2.º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu – O Chefe Enrico

DO TEXTO: E quando eu pensava que o “1º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu”, ocorrido no passado dia 23-10-2007, seria o primeiro e último, não é que passados q
E quando eu pensava que o “1º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu”, ocorrido no passado dia 23-10-2007, seria o primeiro e último, não é que passados quinze dias volto a ser contactado pelo Mestre Maestro?




O CHEFE ENRICO

E quando eu pensava que o “1º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu”, ocorrido no passado dia 23-10-2007, seria o primeiro e último, não é que passados quinze dias volto a ser contactado pelo Mestre Maestro?

Pelo Mestre Maestro e não só, pois como não podia deixar de ser ao lado dele estava o seu chefe Enrico que, confirma-se, manda mesmo, pois quase que tomou conta de todo o bate-papo, ao ponto de Eduardo Lages, vendo o tempo passar sem nada falar, encena uma representação teatral a todos os títulos exemplar, insurgindo-se contra mim de tal maneira que eu fiquei até sem saber onde me meter.

Contudo, pese embora eu ter designado este bate-papo por 2º., estou convencido que para minha tristeza e também do Enrico, na realidade este bate-papo é mesmo o último porquanto ele aconteceu apenas porque Eduardo Lages pretendia dar-me uma novidade que se tinha esquecido de me dar na nossa conversa anterior.

Foi, como o anterior, um bate-papo interessante, onde se falou:

Do nosso bate-papo anterior ter sido motivo de divertimento para Eduardo Lages e sua família;
Da sua origem portuguesa por parte do pai;
Da sua vinda a Portugal no próximo ano de 2008;
Do lançamento do seu CD/DVD em Portugal;
De termos e expressões populares portuguesas que encantaram o seu neto Enrico que, para além de se ter mostrado um curioso e estudioso sobre o assunto, fez ainda questão de me dizer que era meu fã.

***

9 de Novembro de 2007, Sexta-feira, 16,43h
O meu telemóvel vibra.
Trrrrrrrrrr, trrrrrrrrrrr, trrrrrrrrrr… Chamada anónima
E eu atendo.

ARMINDO - Estou!
EDUARDO LAGES – Oi, Armindo, tudo bem com você?
ARMINDO – Estou a falar com…
EDUARDO LAGES – Eduardo Lages!
ARMINDO – Outra vez? Eheheheheh Nem estou em mim!!! Um dia dá-me uma coisa que eu até caio pró lado. Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Olhe ai, Armindo! Desta vez, não lhe estou telefonando a mando de meu chefe Enrico. Eheheheheh Acontece que em nosso bate-papo anterior eu me esqueci de dar pra você novidade bem legal que tô certo você bem que vai…


Uns segundos de interrupção…

ENRICO – Oi, seu Armindo! Agora quem tá falando com você sou eu, o Enrico! Meu vovô começando a bater papo com você nunca mais termina. Então aí eu tirei a ele seu celular das mãos só pra dizer a você que nem imagina a gozação que foi todo mundo em casa se rindo lendo bate-papo de meu vovô com seu Armindo. Eheheheheh
ARMINDO – Olá, Enrico! Tás porreiro, pá?
ENRICO – Que é que é isso de porreiro, seu Armindo?
ARMINDO – Porreiro, ou fixe, é como a malta aqui em Portugal diz como vocês aí no Brasil diriam: “Oi, Enrico! Cê tá jóia?”.
ENRICO – eheheheheh Não sabia essa, não! Quando chegar em casa vou perguntar a minha mamãe: “Olá, mamãe! Cê tá porreira?”. E a meu papai vou perguntar: “Papai, cê tá fixe?”. Eheheheheh. Seu Armindo, mas me diga uma coisa: o que é malta que cê falou?
ARMINDO – eheheheheh Malta é o mesmo que turma ou galera.
ENRICO – Cê tá falando sério? Quando chegar na rua vou dizer pra meus amigos: “Olá, malta! Tudo porreiro com vocês?” eheheheheh
ARMINDO – eheheheheh Vai ser do baril!
ENRICO – Do baril?
ARMINDO – É o mesmo que dizeres: “É fantástico!”, “É incrível!”, etc.
ENRICO – Tô entendendo, seu Armindo. Brigado, viu? Tenho uma coisa pra dizer pra você. A Nathalie, a Ana, e a Fernanda, adoraram ler seu bate-papo com vovô, mas fizeram cena de inveja pra mim por eu também ter falado um pouco com você. Agora imagine só quando souberem que cê hoje me ensinou frases portugas bem legais! Eheheheheh
ARMINDO – Imagino que vão ficar outra vez lixadas, Enrico. Mas tu como és um cavalheiro, vais dizer a elas que da próxima vez que vovô me telefonar tu as avisas para elas poderem também bater papo comigo.
ENRICO – Lixadas? Que é que é isso, seu Armindo?
ARMINDO – Ó pá, lixadas é o mesmo que tramadas!
ENRICO – Tá fixe essa! Vai ser do baril eu ver elas lixadas! Seu Armindo, me diga mais uma…

Uns segundos de interrupção…

EDUARDO LAGES – Oi, Armindo! Eu telefonei pra dar novidade a você e você fica grudado em meu chefe batendo papo com ele, lhe ensinando gíria portuga? Cê tá querendo que meu Enrico fique usando termos portugas como tá acontecendo com Roberto que passa o tempo dizendo: “Nem tô em mim!”, “É do baril!”, “Olá, malta!”, “Carago, pá!”, “Tô lixado!”, “Cê tá fixe?”, “Cê tá porreiro?”, fazendo até como você trocadilho de palavras como aquela de dizer que vai se despir ao invés de despedir, e de dizer que as iludências aparudem ao invés de as aparência iludem? Cê tá querendo que meu netinho querido ande por aí feito tolo bancando gíria de portuga?
ARMINDO – Ó Maestro, peço aceite as minhas desculpas, mas não fiz de propósito. O assunto aconteceu por acaso. Só isso!
EDUARDO LAGES – Olhe aí, Armindo! Razão tem Roberto quando me avisou que com você tudo acontece por acaso e que por isso eu devia ter cuidado batendo papo com você…
ARMINDO – Ó Maestro, acontece que…
EDUARDO LAGES – Quantas vezes eu preciso dizer pra você que meu nome não é Maestro? Meu nome é Eduardo, viu? E apenas Edu pros amigos!
ARMINDO – Desculpe, Eduardo, mas eu sempre…
EDUARDO LAGES – Eu disse, Edu prós amigos, entendeu?
ARMINDO – Mas o Maes.., digo, o Eduardo, quer que eu o trate por Edu? Nem estou em mim, carago!
EDUARDO LAGES – eheheheheh Cê nem imagina o quanto transei ver você ficar sem jeito, pensando eu estar vera com você. Eheheheheh Eu também sei dar uma de representação teatral me fazendo de irritado. Eheheheheh
ARMINDO – Ufa! E que representação! Eu estava mesmo a acreditar que você estava zangado comigo. Já nem sabia onde me meter. Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Sabe, Armindo? Me diverti muito, assim como a minha família, com o seu texto sobre o nosso "bate papo". Muito criativo, de bom gosto e carinhoso. Sempre leio os seus textos sobre o RC e, na primeira oportunidade, falarei com ele a respeito disso.
ARMINDO – Fico contente por saber que o nosso bate-papo foi motivo de divertimento para si e para a sua família. Mas você classificou o nosso bate-papo de muito criativo como se eu o tivesse inventado. Não estou a entender…
EDUARDO LAGES – Tá claro que nosso bate-papo foi bem real, mas quando falei em ele ser muito criativo, me estava referindo ao fato de você conseguir não se esquecer de tudo quanto falamos, ordenando até nossas conversas do princípio ao fim. Fico até admirado como você consegue reter em sua memória tudo quando falamos.
ARMINDO – É fácil retermos na memória coisas que nos marcam para sempre. Com os bate-papos que tenho com o Roberto acontece o mesmo.
EDUARDO LAGES - Não tenho conhecimento sobre se ele lê ou não as coisas do Portal Clube do Rei. De qualquer forma, fica aqui a minha admiração com a sua criatividade e o agradecimento pela consideração.
ARMINDO – Eu é que tenho que lhe agradecer a primazia que me dá em falar com você. Quanto ao Roberto, o Eduardo não precisa de perder tempo a falar-lhe sobre os meus textos pois num dos nossos bate-papos ele já me disse que não perdia um texto meu e que por vezes dá uma olhada no Portal Clube do Rei. Uma vez até me disse que não há nada que não falem dele lá no Portal e eu respondi-lhe que tinha razão pois há gajos que se lembram de coisas do arco-da-velha. Não me admira que um dia alguém tente adivinhar qual as cuecas que ele usava no último concerto – se eram azuis às bolinhas brancas ou brancas às bolinhas azuis. eheheheheh
EDUARDO LAGES – Essa aí foi demais! Eheheheheh
ARMINDO – eheheheheh
EDUARDO LAGES – Armindo, Enrico tá aqui a meu lado tristonho por eu ter interrompido sua conversa com ele, mas ele se esquece que foi ele quem primeiro interrompeu minha conversa com você, me tirando o celular das mãos.
ARMINDO – Você tem razão, Eduardo, mas há uma coisa que você se está a esquecer: é que chefe é chefe, por isso…
EDUARDO LAGES – eheheheheh É isso aí, Armindo! Vou passar o celular pra ele, viu?
Uns segundos depois…
ENRICO – Oi, seu Armindo! Será que vovô vai telefonar outra vez pra você?
ARMINDO – Não sei, mas já nada me admira, pá! O teu vovô diz que é diferente do Roberto, mas na volta eu penso é que a diferença bem que não é tão grande assim. Ele disse-me que o nosso bate-papo anterior seria o primeiro e o último, e como vês este é o segundo. Eheheheheh
ENRICO – eheheheheh
ARMINDO – Ele disse-me que ele não era como o Roberto que me exige que publique os bate-papos e que por isso eu escusava de ter o trabalho de passar toda a conversa para o computador, mas logo a seguir pensou melhor e disse-me que talvez fosse porreiro eu publicar o nosso bate-papo. Também me disse que não era preciso referir no final que tudo era fictício como o Roberto me exige, mas depois chegou à conclusão que era melhor eu dar a ideia aos leitores que tudo era fruto da minha imaginação, pois assim não teria os seus fãs se sentindo no direito de também bater papo com ele.
ENRICO – eheheheheh Cê tá falando certo, seu Armindo! Vovô é desse jeito, mas eu não sou não, viu!? Cê pode botar lá que meu bate-papo com você é bem real. Ah! E ponha lá também que eu sou seu fã, tá legal?
ARMINDO – Está bem, Enrico.
ENRICO – Seu Armindo, meu vovô está lixado pra carago me fazendo sinal que eu tô demorando minha conversa com você, mas eu só queria lhe pedir pra você me ensinar mais palavras portugas bem fixes como aquelas que cê me ensinou.
ARMINDO – Ó Enrico, se o teu vovô está aí lixado pra carago à espera que tu lhe passes o telemóvel, não vai dar para eu agora te ensinar mais palavras, mas se quiseres mando-te um e-mail com uma série de palavras porreiras.
ENRICO – Isso seria bem legal, seu Armindo, mas acontece que eu não tenho e-mail, não!
ARMINDO – Não há problema, pá! Mando para o e-mail do teu vovô e ele depois entrega-te, tá?
ENRICO – Tudo bem, seu Armindo. Fico esperando seu e-mail, viu? Um abração pra você!
ARMINDO – Outro pra ti, Enrico. Ah! E dá por mim beijinhos à Nathalie, à Ana, e à Fernanda, tá?
ENRICO – Legal! Abração, viu?

Uns segundos depois…

EDUARDO LAGES – Armindo, você começando a bater papo com meu chefe nunca mais acaba e meu celular tá até pifando. Eheheheheh Agora, pra terminar nossa conversa, vou dar pra você a novidade que esqueci de dar quando falamos da outra vez. Com certeza no próximo ano estaremos aí por Lisboa, Guimarães, Algarve, etc.
ARMINDO – O quê? Nem estou em mim, Eduardo! Mas recordo que já no ano passado o Eduardo me tinha mandado uma mensagem a dizer isso mesmo (sem incluir o Algarve) e na volta nada aconteceu.
EDUARDO LAGES – Cê sabe que o mundo dá muitas voltas e às vezes as coisas não se proporcionam como imaginamos, mas desta vez estou convencido que vai acontecer. A propósito, toda a minha família por parte de pai vem de Castelo Branco, Portugal e sou um assíduo visitante do seu país que me encanta.
ARMINDO – Não sabia que você, tal como o Roberto, tinha origens lusas. Fico contente por saber isso. Sabe, Eduardo, o Brasil também me encanta. Mesmo nunca o tendo visitado, há muito que sinto que conheço tão linda terra, tão linda gente.
EDUARDO LAGES - Valeu, Armindo, abraços.
ARMINDO – Eduardo, só uma pergunta: para quando o seu CD/DVD em Portugal? A malta aqui está aflita à espera!
EDUARDO LAGES – Estamos tratando disso, mas você sabe que leva seu tempo. Quando acontecer avisarei você.
ARMINDO – Está bem, Eduardo. Um grande abraço para si e para a sua família.

AVISO: 

O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite"
Jessamyn West

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