Exposição 'Pranto' de Andréa Brêtas traz em fotos P&B a violência e desigualdades contra as mulheres
A mostra não traz cores porque tem o objetivo de provocar reações e conexões com o observador, mas traz visivelmente o respeito do olhar de Andréa Brê
A mostra busca conscientizar sobre a Agenda 2030 e ODS, acabando com desigualdades e empoderando mulheres
A fotógrafa e artista plástica Andréa Brêtas apresenta a exposição "Pranto", onde traz fotos de mulheres africanas no Espaço Cultural Correios Niterói RJ, em preto e branco, para conscientizar sobre a violência contra a mulher, principalmente sobre a MGF - Mutilação Gentital Feminina, que, segundo o Unicef, vitimiza, ainda hoje, milhões de mulheres e meninas em todo mundo e que, a cada ano, atinge cerca de três milhões de meninas, antes de completar 15 anos.
Até 2030, se não houver a erradicação e respeito às diversidades, como sugerido na Agenda 2030, nas ODS 3, 5, 16, mais de 60 milhões de mulheres sofrerão MGF e outras violências, afetando sua saúde física e mental. Através das lentes, Andréa Brêtas empodera essas mulheres e acaba com as desigualdades.
A mostra não traz cores porque tem o objetivo de provocar reações e conexões com o observador, mas traz visivelmente o respeito do olhar de Andréa Brêtas e a curadoria da Tartaglia Arte na escolha de temas de impacto e importância sócio-cultural. Então, através das fotos, da diferença de olhares, as pessoas vão notar a diferença entre as expressões das mulheres do Quênia (onde ainda há MGF) e da Namíbia (sem MGF), e certamente vão se deixar tomar por emoções diversas.
O enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres é fundamental para que haja condições mais dignas e justas, lutando pela erradicação, respeito e igualdade.
"Essa desconstrução desse feminino vai ali em uma série de certezas em quem ela é, e ela começa a estar desfazendo da sua própria crença, do seu próprio sentir, corpo, apropriação feminino que ela representa. Não é só trágico, mas extremamente violento e excessivo. Precisa ser visto que ainda é acontecido nesse século, uma brutalidade enorme. Não tenho ideia de quantos acometimentos podem estar implicados na saúde mental dessas mulheres, mas minimamente traumatizados na brutalidade física e da desconstrução da alma delas, e a ressonância que esses atos traz a vida da pessoa. Então falamos de uma prática que precisa ser revisitada e falada ainda para evitar que ainda seja praticado e mais mulheres sofrerem nas futuras gerações. Falamos muito de violência contra a mulher, essa é uma das brutalidades mundiais que o mundo oferta para as mulheres. Realmente é muito pavoroso pensar nessa dor de alma e corpo, pertencimento, inserção cultural, tudo que permeia essa mulher e essa feminilidade que está sujeita em tudo que se encaixa."
"Pranto" pode ser visitada até o dia 11 de março de 2023. No dia 08 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, com a presença de Andréa Brêtas estará presente para visita guiada e bate papo com outros profissionais para falar sobre o tema.
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