Evra questiona estatuto de Vini Jr na Seleção Brasileira

O ex-internacional francês analisa Brasil, Neymar, Vinicius Jr e Endrick rumo à Copa de 2026 

Talento sem impacto nos jogos grandes não faz um craque incontestável 

O futebol vive de talento, mas também de contexto, liderança e capacidade de decidir quando a pressão aperta. À medida que a Copa do Mundo de 2026 se aproxima, multiplicam-se as análises e opiniões sobre o estado atual das grandes seleções. Uma delas veio de Patrice Evra, antigo lateral-esquerdo da seleção francesa, numa entrevista exclusiva onde falou sem rodeios sobre o Brasil, Vinicius Jr, Neymar e Endrick.

Para Evra, o Brasil continua a ser o Brasil — uma marca histórica do futebol mundial — mas já não exibe, no seu entender, o mesmo nível de talento coletivo de outras gerações. Recordando os tempos de Bebeto, Rivaldo e companhia, o ex-jogador considera que, atualmente, o verdadeiro craque da Seleção continua a ser Neymar, sobretudo pela capacidade de decidir jogos grandes.

Segundo Evra, Vinicius Jr é um jogador determinante, mas ainda não atingiu o mesmo patamar de influência decisiva. O francês elogia o talento do avançado do Real Madrid, mas deixa um reparo claro: em partidas de alto nível, o impacto nem sempre aparece. Na sua leitura, a não atribuição da Bola de Ouro — que considera merecida — terá tido reflexos no rendimento emocional e competitivo do jogador, algo que, diz, também se nota no clube espanhol.

Quando olha para o coletivo brasileiro, Evra traça um retrato instável: uma seleção capaz de vencer adversários de topo e, ao mesmo tempo, tropeçar frente a equipas teoricamente mais fracas. Ainda assim, aponta Carlo Ancelotti como um possível fator de equilíbrio, capaz de tornar o Brasil mais sólido e difícil de bater, mesmo que não seja brilhante em todos os momentos.

O antigo capitão do Manchester United comentou ainda a situação de Endrick. A expectativa era grande com a chegada do jovem ao Real Madrid, mas a realidade tem sido mais dura. Para Evra, o avançado formado no Palmeiras mostra sinais claros de frustração e receio de ficar fora da Copa de 2026. A concorrência, o banco de suplentes e a pressão mediática pesam, e o conselho é simples: foco total no futebol, porque o tempo não espera.

Nascido em Dakar, no Senegal, Patrice Evra construiu toda a sua carreira internacional ao serviço da França. Durante doze anos vestiu a camisola dos Les Bleus, participou em três Eurocopas e duas Copas do Mundo e deixou uma marca profunda também a nível de clubes, com passagens vitoriosas por Manchester United e Juventus, onde conquistou sete campeonatos nacionais.

Nota do Editor – Portal Splish Splash: As declarações de Evra não são consensuais, mas cumprem um papel essencial no futebol: provocar reflexão. Porque, goste-se ou não, as grandes seleções medem-se nos jogos grandes — e é aí que os craques se tornam eternos.