!!! Edu, já tá telefonando pra emergência! Melhor todos se deitaram no chão, de preferência debaixo das mesas!!!
EDUARDO LAGES – Armindo, espere aí só um momento, viu?! Dedé tá armando aqui uma tremenda confusão! – Dedé o que você está dizendo pra todo mundo? Quem disse pra você que ia cair uma bomba no navio?
DEDÉ – Edu, eu ouvi você aí no celular dizendo que a todo momento ia cair uma bomba no navio e então tratei logo de avisar o pessoal que já está se deitando no chão. E eu fico até admirado que você sabendo isso ainda está aí de pé, caramba! Cê não tem medo de bomba, Edu?
EDUARDO LAGES – Não há bomba nenhuma, Dedé!!! Minha nossa! Eu táva apenas dando um exemplo. Melhor você avisar que foi um falso alarme e pedir desculpas, pôxa!
DEDÉ – É já a seguir, Edu!
ROBERTO – Pére aí, Dedé! O que você vai fazer, bicho?
DEDÉ – O Edu me disse pra falar pra todo mundo dizendo que se tratou de falso alarme.
ROBERTO – Deixe essa missão pro Comandante, cara! Sua especialidade é percussão e rosas sem espinhos, mora! Neste momento só um discurso apropriado do Comandante do navio dará credibilidade ao falso alarme, mora!
WANDERLEY – Roberto, você me desculpe mas não estando aqui o Comandante bem que você podia substituir ele neste momento difícil em que todo coração palpita de emoção no peito de cada passageiro presente aqui no cassino. Afinal, não é você que é o comandante dos nossos corações? Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Wanderley, essa foi na hora! Eheheheheh
ARMINDO – (gritando no celular) – Ó Mestre Maestro, o que é que se está a passar aí com toda a malta a gritar, carago?
EDUARDO LAEGS – Armindo, houve aqui uma bomba, ou melhor um falso alarme de bomba, gerando uma tremenda confusão. Tá chegando agora o comandante do navio pra segurar a barra.

DISCURSO DO COMANDANTE

COMANDANTE – Quem foi que acionou o alarme aqui no cassino?
GENIVAL – Fui eu que acionei o alarme logo que ouvi Dedé avisando o pessoal sobre a bomba e a seguir tratei de avisar o pessoal da segurança para colocarem os extintores de incêndio prontos pro que der e vier. Resolver problema é comigo. Onde está problema sempre estou eu pra resolver, sabe?
ROBERTO – Genival, cê perdeu uma boa oportunidade pra estar quieto e calado, mora!
COMANDANTE – Senhores passageiros, podem todos se levantar do chão. Se tratou de um falso alarme motivado por mensagem mal interpretada. Pedimos aceitem nossas desculpas pelo incómodo causado e podem ficar cientes que o Costa Concórdia é sinónimo de segurança. Desde 17 de junho de 2006, data de entrada em serviço do Costa Concordia, jamais houve qualquer incidente e este falso alarme, apesar do inconveniente para nossos estimados passageiros, o que é certo é que teve o condão de funcionar como uma inesperada simulação de emergência da qual resultou a prova provada de sua real segurança ou não tivéssemos a bordo Sua Alteza o Rei Roberto Carlos para quem eu aproveito para pedir uma salva de palmas!

TODO MUNDO BATENDO PALMAS E EXCLAMANDO:
Hei, hei, hei! Roberto é nosso Rei!!!

Hei, hei, hei, Roberto é nosso Rei!!!

ARMINDO – Ó Mestre Maestro vai começar algum show do Roberto aí no cassino?
EDUARDO LAGES – Nada disso, Armindo! O Comandante do navio está botando discurso por causa do falso alarme de bomba e agora pediu uma salva de palmas pro nosso mais que tudo, digo, pro Roberto.
COMANDANTE – Gostaria ainda de lembrar que o "Costa Concordia", assim como todos os navios da "Costa Crociere S.p.A." adota os padrões "R.I.N.A. Green Star" que o mesmo é dizer que se encontra dotado de rígidas especificações em suas operações com o objetivo de proteger o meio ambiente, mantendo o ar e o mar limpo, ao mesmo tempo que está equipado com os mais avançados meios tecnológicos de segurança.

TODO MUNDO BATENDO PALMAS

ISMAIL – Edu, o comandante disse que o Costa Concórdia adota os padrões "R.I.N.A. Green Star”. Cê sabe o que isso é?
EDUARDO LAGES – Sei tanto como você, Ismail!
ISMAIL – Então por que você bateu palmas?
EDUARDO LAGES – Pelo mesmo motivo que você bateu, né?!

PONTE 13 BATIZADA COM O NOME DE ROBERTO CARLOS

COMANDANTE – E tem mais: o nome do navio, Concordia, simboliza paz e harmonia entre pessoas e países. Suas pontes foram batizadas com nomes em homenagem a países da Europa, começando pela Olanda (ponte 1), Svezia (ponte 2), Belgio (ponte 3), Grecia (ponte 4), Italia (ponte 5), Gran-Bretagna (ponte 6), Irlanda (ponte 7), Portogallo (ponte 8), Francia (ponte 9), Germânia, (ponte 10), Spagna (ponte 11), Austria (ponte 12) e Polonia (ponte 14). O deck 13 por superstição não existe e não recebeu nome. Não existe e não recebeu nome até agora, mas, doravante, a ponte 13 deixa de ser tabu e terá o nome de Roberto Carlos!!!

TODO MUNDO BATENDO PALMAS E EXCLAMANDO:
Hei, hei, hei! Roberto é nosso Rei!!!

Hei, hei, hei, Roberto é nosso Rei!!!

ROBERTO – Puxa vida! Isto tá sendo demais pra mim, mora! Tudo acontecendo ao mesmo tempo…
CARMINHA – Roberto, faz todo sentido a ponte 13 ser batizada com seu nome. Afinal, não esqueça que aqui no cassino seu número de sorte na roleta era o número 13.
ROBERTO – É mesmo, Carminha! E seu número de sorte era o 31.
CARMINHA – O número 13 ao contrário. Eheheheheh
ROBERTO – É do carago, digo, é do caramba! Eheheheheh Carminha, eu estou me rindo mas não devia me rir enquanto não for resolvido esse problema da entrevista que está me preocupando demais, mora!
CARMINHA – Mas Edu não ficou de convencer o Armindo de desistir da ideia de publicar sua entrevista?
ROBERTO – Ficou, mas cê sabe como é... Edu quando começa falando com o portuga fala de tudo menos do que interessa. Sempre a mesma coisa, mora!
PAULINHO – Roberto, o comandante disse que a ponte 13 não existe. Como foi então dar nome de Roberto Carlos a ponte que não existe?
ROBERTO – Paulinho, eu não sei de nada, bicho! Só sei que com o rumo que isto tá levando ninguém aqui tá dizendo coisa com coisa, mora! Parece que todo mundo tá ficando ainda mais maluco que o portuga do Armindo e eu vou acabando por ficar também maluco se não for achada uma solução pro problema da entrevista.

O CIENTÍFICO DA EQUIPA RC

DEDÉ – Roberto, de todos nós só existe um cara que poderá arrumar uma solução pro problema. E esse cara é o nosso cientifico.
ROBERTO – O nosso cientifico? Caramba, não sabia que tínhamos contratado um científico, mora! Hoje tá sendo o dia das surpresas.
DEDÉ – Roberto, nosso científico é Aurino. Foi você quem o batizou de “científico” após ele ter descoberto a solução pro mistério da verdade da mentira naquele que foi o 25.º Bate-papo realizado em 7 de Maio de 2008. Cê se recorda?
ROBERTO – Mas é claro que sim, mas tô admirado como você se lembra da data e tudo, mora! Se vê que você não tem mais o que pensar, bicho! Dedé, me chame aí o científico, digo, o Aurino, por favor.
LILIAN ROCHA – Roberto tá ficando tarde e hoje mesmo vou ter que desembarcar e ainda nem dormi. Vou ter que ir embora, viu?!
ROBERTO – Lilianzinha, meu bem! Você não pode ir embora daqui sem a gente resolver o problema em que você se meteu com seu patrãozinho lá do Splish Splash, mora! Dedé foi chamar agora mesmo o científico para resolver o assunto. Aguente mais um pouco, tá?
LILIAN ROCHA – Um científico para resolver o assunto?!
ROBERTO – É isso mesmo, Lilian! Agora minha equipe tem especialistas em tudo. Pra resolver problema de entrevista e até pra alertar para falso afundamento de navio e pra falsa bomba. Minha equipe é demais, mora!
TOM CAVALCANTE – Roberto, agora sou eu a convidar você pra jogarmos na roleta. A coisa está rolando grana.
ROBERTO – Bicho, eu já tenho rolando problema que não sei como resolver e você vem me falar em roleta, mora?!
TOM CAVALCANTE – Roberto, cê se lembra que há pouco quando estávamos jogando você me disse: “Não desanime, cara! Tome uma champanhe que isso passa!”. O mesmo digo eu agora a você. Eheheheheh
JUREMA DE CÂNDIA E ANA LÚCIA (em coro) Oi, Roberto! Esta noite aqui no cassino tá sendo muito legal, sabia? Bem bolada aquela ideia de batizar a ponte 13 com seu nome. Pra mais temos o nosso Armindo portuga que está falando no celular com Edu e a seguir vamos nós falar com ele, viu?!
ROBERTO – Minhas queridas meninas, cês sabem que eu gosto muito de vocês. Nos shows vocês cantam afinadinhas, mas agora não estamos dando show, né?! Que mania de cês falaram em coro, mora! E nem pensem em falar com o Armindo pois tô esperando Aurino pra resolver um assunto com esse portuga que só nos traz problemas.
AURINO – Oi, Roberto!
ROBERTO – Aurino tô precisando de você, pra resolver mais um grande problema, bicho! Lilian esteve fazendo uma reportagem fotográfica que inclui uma entrevista que eu dei pra ela. Acontece que essa reportagem é pra publicar no Splish Splash e como cê sabe isso jamais pode acontecer por causa de meu contrato com a Globo, mas o Armindo está a fim da publicação. Edu não consegue demover o cara e Dedé se lembrou de você.
AURINO – Tudo bem, Roberto. Eu já sei uma maneira de resolver o assunto, mas pra isso eu tenho que falar com o Armindo, né?
ROBERTO – Claro que tem. Edu tá falando com ele no celular.
AURINO – Acontece que todo mundo da banda RC9, que como cê sabe são 16, querem aproveitar pra falar com o portuga que publicou 17 artigos nos homenageando, sendo que o 17.º ele dedicou a nosso falecido amigão Dironir de Souza.
ROBERTO – Aurino, mas isso é impensável, cara! Já viu o que era todos vocês falarem com o Armindo no celular? Amanhã por esta hora ainda estaríamos aqui, mora! Melhor você deixar essa ideia para outra vez, viu?!
AURINO – Tudo bem, Roberto. Mas não esqueça que você fica devendo essa pra banda, tá?
ROBERTO – Me metem em problemas e depois eu é que fico devendo, mora!
EDUARDO LAGES – Oi, Armindo. Vou passar o celular a Aurino, tá legal? Aquele abraço pra você. E não esqueça que quando formos a Portugal temos que tomar um bom vinho. Valeu?
ARMINDO – Valeu, maestro! Fico à espera! Grande abraço para si, para a Dona Mércia e pro meu sobrinho Enrico. Eheheheheh
MÉRCIA LAGES – Oi, Armindo! Abração pra você. Continue sempre prestigiando nosso Roberto.
ARMINDO – Obrigado Dona Mércia. Robertodependente é assim. eheheheheh
AURINO – Oi, Armindo, tá falando Aurino. Tudo bem com você. Todo mundo gostou do que você escreveu sobre a Banda RC9. Muito legal, viu?! Todo mundo…
ROBERTO – Aurino, se deixe de coizinha, mora! Vá direto ao assunto, caramba!
AURINO – Armindo, eu estou aqui a pedido do Roberto por causa da reportagem com a entrevista que a Lilian mandou pra você por e-mail. Pra resolver o assunto eu sugeria que você fizesse como sempre faz nos bate-papos que tem com o Roberto e com o Edu colocando no final aquela frase dizendo que tudo é fictício.
ROBERTO – Boa ideia, Aurino! Só mesmo você pra dar solução, mora! Nosso científico é incrível!
ARMINDO – Aurino, peço desculpa mas não pode ser. Isso seria desvirtuar toda a excelente reportagem da minha colaboradora que tudo fez para conseguir essa reportagem maravilhosa.
AURINO – Roberto, lamento dizer pra você que afinal minha ideia desta vez não resultou. O Armindo está mesmo a fim de publicar a reportagem com sua entrevista.
ROBERTO – Minha Nossa Senhora! Desta vez nem Aurino, nem ninguém nos pode valer, mora!

LADY LAURA SUPERA CIENTÍFICO

LADY LAURA – Meu filho, não se esqueça que eu estou aqui, viu? Desde quando eu estando presente seus problemas não são resolvidos?
ROBERTO – Minha mãe, como você pode resolver este assunto se nem mesmo o científico, digo, o Aurino, conseguiu resolver?
LADY LAURA – Aurino, por favor, me passe aí o celular.
AURINO – Armindo, vou passar o celular pra Dona Laura, viu? Abração pra você!
ARMINDO – Grande abraço pra ti e pra toda a malta!
LADY LAURA – Armindo, você faz mesmo questão de publicar a reportagem?
ARMINDO – A Lalá deve compreender que uma reportagem como a da Lilian não se consegue todos os dias.
LADY LAURA – Entendo. Mas o que está em causa não é toda a reportagem mas apenas uma parte dela. Você bem que pode publicar a reportagem fotográfica num lado e a entrevista noutro. Não precisa de ficar tudo no mesmo sítio, né?
ARMINDO – Pois. O Aurino já deu essa ideia mas para isso disse ele que eu tinha que chegar no final da entrevista e declarar que tudo era fictício como o Roberto faz questão que eu sempre ponha nos bate-papos que como você muito bem sabe são verídicos. Mas enquanto nos bate-papos isso já foi assim combinado entre os dois, o mesmo já não se pode dizer da entrevista que nem sequer é minha mas da Lilian Rocha.
LADY LAURA – Tudo bem. Cê tem razão. Mas existe uma solução bem bacana que é a seguinte: ao invés de publicar tudo junto, você divide a reportagem em duas. Primeiro publica a reportagem fotográfica e depois a reportagem referente à entrevista sem se preocupar com essa coisa de escrever no final da entrevista que tudo não passa de ficção.
ARMINDO – Mas como?
LADY LAURA – Fácil! Julgo que você vai publicar este bate-papo. Certo?
ARMINDO – Claro! Vai ser o 33.º com o Roberto.
LADY LAURA – E cê sabe que apesar de no final você mencionar que tudo é ficção, o que é certo é que já ninguém acredita nisso a não ser meu filho que gosta de se enganar a ele próprio. Eheheheheheh
ARMINDO – Essa foi boa! Eheheheheh
LADY LAURA – Então a ideia é você publicar a entrevista nesse bate-papo que vai publicar.
ARMINDO – Boa ideia!!!
LADY LAURA – E ainda pode fazer o seguinte: depois de publicar a reportagem fotográfica só publicaria este bate-papo com a entrevista no dia de Carnaval.
ARMINDO – Porquê no dia de Carnaval?
LADY LAURA – Porque no Carnaval ninguém leva a mal! eheheheheh
ROBERTO – Puxa vida, mamãe! Você continua resolvendo tudo, mora!
LADY LAURA – Roberto, não esqueça que ter 95 anos tem suas vantagens. Experiência da vida é o que não me falta, né? eheheheheh Armindo, agora que tudo tá resolvido vou passar o celular pro Roberto, tá legal? Beijinhos e abraços pra você e até um dia!
ARMINDO – Beijinhos e abraços também para você. Muita saúde e tudo de bom!
ROBERTO – Puxa vida, Armindo! Táva vendo que desta vez nosso bate-papo não ia dar certo por causa dessa entrevista, mora! Mas ainda bem que minha mãe arrumou uma boa solução. Aliás, minha mãe sempre arruma solução pra tudo, viu?!
ARMINDO – Ó Berto, comigo e contigo tudo acaba por dar certo, pá! Tu é que és um gajo do carago que te preocupas demasiado com coisas fáceis de resolver.
ROBERTO – Cê tem razão, bicho! As coisas sempre são fáceis de resolver quando alguém resolve elas por nós. Eheheheheh
ARMINDO – Eheheheheh
ROBERTO – Este nosso 33.º bate-papo vai ficar pra História!
EDUARDO LAGES – Roberto, você se esquece que esse celular não é seu. Esse celular é meu. Foi você que me acordou altas horas da noite pra eu emprestar pra você meu celular, lembra? Então, este bate-papo deve ser o meu 9.º Bate-papo com o Armindo e não o seu 33.º com ele.
ROBERTO – Edu, não se aproveite, tá? Antes eu tinha telefonado pro Armindo através do celular da Carminha que acabou por ficar sem bateria e só depois pedi o seu, mora!
ARMINDO – eheheheheh Vocês são demais!
EDUARDO LAGES – Armindo, você conseguiu que ninguém pudesse dormir esta noite, mas felizmente tudo acabou numa boa. Depois eu lhe telefono, viu?! Já vi que com você não dá lá no Skype. Eu esqueço sempre que você é portuga e não está virado pra coisas difíceis. Eheheheheh
Um abração!
ARMINDO – Ó maestro, essa foi boa! Eheheheheh Grande abraço!
ROBERTO – Cara, finalmente vamos todos poder dormir em paz. Não esqueça de colocar no final do bate-papo que tudo é fictício, valeu? Um grande abraço pra você. Cê é o portuleiro mais bacana que eu conheço, mora!
ARMINDO – E tu és o brasuca mais fixe do mundo, pá! Vê mas é se vens rápido a Portugal e deixa-te de paleio. A malta portuga já não aguenta tanto tempo à espera! Grande abraço e até ao próximo bate-papo.

AVISO:

O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite
Jassemin West

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Projeto Emoções em Alto Mar 2010
Reportagem fotográfica exclusiva para o Splish Splash

 

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