A obra de Roberto é o destaque desta primeira parte da homenagem a seus 50 anos de carreira

DO TEXTO:
Roberto Carlos
Ídolo
Em 19 de abril, quando completava 68 anos, Roberto Carlos deu início às comemorações dos seus 50 anos de carreira com um show em Cachoeiro de Itapemirim (ES), sua cidade natal. A festa promete se estender até 2010, com apresentações por todo o país. Claro que Contigo! não poderia ficar de fora dessa celebração ao talento e ao carisma de um dos artistas mais queridos e admirados do Brasil. Por isso, preparamos uma edição especial em duas partes. Nesta, O Rei, enfocamos sua carreira, com destaque para as fases da Jovem Guarda e a de cantor e compositor romântico. Na segunda, O Homem, que será publicada na próxima edição, trataremos de seus amigos, da família e dos seus amores. Para quem já vendeu mais de 140 milhões de discos e continua em plena forma, nada mais justo do que uma homenagem
Roberto Carlos
O Rei Jovem
Ícone da Jovem Guarda, o cantor se transformou em modelo da juventude dos anos 60 O boom na carreira de Roberto Carlos aconteceu em meados dos anos 60, com o surgimento da Jovem Guarda. Antes disso, porém, a estrada foi longa e árdua. Em 1957, o Rei conheceu aquele que se tornaria seu grande parceiro musical, Erasmo Carlos, com quem formou o grupo Sputniks, ao lado do também desconhecido Tim Maia. Com o fim da banda, no mesmo ano, Roberto foi cantar samba-canção e bossa nova sozinho. Em 1959, lançou um compacto simples com as músicas João e Maria e Fora do Tom. Dois anos depois, foi a vez do LP Louco Por Você, que não obteve o resultado esperado. Mas o que estava por vir era o começo de uma jornada de sucesso.
CARROS E ROCK'N'ROLL
Roberto Carlos estava certo de que a música e a atitude jovem, nos moldes do rock'n'roll, seriam responsáveis pela guinada em sua vida. Dessa forma, em 1963, ele surgiu renovado e lançou Splish Splash e Parei na Contramão, sucessos que o consagraram com um estilo único, que se transformaria no hit da década. Com isso, o Rei iniciou seu reinado naquele cenário, que mais tarde seria chamado de Jovem Guarda. Em seguida vieram outros clássicos, como O Calhambeque e É Proibido Fumar. Com tudo correndo bem, chegou a hora de conquistar a TV. A partir de 22 de agosto de 1965, as tardes de domingo não seriam mais as mesmas. Estreava o programa Jovem Guarda, na TV Record, comandado pelo trio de ídolos juvenis formado por Roberto, Erasmo e Wanderléa. A emissora, que tinha como desafio manter a audiência elevada, já que as transmissões dos jogos de futebol estavam proibidas, surpreendeu-se com o sucesso instantâneo. Entravam em cena guitarras elétricas e um estilo de vestir peculiar - com direito a calças colantes com boca-de-sino e botas coloridas -, além de gírias novas, como ''broto'', ''carango'' e ''é uma brasa, mora?'', que ganharam as ruas do Brasil inteiro. Estava instalado um novo padrão musical e comportamental. Tal estrondo fez com que Roberto desse o nome do programa ao seu novo LP, Jovem Guarda, de 1965, que trouxe os clássicos Quero Que Vá Tudo pro Inferno e Mexericos da Candinha. Em 1968, o rei ganhou o Festival de San Remo, com Canzone per Te, de Sergio Endrigo. Porém, a Jovem Guarda iniciava seu declínio e logo o programa saiu do ar. Roberto deu partida então à sua fase romântica, que seguiu pelas décadas de 70, 80 e 90, firmando-o como um dos maiores nomes da música brasileira.
:: O título de Rei da música brasileira que Roberto ostenta não é só figurado. Ele realmente foi coroado numa ''cerimônia'' realizada no programa do Chacrinha em 1966, com direito até a trono real.
:: Além de lançar o programa e os discos, Roberto Carlos estrelou filmes inspirados no modelo dos Beatles nos anos 60. Roberto Carlos em Ritmo de Aventura foi exibido em 1967, seguido por Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa e Roberto Carlos a 300km por Hora (respectivamente, em 1968, em 1971).
:: O LP O Inimitável, lançado em 1968, foi considerado um marco de transição na carreira do cantor. O álbum teve influências da black music e emplacou sucessos como Se Você Pensa, Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo, É Meu, É Meu, É Meu, As Canções que Você Fez pra Mim (todas em parceria com Erasmo Carlos), Ciúme de Você (de Luiz Ayrão) e Eu Não Vou Deixar Você Tão Só (de Antônio Marcos).
:: Durante a Jovem Guarda, Wanderléa era ''o'' broto. Ela e Roberto sempre negavam os boatos de namoro, mas, nos anos 90, a Ternurinha admitiu que viveu um romance com o Rei. Porém, fez questão de deixar claro que era virgem e que o namoro foi ''à moda antiga''. Segundo Wandeca, o affair não foi adiante por causa do assédio que ele sofria por parte das fãs.
:: Em 1966, o programa Jovem Guarda realizou seu primeiro Festival de Conjuntos, que teve cerca de 5 mil concorrentes. O primeiro lugar ficou com o grupo Loupha, que tocou o cover de I Can’t Let Go, dos The Hollies.
:: Nos anos 90, jovens cantores e bandas de rock prestaram homenagem a Roberto Carlos com o disco-tributo Rei. Entre eles, Skank gravou É Proibido Fumar, Cássia Eller foi de Parei na Contramão, Chico Science e Nação Zumbi remodelaram Todos Estão Surdos e o Kid Abelha atacou de As Curvas da Estrada de Santos.
:: Roberto e Erasmo tiveram suas divergências na Jovem Guarda e chegaram a ficar oito meses sem se falar. Hoje são amigos, mas não se encontram com frequência. Quem cumpre o papel de amigo fiel na vida do rei é o percussionista Dedé, o mais antigo músico de sua banda. Quando a mulher de Dedé o deixou, Roberto ''traduziu'' a dor-de-cotovelo do amigo na música As Canções que Você Fez pra Mim.
:: No Jovem Guarda, exibido nas tardes de domingo, a palavra de ordem era ''iê-iê-iê!'', adaptação do ''yeah, yeah, yeah!'' da música She Loves You, dos Beatles. Não por acaso, o filme do quarteto, A Hard’s Day Night, foi exibido no Brasil com o título de Os Reis do Iê-Iê-Iê.
:: Anteriormente à Jovem Guarda, Roberto Carlos foi convidado por Carlos Imperial a se apresentar no programa musical Clube do Rock, da TV Tupi. O apresentador chamava Roberto Carlos de ''Elvis brasileiro'', numa alusão a Elvis Presley.
:: A mudança de estilo do cantor começou em meados de 1969. O álbum Roberto Carlos foi marcado por canções em sua maioria românticas em vez dos tradicionais temas juvenis da Jovem Guarda. Entre os sucessos desse LP, estão As Curvas da Estrada de Santos, Sua Estupidez e As Flores do Jardim da Nossa Casa, todas em parceria com Erasmo Carlos. No ano anterior, foi lançado Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa, segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo sucesso de bilheteria.
Roberto Carlos
O Rei Romântico
A sensibilidade do cantor inspira os homens e faz as mulheres delirarem, inclusive em seus shows
Desde os tempos da Jovem Guarda, Roberto Carlos está acostumado a ver seu palco forrado de flores jogadas pelas fãs, embaladas pelo romantismo de suas músicas. E, nesses 50 anos de carreira, ele cantou o amor de todas as formas, para os mais variados públicos. Dos casinhos juvenis de Parei na Contramão e Namoradinha de um Amigo Meu às declarações maduras de Amor sem Limite e Pra Sempre, passando pelos arroubos apaixonados com forte teor erótico de Os Seus Botões e Côncavo e Convexo, o Rei faz de sua obra um reflexo de sua vida amorosa e uma trilha sonora para milhares de casais.
SE CHOREI OU SE SORRI... Dono de uma sensibilidade fora do comum, Roberto Carlos criou uma obra-prima romântica que cabe em qualquer história de amor, Emoções, de 1981. A canção, obrigatória em todas as suas apresentações, certamente está entre as mais conhecidas e cantadas da música brasileira. Foi com seu disco de 1971 que Roberto Carlos inaugurou um estilo romântico próprio e começou a embalar os corações apaixonados. Duas faixas desse LP simbolizam bem esse marco. A que abre o lado um, Detalhes, que é a preferida dele ao lado de Eu Te Amo Tanto (1998). A outra é Amada Amante, na qual foi o primeiro a utilizar a palavra ''amor'' no sentido de ''fazer sexo'', o que lhe rendeu um veto da censura em pleno regime militar e o fez mudar a letra. No final da década de 70 e por todos os anos 80, o romantismo de Roberto Carlos se intensificou, afinal, seu público começou a se dividir com um rival à altura, o espanhol Julio Iglesias. São dessa fase as clássicas Cavalgada, Amante à Moda Antiga e Fera Ferida. Nos 90, o Rei passou a cantar o amor sereno, inclusive regravando em 1996 - quando se casou pela terceira vez, com Maria Rita - um sucesso de quase 20 anos, Como É Grande o Meu Amor por Você, que havia composto para a primeira mulher, Nice. Viúvo no final de 1999, entrou nos 2000 abatido, mas não deixou de brindar seus fãs com canções romanticamente inspiradas, como O Grande Amor da Minha Vida e O Amor É Mais.
:: Segundo o parceiro Erasmo Carlos, Roberto se criou ouvindo Dolores Duran, e sua formação é a de um romântico. Foi ele o responsável pelo fato de o Rei ter se ligado no rock na época da Jovem Guarda.
:: No livro Tarso de Castro, o Criador do Pasquim, de Tom Cardoso, há uma história de que Detalhes é sobre uma disputa entre Roberto e o jornalista por uma mulher, mas o Rei a desmente.
:: Um dos responsáveis pela mudança do estilo de Roberto no começo dos anos 70 foi o empresário Marcos Lázaro, que trabalhou a imagem do Rei como um cantor romântico.
:: Em 1972, Roberto e Erasmo foram contratados pela Rede Globo para compor a trilha sonora da novela O Bofe, exibida às 10 da noite. Em 1974, o Rei passou a fazer seu programa anual na emissora.
::No especial da Globo de 1977 aconteceu o encontro dos reis, quando Roberto cantou com Pelé a música O Mundo É uma Bola, escrita pelo jogador.
:: Reforçando o estilo que adotou no começo da década, Caetano Veloso compôs para o amigo a música Muito Romântico, que Roberto gravou no disco de 1977. :: Aliás, a música Debaixo dos Caracois dos Seus Cabelos, de 1971, que muitos pensavam tratar-se de uma canção romântica, revelou-se política quando veio à tona que ela foi escrita para Caetano, que se encontrava exilado em Londres naquela ocasião.
:: Como o cantor que mais ganhou discos de ouro e de platina, Roberto entrou para o Guinness, o livro dos recordes, em 1993.
:: Já O Portão, de 1976, que fala de uma reconciliação amorosa, acabou servindo de tema do retorno do Corinthians para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de futebol em 2008, quando a torcida alvinegra cantou em massa os versos ''eu voltei agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar''.
:: A música Amigo ganhou fama mundial em 1979, quando o papa João Paulo II visitou o México e foi recepcionado por um coro de 120 crianças cantando a canção de Roberto. Em 1997, o próprio a cantou em uma missa rezada pelo pontífice no aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
:: Depois que Maria Rita morreu, em dezembro de 1999, o Rei ficou quase um ano sem subir em um palco. O retorno aconteceu em Recife, quando cantou pela primeira vez a música Amor sem Limite. Ao interpretar Eu Te Amo Tanto, ele não conseguiu controlar o choro enquanto um telão, ao fundo, mostrava imagens de sua terceira esposa.
Roberto Carlos
O Rei Brasileiro
Apolítico, ele fala do país pelo viés ecológico, como nas músicas
Progresso e Amazônia
Há 50 anos ele vive um caso de amor com o Brasil. É o artista mais popular do país, o que mais vendeu discos. Podemos dizer que Roberto Carlos é atemporal. Prova disso é que ainda hoje arrasta multidões, mesmo passado quase meio século do fenômeno Jovem Guarda. Tanto amor, carinho e dedicação com seus fãs e com a pátria, se refletiram em letras e versos. Porém, quando se fala em política, ele sempre adotou uma posição reservada - apesar de seu auge coincidir com a ditadura militar. A única exceção talvez seja Verde e Amarelo (1985), música na qual saúda a Nova República e que se tornou uma espécie de hino durante a Copa do Mundo de 1986, no México. Ainda no âmbito político, teve a honra de ser condecorado com a Ordem do Mérito Cultural pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso, em 2002. Já quando o assunto é natureza, Roberto faz questão de expor claramente a sua opinião. Há três décadas, quando ninguém falava em preservação do meio ambiente, ele já levantava bandeiras pró-ecologia, como nas canções O Progresso (1976), As Baleias (1981) e Amazônia. Esta última faz parte de um disco lançado em 1989, cuja capa estampava o Rei exibindo uma pena de águia em uma das orelhas.
DO CORDEL AO MUSEO DE ARTE
Se os seus súditos brasileiros são formados por classes sociais diversas - inclusive homenageadas em músicas como Caminhoneiro (1984) e O Taxista (1994) -, os esportistas e os artistas não ficam de fora. Em seu especial de fim de ano de 1977, na Rede Globo, Roberto Carlos teve a chance de jogar sinuca com o craque Garrincha. Roberto também inspirou obras populares e intelectuais. Peças da literatura de cordel, como Carta do Satanás a Roberto Carlos, o transformaram em personagem épico. E, em 1966, virou obra de arte com a criação em neon do artista plástico Nelson Leirner, Adoração ou Altar de Roberto Carlos, que já foi exposta no Masp e no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
::Em 1987, o Rei foi para o sambódromo do Rio de Janeiro como homenageado pela escola de samba Unidos do Cabuçu, com o enredo Roberto Carlos na Cidade da Fantasia. Em 2010, a Beija- Flor pode colocá-lo de novo na avenida por causa dos 50 anos de carreira.
Roberto Carlos
O Rei Internacional
Ele é o brasileiro de maior sucesso no exterior e o único a superar os beatles na américa latina A fama do Rei foi além das fronteiras brasileiras. Sua jornada no exterior mostra uma sucessão de lançamentos e acontecimentos extraordinários. O marco foi 1968, quando Roberto Carlos se tornou o primeiro brasileiro, e até agora o único, a vencer o Festival de San Remo, na Itália, interpretando Canzone per Te. Na ocasião, derrotou até o mito do jazz, Louis Armstrong. No Brasil, esse prêmio foi comemorado com uma enorme festa. Ao aterrissar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Roberto foi recebido por uma multidão de 10 mil pessoas, feito conseguido só pela seleção brasileira de futebol em copas do mundo e por campeões de F-1, como Ayrton Senna. E, por falar em futebol, Roberto alcançou algo que dificilmente os astros do nossos gramados conseguem: ser ídolo na Argentina. A partir de 1965, lançou seus discos por lá cantando em espanhol e virou sucesso absoluto. Em 1981, o cantor iniciou uma série de excursões internacionais e gravou o seu primeiro disco em inglês. Em seguida vieram lançamentos em espanhol, italiano e francês. Tal fama rendeu uma reportagem na revista americana Newsweek, que o comparava ao ídolo do rock Elvis Presley.
DISCO DE CRISTAL E GRAMMY
Em 1982, ao atingir a marca de 5 milhões de discos vendidos fora do Brasil, o Rei foi condecorado por sua gravadora, a CBS (hoje Sony Music), com o disco de cristal. Tamanha popularidade resultou no título de cidadão de Los Angeles, EUA, em 1988. O ano seguinte foi marcado pela conquista do Grammy como melhor cantor pop latino-americano. Sem contar os inúmeros cantores renomados que fizeram - e fazem até hoje - questão de regravar seus sucessos, como Julio Iglesias e Ray Conniff.
Roberto Carlos
O Rei Parceiro
Amigos há mais de 50 anos, Roberto e Erasmo formam a dupla mais importante da música brasileira Eles se conheceram em 1958, no Rio de Janeiro, no colégio onde Roberto se preparava para ingressar no segundo grau e Erasmo fazia um curso de datilografia. De cara, descobriram que tinham a mesma afinidade, a música. Em menos de um ano, estavam se apresentando com a banda The Snakes, dando início a uma parceria que iria mudar o cenário musical brasileiro. Depois de tocarem muitos rocks de Elvis Presley e outros ídolos, em 1962 Erasmo mostrou ao amigo uma versão de Splish Splash, de Bob Daryn, que Roberto gravou. A primeira parceria, com letra e música originais, foi Parei na Contramão. Daí em diante, a dupla passou a saborear o gosto do sucesso. Nesse início, a fama chegou a atrapalhar a amizade entre Roberto e Erasmo, tanto que chegaram a ficar sem se falar depois de alguns desentendimentos. Mas, quando o Rei foi compor Eu Sou Terrível para o filme Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, a parceria foi retomada e não parou mais.
NA ALEGRIA E NA TRISTEZA
A relação dos dois vai muito além do trabalho. Compadres - Erasmo é padrinho de Segundinho, e Roberto de Alexandre -, sempre estiveram perto um do outro. Quando o Tremendão teve problemas com álcool no fim dos anos 60 ou quando perdeu sua mulher, Narinha, em 1995, lá estava o parceiro a seu lado. E, quando morreram as ex-mulheres do Rei, Nice, em 1990, e Maria Rita, em 1999, ele pôde contar com o ombro do companheiro. São mais de 400 composições assinadas por Roberto e Erasmo, e que venham muitas outras por aí.
::Perguntado em seu site oficial se está brigado novamente com Erasmo Carlos, Roberto não só nega o boato como afirma que vão continuar trabalhando juntos. ::Roberto e Erasmo costumam se encontrar à noite para trabalhar, quando não são atrapalhados por telefones e campainhas. ::A música Amigo - ''Você, meu amigo de fé, meu irmão, camarada...'', de 1977, é uma homenagem à relação dos dois. Contigo Sexta-feira/26/2009 Edição 1762

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3 Comentários

Comentários

  1. Amei amiga Carmem....muito linda homenagem, beijocas!

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  2. Olá, Guta!

    Excelente matéria sobre o nosso mais que tudo.

    Maravilha!

    Abração

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  3. Muito boa matéria! Excelente! Viva o rei!

    Derbson Frota
    Tianguá CE

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