Do
Calhambeque de Roberto Carlos ao sertanejo Camaro Amarelo, o mundo automotivo
sempre serviu de inspiração para cantores e bandas
Tudo
começou com o “O Calhambeque” do ainda roqueiro com pinta de rebelde Roberto
Carlos. A música feita na década de 1960 contava a história de um rapaz que
levou o seu Cadillac ao conserto e, para não ficar a pé, recebeu da oficina um
calhambeque. No início, o rapaz se sentia envergonhado por dirigir um carro
“antiquado”, mas os “brotinhos” ficaram encantados com o modelo. O rapaz passou
então a curtir o seu “carango” e acabou trocando seu Cadillac pelo calhambeque,
bip, bip.
A
partir daí, usar o automóvel como tema de música, ou inserida nela, passou a
virar sinônimo de sucesso garantido. Fuscão Preto é outro clássico no qual o
carro é o personagem central. Taxada de brega, ela fala de uma grande desilusão
amorosa ao testemunhar o maldito momento em que a mulher amada foge com outro
dentro de um Fusca de cor preta. A canção foi um sucesso estrondoso em 1982 na
voz de Almir Rogério e acabou até virando filme no ano seguinte, com a
participação de Xuxa.
Em
1986, o grupo Capital Inicial regravou uma das letras da banda Aborto Elétrico,
lançada em 1978: a música Veraneio Vascaína, que fala sobre a Chevrolet Veraneio
que era usada pela polícia na época. Ela era pintada nas cores branca, preta,
cinza e vermelha, por acaso as mesmas do brasão do clube Vasco da Gama. O tema
da letra, uma crítica à polícia, levou o primeiro disco do Capital Inicial a ter
sua venda proibida para menores de 18 anos.
Em
1995, foi a vez da “Brasília amarela com rodas gaúchas” ser entoada pelo país
inteiro. A música “Pelados em Santos”, o maior hit dos irreverentes Mamonas
Assassinas, é garantia de diversão, principalmente no clipe bem-humorado onde o
modelo da Volks rouba a cena.
Recentemente,
outros carros alcançaram as paradas de sucesso. Mesmo quem tampa os ouvidos
diante do estilo sertanejo universitário conhece o refrão “Agora eu fiquei doce
igual caramelo. Tô tirando onda de Camaro amarelo”. A letra gravada pela dupla
Munhoz e Mariano foi parar na novela “ das oito” Avenida Brasil, exibida pela
RPCTV. Isso contribuiu ainda mais para música “grudar que nem chiclete”, como
define a expressão popular para algo que não sai da cabeça.
Nesta
mesma linha, o sertanejo Gabriel Gava canta “Fiorino”, no qual aproveita o
compartimento de carga traseiro do minifurgão da Fiat para instalar um
colchonete e lá receber as suas conquistas amorosas. “De Land Rover é fácil, é
mole, é lindo. Quero ver jogar a gata no fundo da Fiorino”, desafia.
E
essa mania não é só brasileira. Já em 1971 a cantora norte-americana Janis
Joplin lançou a música Mercedes, na qual fala “Deus, você pode me comprar uma
Mercedes? Todos os meus amigos dirigem Porsches e eu preciso compensar.”
Tudo começou com o “O Calhambeque” do ainda roqueiro com pinta de rebelde Roberto Carlos. A música feita na década de 1960 contava a história de um rapaz que levou o seu Cadillac ao conserto e, para não ficar a pé, recebeu da oficina um calhambeque. No início, o rapaz se sentia envergonhado por dirigir um carro “antiquado”, mas os “brotinhos” ficaram encantados com o modelo. O rapaz passou então a curtir o seu “carango” e acabou trocando seu Cadillac pelo calhambeque, bip, bip.
Publicado em 10/10/2012
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