“Raiva Zero” mobilizou tutores e alunos na Clínica-Escola e bateu recorde de imunizações
Vacinar é um ato de amor e responsabilidade compartilhada
A manhã de terça-feira (28) foi marcada por movimento e alegria na Clínica-Escola de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB). Em vez das habituais consultas, o local recebeu dezenas de cães, gatos e tutores para a campanha gratuita de vacinação antirrábica “Raiva Zero”, que bateu recorde ao imunizar 95 animais — 73 cães e 22 gatos — de diversas regiões do Distrito Federal. Todos passaram por triagem e atendimento realizados por professores, trainees e estudantes do curso.
Além da vacinação, a iniciativa teve um importante papel educativo: conscientizar a população sobre a prevenção da raiva, doença fatal que ainda representa risco para animais e humanos. Realizada em parceria com a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (DIVAL), que forneceu as doses e materiais informativos, a ação reforçou o conceito de saúde única — a integração entre o bem-estar humano, animal e ambiental.
Responsável pela campanha, a professora Fabiana Volkweis, do curso de Medicina Veterinária, destacou que a vacinação é essencial para manter o Distrito Federal livre da doença. “A vacina é segura, gratuita e salva vidas. Cada tutor que traz seu animal contribui para proteger toda a comunidade. É um gesto de amor e de responsabilidade compartilhada”, afirmou.
A ação fez parte do Projeto Integrador do curso de Medicina Veterinária, que alia ensino, pesquisa e extensão. Segundo Fabiana, a escolha do tema partiu dos próprios estudantes, interessados em unir teoria, prática clínica e sensibilização social. “Esta é a terceira campanha realizada na Clínica-Escola, mas a primeira vinculada a um projeto de extensão. O retorno da comunidade mostra que a informação está chegando e fazendo diferença”, disse.
Entre os participantes, o aposentado Geraldo Rodrigues Prado Júnior, de 69 anos, levou os três cães da família — Chico, Pandora e Sofie. “Aqui a gente é sempre bem atendido e quem gosta de cachorro tem que cuidar. Eles sentem, adoecem e precisam de atenção. A minha esposa diz que são seres sencientes, e é verdade. A gente cuida porque ama.” Já a estudante Maria Clara Guerreiro, de 18 anos, levou a cadela Cacau, uma vira-lata cheia de energia. “Como ela anda na rua e brinca com outros cães, a vacina protege ela e protege a gente.”
Embora o Distrito Federal não registre casos humanos de raiva há mais de dez anos, a professora Fabiana lembra que a vigilância continua essencial. “O vírus pode ser transmitido por mordidas, arranhões ou até lambidas de animais infectados. Os morcegos merecem atenção especial: se aparecerem caídos, o correto é não tocar e chamar o serviço de zoonoses. O vírus é fatal, e a vacinação é o caminho mais seguro”, alertou.
A médica-veterinária Katarina Müller, egressa do CEUB e atual trainee da Clínica-Escola, viu na campanha uma oportunidade de retribuir à instituição. “O programa de trainee me deu segurança para atender, conversar com tutores e lidar com casos reais. Ter professores por perto muda tudo”, afirmou. Para ela, o aprendizado vai além da técnica: “É recompensador ver um tutor sair daqui tranquilo, sabendo que o animal está protegido. A gente aprende sobre empatia, cuidado e humanidade.”
Nota do Editor – Portal Splish Splash
A iniciativa “Raiva Zero” do CEUB é um exemplo de como o ensino universitário pode gerar impacto direto na comunidade. Ao unir ciência, serviço e sensibilidade, a ação reafirma que a saúde — seja ela humana, animal ou ambiental — é um compromisso coletivo.
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“Raiva Zero” mobilizou tutores e alunos na Clínica-Escola e bateu recorde de imunizações
Redatora do luso-brasileiro Portal Splish Splash. VER PERFIL
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