Pós em Urgência e Emergência utiliza tecnologia de ponta

DO TEXTO: A aula mais recente foi sobre Comunicação de más notícias, algo bem delicado e que exige a sensibilidade e o comportamento do profissional

Aula mais recente foi sobre Comunicação de más notícias


Outros componentes de alto impacto na formação médica continuada são metodologia e professores qualificados

Associada à qualidade do corpo docente, a especialização em Medicina de Urgência e Emergência na Unoeste apresenta dois outros componentes de alto impacto no processo do aprendizado de formação continuada e qualificação profissional

Simulação de atendimento a paciente vítima de acidente com moto (Foto:Homero  Ferreira)

Associada à qualidade do corpo docente, a especialização em Medicina de Urgência e Emergência na Unoeste apresenta dois outros componentes de alto impacto no processo do aprendizado de formação continuada e qualificação profissional: aplicação de metodologia ativa e oferta de tecnologia de ponta. O assunto é exposto, um problema é formulado e o médico na condição de aluno põe imediatamente em prática aquilo que aprendeu, em simulação que muito se aproxima da realidade.

A aula mais recente foi sobre Comunicação de más notícias, algo bem delicado e que exige a sensibilidade e o comportamento do profissional em relação ao parente do paciente que está em estado grave ou que morreu. No sábado (25) de manhã e à tarde três situações foram trabalhadas com os médicos alunos da especialização, no Laboratório de Habilidades e Simulação (LHabSim), com o envolvimento de professores médicos, professora enfermeira e auxiliares de docência.

Roteirização da simulação

Com a aula prática roteirizada, é pensado em cada detalhe, ao ponto de que até o boneco clínico tem nome, idade e os motivos pelo qual foi parar no serviço de urgência e emergência; já com o colete cervical. Um dos casos da manhã de sábado, em síntese, foi o da esposa que foi em sua casa buscar os pertences do marido e quando voltou ao hospital ele tinha sofrido parada cardíaca e precisou ser internado. Coube aos médicos que fizeram o atendimento dar a má notícia para a esposa do paciente.

Outro caso, também durante a manhã, foi sobre a comunicação de morte cerebral para a filha da vítima, uma estudante de instituição de ensino superior em outra cidade e que ao chegar de viagem foi ao hospital e quis ver a mãe, que era jovem e saudável, na unidade de terapia semi-intensiva. Há toda uma tensão, diante da qual os médicos precisam manter o controle emocional para comunicar o fato e ainda fazer a sugestão sobre a doação de órgãos.

Representação objetiva

No período da tarde foi um caso de atendimento em Unidade de Terapia Intensiva. Depois de intenso esforço para tentar salvar a vida de um rapaz de 21 anos, os três médicos precisaram dar a má notícia para a mãe que tinha vindo de São Paulo visitar o filho estudante em Presidente Prudente. Ela tinha estado com ele pouco tempo antes de ter saído para encontrar uns amigos, batido com a moto em poste e socorrido; sendo que uma amiga dele foi quem avisou à mãe para ir ao hospital. A simulação ganhou tamanha intensidade, que teve choro.

A auxiliar de docência Camila Graziela da Silva Santos fez o papel da mãe do rapaz e não teve como segurar as lágrimas diante da simulação tão afinada com a realidade. Do lado de fora da sala, olhando pelo vidro e com sintonia de áudio, o médico intensivista Dr. Leonardo Fantinato Menegon ficou com os olhos marejados. Embora nem toda simulação chegue a esse grau de intensidade; certamente é sempre bem trabalhada pelos profissionais, pela metodologia e pelos recursos laboratoriais.


Comunicação para a mãe sobre a morte de filho em acidente com moto (Foto:      Homéro Ferreira)

Cada detalhe é importante

Pela manhã, a aula de Comunicação de más notícias foi ministrada pelo médico cardiologista Dr. Carlos Eduardo da Costa Nunes Bosso e teve acompanhamento da coordenadora do LHabSim, a professora de Urgência e Emergência do curso de Medicina da Unoeste, enfermeira Milena Colonhese Camargo. Também participou a auxiliar de docência Ainoã Isabela Bertoldo Ramos, como a filha cuja mãe teve morte encefálica e como enfermeira no atendimento de UTI.

São muitos os detalhes, a começar pelos ambientes equipados como se fosse um hospital e a utilização de equipamentos de comunicação entre os ambientes interno (a UTI é um caso) e o externo, onde, de um lado, o professor vê, ouve e pode interferir tudo o que se passa da simulação; e de outro lado ficam assistindo os demais alunos que não estão em ação, por trás da porta de vidro espelhado, sem que sejam vistos e, portanto, não exercem qualquer tipo de interferência naquele momento.  

Atendimento de excelência

Após cada simulação, alunos e professores debatem o que aconteceu, apontam o que foi mais ou menos assertivo, apresentam sugestões e reforçam a internalização do conteúdo.  A médica Larissa Di Santi Teixeira Gassu faz a especialização e conta que tem colocado em prática o aprendizado, com bons resultados. Os conteúdos de cada aula são utilizas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da cidade de Pirapozinho. Ela conta que já teve que dar notícias ruins ao longo de seus sete anos de exercício profissional e que se tivesse tido a aula antes, percebe que poderia ter feito melhor.

Conforme o Dr. Leonardo, o curso Medicina de Urgência e Emergência é voltado para médicos que já atuam ou que pretendem atuar em UPAs e Pronto Socorros; locais em que as pessoas geralmente chegam entre a vida e a morte, sendo que o primeiro atendimento é fundamental para determinar um dos dois destinos. “Aqui a gente quer dar esse salto de qualidade profissional para o atendimento de excelência”, comenta o Dr. Leonardo que divide a responsabilidade do curso com a professora Milena.

SERVIÇO:

Estão abertas as inscrições para nova turma, no site da Unoeste.

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