Estávamos nos anos 60, a azáfama para afogueira de S. João tinha o seu início no
final das férias.
A mesma decorria entre a esquina da minha ruacom a de outros companheiros, sendo os
responsáveis por toda a concentraçãoum
núcleo de rapazes das mesmas ruas, com idades compreendidas entre os 9 eos 15 anos, sensivelmente.
A integração entre graúdos e miúdos era bemvisível para o armazenamento de lenha, os
vizinhos não descuravam tãoapetecível e
indispensável produto e sabiam que, mais dia, menos dia, a nossarapaziada bateria à porta para recolhê-lo e
colocar numa casa desabitada, situadana
Rua do Cardoso, Bairro Oriental da cidade de Angra do Heroísmo.
A organização e responsabilidade era divididapor todos os intervenientes, a força e a
união ultrapassavam os obstáculos.Não
havia um elemento no grupo que faltasse que fosse irresponsável. Nadapoderia acabar com a alegria de saltar a
fogueira de S. João e sentir aemoção de
enfrentar as chamas. Durante as férias de menor tempo (natal epáscoa), para além das brincadeiras de
rapazes, era dispensado um tempo parapreparar a tão esperada e festejada noite. A famosa noite de São João,
quetem na cidade do Porto a maior
atração. Mas, por todo o lado o São João écomemorado, inclusive na mais pequena aldeia.
Com os dias a passar, era necessário pôr mãos à obra. Aos
mais velhos cabia a tarefade incentivar
este acontecimento, juntando-se uma grande sardinhada e outrascoisas afins, não esquecendo os tradicionais
balões.
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