Porque Hoje é Domingo

DO TEXTO:





Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com

Estávamos nos anos 60, a azáfama para a  fogueira de S. João tinha o seu início no final das férias.

A mesma decorria entre a esquina da minha rua  com a de outros companheiros, sendo os responsáveis por toda a concentração  um núcleo de rapazes das mesmas ruas, com idades compreendidas entre os 9 e  os 15 anos, sensivelmente.

A integração entre graúdos e miúdos era bem  visível para o armazenamento de lenha, os vizinhos não descuravam tão  apetecível e indispensável produto e sabiam que, mais dia, menos dia, a nossa  rapaziada bateria à porta para recolhê-lo e colocar numa casa desabitada, situada  na Rua do Cardoso, Bairro Oriental da cidade de Angra do Heroísmo.

A organização e responsabilidade era dividida  por todos os intervenientes, a força e a união ultrapassavam os obstáculos.  Não havia um elemento no grupo que faltasse que fosse irresponsável. Nada  poderia acabar com a alegria de saltar a fogueira de S. João e sentir a  emoção de enfrentar as chamas. Durante as férias de menor tempo (natal e  páscoa), para além das brincadeiras de rapazes, era dispensado um tempo para  preparar a tão esperada e festejada noite. A famosa noite de São João, que  tem na cidade do Porto a maior atração. Mas, por todo o lado o São João é  comemorado, inclusive na mais pequena aldeia.

Com os dias a passar, era necessário pôr mãos à obra. Aos mais velhos cabia a tarefa  de incentivar este acontecimento, juntando-se uma grande sardinhada e outras  coisas afins, não esquecendo os tradicionais balões.
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