Acordo Ortográfico

DO TEXTO:

O acordo ortográfico discutido pelos países que falam o português pode entrar em vigor já em 2008. Com isso, os brasileiros terão de se acostumar com algumas mudanças que podem parecer estranhas. As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Em vez de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".

Mas o que é este acordo?

Veja a reportagem abaixo:

De acordo com o assessor especial do Ministério da Educação sobre o acordo, Alberto Xavier, a mudança não pode acontecer antes por causa dos livros didáticos. Para valer como lei, o acordo ainda precisaria passar na Câmara e no Senado para sanção de um decreto legislativo por parte dos presidentes dos países.

"Como a escolha do material que será comprado para a rede pública de ensino acontece com um ano de antecedência, na melhor das hipóteses o acordo passa a valer em 2008 por causa dos livros didáticos", afirmou Xavier. Segundo o assessor, a adesão de Portugal ao acordo é automática uma vez que o tratado já foi assinado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, além do Brasil. "Em dezembro, o terceiro país assinou e, com isso, os demais acompanham", explicou.

Mesmo com a adesão automática de Portugal, o governo brasileiro e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) negociam em Lisboa para que o país aceite o acordo e coloque em prática as medidas necessárias para o início das mudanças ortográficas. "O embaixador brasileiro da CPLP em Lisboa, Lauro Moreira, está tentando reunir todo mundo para "convencer" Portugal e definir uma data para entrar em vigor", disse Xavier.

O conselheiro cultural da embaixada de Portugal em Brasília, Adriano Jordão, disse que seu país ainda não ratificou o tratado por "questões jurídicas". "Portugal contesta que o acordo possa entrar em vigor com a assinatura de três países em oito", explicou. Guiné-Bissau, Moçambique e Angola também não aderiram ao tratado. Timor Leste integrou-se ao grupo quando se tornou independente.

Posição da ABL

O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vinicios Vilaça, pediu ao governo português que promova ações concretas, e com brevidade, no sentido de ratificar definitivamente o Acordo Ortográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Vilaça lembrou que o português de Moçambique já vem se aproximando crescentemente do inglês, por força de interesses de ordem econômica. O presidente da ABL ressaltou que os países de língua espanhola utilizam apenas um dicionário, resultado do trabalho da Real Academia da Espanha e de outras 17 academias de países hispânicos. “Nada nos deve separar de Portugal. Acho mesmo que o governo do Brasil deveria ser mais categórico nesse tema”, sugeriu.

Para ajudar na adaptação dos brasileiros, a ABL disponibiliza pela internet um serviço de tira-dúvidas do português. As perguntas são respondidas pelo professor Sérgio Pachá em até quatro dias ao usuário.

Mudança na ortografia

A língua portuguesa é a quinta mais falada do mundo. Mais de 230 milhões de pessoas terão de fazer pequenas adaptações. As novas normas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "húmido" para escrever "úmido". Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p"nas palavras onde ele não é pronunciado, como nas palavras "acção", "acto", "adopção", "baptismo", "óptimo" e "Egipto".

Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças. Além da eliminação do acento nas paroxítonas terminadas em "o" duplo, também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".

O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" em vez de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do "w" e do "y" e o acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

Outras duas mudanças: criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", além da eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".

Razões

Uma das razões para que o acordo ortográfico entre em vigor é que é impossível a afirmação da língua portuguesa no cenário internacional se ela tiver diversas ortografias. Por isso, os defensores da mudança de regras confiam que o parlamento português ratifique o documento. Mas mesmo no partido do governo português há divergências sobre a matéria.

O prêmio Nobel português, José Saramago, já disse sua opinião sobre o acordo no semanário "Expresso": “Desejo êxito e muitos livros bons, escritos na forma antiga ou moderna, e que não me obriguem a escrever de outro modo nos poucos anos de vida que me restem”.

Diante da hesitação do povo, paira em Portugal uma dúvida: o acordo vai ser efetivamente aplicado ou as novas normas serão utilizadas unicamente em documentos oficiais e em textos acadêmicos?

Fontes: UFRJ Campus Universitário.

Jornal Última Hora

Eu pessoalmente não creio que o acordo ortográfico possa unificar uma língua, pois a ortografia é uma pequena parte da língua. As diferenças mais profundas entre o português de Portugal e o do Brasil são gramaticais e lexicais e não ortográficas. E o mesmo acontece provavelmente com as variantes africanas e timorenses da língua. Mas também acho que é preciso união para tornar a lingua portuguesa mais aceita e respeitada por outros países, como foi o caso do Espanhol.

Existem os prós e os contras, existem muitas opiniões ... O que você pensa a respeito???

Beijos azuissss


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13 Comentários

Comentários

  1. Olá, tudo fixe?

    Oi, tudo bem?

    Começo por felicitar, digo, parabenizar, a minha afilhada Con por tomar a iniciativa de por em prática a proposta feita pelo nosso amigo Bernardo Ribeiro sobre a discussão do novo Acordo Ortográfico.

    É claro que eu, influenciado que há muito tempo estou pelo Brasil e pelos brasileiros, sou de opinião que o novo Acordo só peca por tardio e os meios de comunicação actuais não se compadecem com pormenores que os dificultem.

    Além disso, e no que aos portugueses se refere, se há mais ou menos 30 anos tal Acordo seria de difícil aplicação, a partir do momento em que começaram a entrar nos lares portugueses as novelas e telenovelas brasileiras, a par dos artistas do mundo da música e do futebol, tudo mudou desde então. De tal maneira que hoje em dia qualquer português, não só na escrita como na fala aplica termos brasileiros, tais como: “Oi”, “Tudo bem?”, “Filhote” e outros. A juntar a tudo isso, há também os milhares de brasileiros a trabalhar em Portugal e com os quais lidamos no dia-a-dia, nos cafés, bares, restaurantes, laboratórios, hospitais, supermercados, etc.

    Portanto, sou de opinião que o que custa é iniciar o que há muito se deveria ter feito e que daqui a alguns anos iremos olhar para trás e interrogar-nos porque demoramos tanto tempo.

    Bem, agora querem saber uma coisa: hoje fui de autocarro, digo, de ônibus, até à cidade e comprei um fato, digo, um terno. A rapariga, digo, a moça, aconselhou-me, digo, me aconselhou, um fato que de fato me fica bem,

    Abraços lusófonos

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  2. Jorge Sampaio, ex-presidente da Republica de Portugal e mesmo o actual presidente Cavaco Silva vieram a público defender que a língua portuguesa é o nosso bem mais precioso.
    A partir do momento que o primeiro-ministro José Socrates começou a falar sobre o "acordo ortográfico", estes senhores simplesmente se calaram. Porquê? Deixaram de ter a mesma opinião?
    Vejamos.
    Os brasileiros estão mais que habituados a escrever o seu português, os portugueses também e os restantes povos que falam a lingua. Porque é que se vai fazer esta alteração? Para "parecermos" mais unidos? Não, porque já o somos. Para que serve então?
    Vai ser feita uma grande cerimonia, onde serão gastos milhares em logistica e para quê? Para nada.
    Tal como eu, penso que ninguém vai adoptar o "acordo". Mesmo que alguns o utilizem eu não o farei. Acho que é completamente dispensavel.
    Sinto e sei que existem muitos outros factores, esses sim com muita relevancia, que uniriam ainda mais os povos que falam português,este não.

    Desculpem os meus erros ortográficos e algumas incoerencias no texto, mas estou a atender clientes enquanto o escrevo. Mas não queria deixar de participar.

    Grande abraço

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  3. Con, parabéns pela matéria!

    Como já sabemos, esse acordo, cria um padrão de normas ortográficas unico, para a língua portuguesa, pelos países que fazem parte da Cúlpula da Comunidade dos Paises da Lingua Portuguesa(CPLP). Isso além de ser polêmico, vai gerar discursões devido os cotumes habituais do uso da escrita, e que já está inserida em nossa convivência e na nossa cultura.

    Os cidadãos brasileiros e portugueses dentre outros que falam a mesma língua, irão sentir os impáctos dessas mudanças, que nos parece ser simples, mas para muitos de grande complexidade.

    Veremos que existem as vantagens e desvantagens. Temos como positivo, a ampliação das comunicações entre os países de língua portuguesa e a melhor compreensão, que outros países em todo mundo irão conceber.

    A escrita uniforme, trará prstígio de uma certa forma, para o nosso idioma falado por mais de 230 milhões de pessoas, que vivem em oito países diferentes e por ser a quinta língua mais falada do mundo, merece o nosso respeito e sinceridade.

    Acho, que independente de que país você esteja morando, o Português deve ser falado e escrito corretamente. Temos observado que o Português brasileiro, está muito americanizado, mas que o acordo aconteça sem a interferência estrangeira, pois se for pra melhorar, que aconteça, se não continuamos como está.

    Não deixarmos o Português ser entregue meramnte a nossa sorte. A língua Portuguesa, vai muito mais além do que Portugal. As mudanças de palvras como ACTO, BAPTISMO, CORRECTO e outras onde o "P" e o "C" são mudos, não serão obrigatórios, porque ambas as formas estão corretas.

    Nesses casos, Portugal sairá ganhando, pois os seus livros no Brasil, não serão traduzidos e que só aos poucos é que saberão o significado de muitas palavras, como AUTOCARRO, que é o msmo que ônibus e no futuro, conheceremos mais a fundo a linguagem lusitana. A emigração brasileira, facilitou aos lusitanos um melhor conhecimento de nossa língua.

    Segundo Nicolau Leite - Linguística e Professor da Pontífice Universidade Católica de São Paulo, comenta: " como nossa língua pode ser portuguesa,se ela é formada por 300.000 vocábulos indígenas e mais de 3.000 vocábulos trazidos pelos escravos africano do Tronco Banto?" Ele acha que o nosso idioma é mesmo brsileiro e que é absurdo, tentar unificar as línguas com normas.

    Eu concordo exatamente com o que o Nicolau Leite comenta, e reforçando o que ele disse, o Português no fundo, foi só a casa de fundação da nossa língua, que recebia e continua recebendo influências de todos os lados.

    O Acordo ortográfico, não vai unificar o nosso idioma, porque cada um fala de um jeito diferente de acordo com a ocasião. Por exemplo, distinguir o Português do Porto e do Recife, fará tanto sentido como distinguir o de Manaus e o de Porto Alegre.

    Tem muito o que se falar, mas é difícil e complexo.

    Obrigado pra quem tiver a paciência de ler tão grande comentário e citações.

    Beijos!!!

    Mazé Silva.

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  4. Amiga e afilhada Con,
    parabéns pela matéria e a iniciativa do diálogo sobre o Acordo Ortográfico.

    Que me perdoe o patrãzinho por pensar diferente dele, e ainda não saber escrever bem como a amiga Mazé, e também concordar com ela.

    Penso como o amigo Bernardo, não vejo necessidade de mudanças na língua para unir um povo.
    Eu também apesar de pouco escrever vou continuar como aprendi.
    Como a Mazé disse, temos aqui dentro do Brasil, que é tão grande, os regionalismos. Como unificar isso?
    E o dinheiro a ser gasto com livros didáticos novos, com a ortografia nova?
    Meu Deus, a confusão que vai ser criada na cabeça das crianças que estão aprendendo de um jeito e logo a seguir muda tudo?
    Concordo que os estrangeirismos, esses sim ,devam ser abolidos.
    Enfim, como já disse antes é um assunto difícil,delicado,polêmico,e um Acordo que foi aceito e assinado aqui, por quem, infelizmente não escreve e não fala corretamente...

    Como disse o escritor português José Saramago, Portugal sofrerá muito mais que nós, e ele também não mudará sua maneira de escrever.

    Obrigada amigos,um beijo para todos,
    Carmen Augusta

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  5. Ao contrário do que diz a Mazé, não comungo da opinião de Nicolau Leite (e tenho conhecimento que a esmagadora maioria dos especialistas brasileiros também não), na medida em que o exemplo que dá acontece não só no Brasil mas também nos restantes países da CPLP, que receberam e continuam a receber influências de todos os lados, sendo ainda recentemente foram introduzidos em Portugal novos termos de origem estrangeira.

    Acresce ainda que os mesmos motivos apontados por Nicolau Coelho poderiam também ser postos nos países de expressão espanhola e inglesa e isso não só não aconteceu como nunca precisaram de um acordo ortográfico.

    Além disso, o que está em causa é um acordo ortográfico e uma coisa é o português escrito e o português falado, pois se vamos por aqui, o que acontece no Brasil também acontece em Portugal apesar de ser um país pequeno, pois existe o português dos algarvios, dos lisboetas, dos portuenses, dos madeirenses, dos açorianos, etc. E isso mesmo também acontece nos países de expressão espanhola e inglesa.

    E quando a Mazé disse: “Nesses casos, Portugal sairá ganhando, pois os seus livros no Brasil, não serão traduzidos (…)”, eu gostaria de dizer que a minha opinião é precisamente o contrário e que, quanto a mim, não se trata de tradução mas quando muito de adaptação do português do Brasil para o português de Portugal.

    É tudo, por agora! Espero que aparcam mais opiniões para verse isto aquece pois aqui em Portugal está um frio do carago.

    Ó Marley onde é que estás, pá?

    E tu Everaldo? De que estás à espera?

    Abraços

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  6. Oi, Carmen!

    Só uma pequena rectificação, digo, retificação:

    Acerca do Saramago, a forma como foi aqui apresentado o comentário a seu respeito, pode prestar-se a equivicos, ou seja, que ele não está de acordo com o Acordo.

    Na verdade, o que ele disse foi o seguinte:

    “Já cá não estarei quando o Acordo Ortográfico entrar em vigor. Seis anos é muito tempo para alguém com 85 anos. Espero sinceramente que o senso comum não falte, que não se entre em guerras do alecrim e da manjerona e que corra tudo bem. Desejo bons êxitos e muitos livros bons, escritos à antiga ou à moderna, e que não me obrigues a mim a escrever de outra maneira nos poucos anos de vida que me restem”.

    E disse mais:

    O acordo existe e passou por umas quantas cabeças de um lado e de outro. Se for preciso, sentem-se outra vez à mesa, puxem as esferográficas e avancem, que isto já se está a tornar caricato”, observou.

    “Recordo que aprendi a escrever mãe com 'e', depois me mandaram escrever com 'i', e depois voltaram a mandar escrever com 'e', quando a mãe era sempre a mesma”.

    “Deviam preocupar-se agora era com as pessoas que não respeitam a língua, em vez de falar de pureza. A reforma de 1911 é que foi uma revolução autêntica, quando se reconheceu que a língua, na sua expressão ortográfica, era bastante confusa, mas resolveu-se tudo sem traumatismo, sem traumas culturais, intelectuais ou psíquicos”.

    “Evidentemente que, se escrevo a palavra 'objecto', gostava de a escrever com o 'c' entalado lá no meio, mas um brasileiro escreverá sem 'c'. Mas isso é grave? A pronúncia é igual”, disse também o escritor. Saramago cita os exemplos do Brasil e dos países africanos lusófonos, “onde as transformações idiomáticas, ortográficas e semânticas se aceleram” e onde “não continuam a falar o português do Almeida Garrett”.

    “Temos de acabar com a ideia de que somos os donos da língua. Os donos da língua são quem a fala, melhor ou pior”.

    Venham mais comentários para atear a fogueira!

    Eheheheheh

    Abração lusófono!

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  7. Oi Armindo,
    desculpe se coloquei só um pedaço do que Saramago disse, embora tenha lido tudo, e é possível ter sido mal interpretada.

    Olha sou de Paz, discussão não é o meu forte...

    Sabe, minha neta de 14 anos, esteve aqui em casa até há pouco.
    Perguntei à ela o que achava desse Acordo (que eu gosto é de escrever Acôrdo...),nem vou dizer o que ela respondeu...
    Ela está terminando a 8ª série,e me disse o seguinte:Quando isso entrar em vigor, estaremos prestando vestibular daí quem vai se ferrar somos nós...

    Minha neta de 9 anos, está aprendendo sobre palavras óxitonas, paroxítonas, proparoxítonas,acentuação,agora com esse Acôrdo, muda tudo e a cabecinha deles como fica?
    Muito difícil.
    Para mim, tudo deveria ficar como está.
    E tenho dito.
    Um beijo,
    Carmen Augusta

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  8. Concordo em particular quando Mazé silva diz:"..vai muito mais além do que Portugal.". Que acaba por reforçar a minha posição
    E também com o que Carmen Augusta diz:"..temos aqui dentro do Brasil, que é tão grande, os regionalismos. Como unificar isso?". Em portugal também existe milhares de regionalismos, obviamente que não na mesma dimensão do Brasil, mas o suficiente para baralhar a cabeça das pessoas.

    Bom domingo!

    Um grande abraço a todos!


    "..

    ResponderEliminar
  9. Nobres colegas,

    Acordei cedo e procurei logo me atualizar. Na minha passagem por aqui me deparei com esse texto sobre o acordo ortográfico. Juridicamente acordo é um entendimento das partes num contrato. Mesmo com as desavenças ocorridas esse acordo ortográfico foi acordado entre as partes. Agora acordado mesmo ficarão todos aqueles que estarão se submetendo a prova de seleção em concursos no período transição do AO. Todos eles perderão mais algumas horas de sono para se atualizar a essas novas regras. Os educadores, os comunicadores e outros segmentos que usam a escrita como seu instrumento de trabalho deverão passar urgentemente por uma reciclagem. Apesar das dificuldades iniciais, essas mudanças irão facilitar a escrita no futuro. Unificar a ortografia é uma forma de aproximar cada vez mais e facilitar a comunicação entre os países de língua portuguesa, além de fortalecer esse idioma tão bonito. Já passamos por diversas mudanças e nos adaptamos a todas elas. O que devemos condenar e combater são as linguagens utilizadas de forma incorreta na rede mundial, o uso abusivo do estrangeirismo em prejuízo da nossa língua e outros vícios de linguagem.

    Um grande abraço

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  10. Armindo!
    Eu acho que não vou me acostumar nunca com essa mudança!
    Pra mim poderia ficar como está mesmo!
    Beijos!!

    Parabéns à amiga Con pela matéria!

    Rosangela Amorim / BH

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  11. Olá pessoal!

    Em algumas argumentações que deixei aqui, o Armindo não concordou com nada do que falei, mas outros como o Bernardo Moura, já teveram uma aceitação pelo que foi analisado por mim.

    Talvez eu não tenha expresado-me muito bem, quando citei que os cidadãos brasileiros e portugueses irão sentir diretamente essas mudanças, mas eu frisei, dentre outros que falam a uma mesma língua, pra não ter que repetir o nome dos países lusófonos. como também não disse que os mesmos países deixariam de incorporar valores e de receber influências externas. logicamente isso sempre irá ocorrer em qualquer nação, que tenha relacionamentos com outros povos, onde há uma diversidade de cultura que poderão ser absorvidas e provavelmente irão ser agregadas.

    Quando expressei-me com relação a tradução de livros, reconheço que empreguei a palavra errada, pois referi-me, que a oficialização desse acordo iria interferir no uso do livro didático, já que estes não são consumíveis, pois serão reutilizados por alunos de séries posteriores e por novatos.

    Estes livros serão, elaborados e atualizados com as novas regras e escolhidos para serem editados em um determinado período e cheguem às Escolas em tempo previsto.

    Haverá também interferência na questão orçamentária de varbas destinadas à Educação(MEC), para viabilizar novas edições e que o educando não saia perdendo quanto às mudanças ocorridas.

    Vejamos agora a complexidade desse tema, que gera polêmica e precisaríamos de muitos dias para discutirmos e analisarmos e ainda não chegaríamos a um consenso.

    Só pra termos uma idéia, o pacto gerou protesto dentro do próprio parlamento e no governo português, envolvendo políticos e intelectuais.

    Sabemos que o Português, continuará a receber influência de todos os lados, pois no fundo ele foi apenas a casa de fundação da nossa língua.

    Disse " Monteiro Lobato"- " Assim como o Portugùês saiu do Latim, pela corrupção popular dessa língua, o brasileiro está saindo do Português. O processo formador é o mesmmo, corrupção da língua mãe".

    Parece que o debate começou a esquentar! rsrsrsrsrs.

    Um grande beijo luso-brasileiro!

    Mazé Silva.

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  12. Obrigada amigos...Vejo que este assunto vai render muuuiiitooo ainda!!!

    beijos azuis

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  13. Não surgem mais opiniões?

    O que podemos concluir deste nosso diálogo?

    Um abraço para todos

    ResponderEliminar