7 piores tipos de alimento para quem sofre com pressão alta

DO TEXTO: A hipertensão arterial é popularmente chamada de pressão alta, considerada uma doença crônica na qual há níveis elevados da pressão sanguínea nas arté

A hipertensão arterial é popularmente chamada de pressão alta, considerada uma doença crônica na qual há níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias (os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg - ou 14 por 9). Pacientes com hipertensão resistente muitas vezes sofrem de danos aos órgãos, incluindo coração, olhos e rins.

Cuidado com esses tipos de alimentos: eles podem fazer sua pressão ter picos ainda maiores

São Paulo – Dezembro/2021 - A hipertensão arterial é popularmente chamada de pressão alta, considerada uma doença crônica na qual há níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias (os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg - ou 14 por 9). Pacientes com hipertensão resistente muitas vezes sofrem de danos aos órgãos, incluindo coração, olhos e rins. “Além disso, eles têm baixa qualidade de vida e estão em maior risco de eventos cardiovasculares e morte. Muitos pacientes de alto risco precisam administrar vários medicamentos prescritos, o que pode ser difícil de aderir e representa um desafio significativo para nosso sistema e recursos de saúde”, explica o cardiologista, nutrólogo e geriatra Dr. Juliano Burckhardt*, membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Os hábitos de vida, segundo o médico, precisam ser adequados e deve haver um cuidado grande com a dieta, uma vez que alguns tipos de alimentos podem agravar ainda mais o problema. Abaixo, ele fala mais sobre os piores tipos de alimentos para quem sofre com hipertensão:

Comida de restaurante: O bolinho de arroz frito ou camarão do seu restaurante favorito pode ser incrível, mas provavelmente está cheio de sódio. “A maior parte do sódio nas dietas vem de restaurantes e alimentos embalados. Procure opções de menu com baixo teor de sódio ou peça ao chef para fazer sua refeição sem sal. Experimente outros sabores e temperos, como suco de limão em peixes e vegetais. A maioria dos adultos não deve comer mais do que 2.300 miligramas de sódio por dia. Isso é uma colher de chá”, diz o Dr. Juliano.

Refeições congeladas: Elas são rápidas e convenientes. Mas elas também estão carregadas de sódio, então é melhor evitá-los. “Se você precisa de algo rápido de vez em quando, procure opções com 600 miligramas de sódio ou menos”, diz. A pizza de mussarela congelada, por exemplo tem de 370 a 730 miligramas de sódio. Não tem jeito: o melhor meio de evitar as pitadas a mais de sódio é colocando a mão na massa e cozinhando a própria comida.

Salgadinhos: Chips, biscoitos e pipocas são altamente ricos em sódio. Por exemplo, uma porção de 1 colher de batata frita simples tem cerca de 50 a 200 miligramas. “Experimente comer alimentos mais naturais, como as nozes ou sementes, em quantidade adequada”, diz. Ou experimente receitas com pouco sódio com cenouras e batata doce.

Alimentos em conserva, industrializados e enlatados: Alimentos em conserva ou salmoura geralmente contêm muito sódio. Três colheres de suco de picles têm cerca de 900 miligramas, dependendo da marca. “Tente limitar a quantidade de alimentos em conserva que ingere. E experimente marinadas feitas de vinagre, suco de abacaxi ou frutas cítricas como limões, limas e laranjas. Eles adicionam um sabor azedo com menos sódio.” Alimentos industrializados como o pão de forma não têm lá um gosto muito salgado, mas têm muito sódio: uma fatia tem entre 80 e 230 miligramas. Na próxima vez que você fizer um sanduíche, pegue um pão integral, para reduzir o sódio. Você também pode comer seu sanduíche “aberto” com apenas uma fatia. Cuidado também com as sopas prontas. É deliciosa em um dia frio, mas geralmente é rica em sódio.

Molhos e condimentos: Três quartos de uma xícara de molho de tomate em lata contém 660 miligramas de sódio. Procure versões com baixo teor de sódio e com menos ingredientes (tente a passata de tomate). “Diminua o consumo de condimentos como ketchup, molho de soja e molhos para salada, pois são todos ricos em sódio. Experimente temperar saladas com suco de limão e vinagre para adicionar sabor”, diz o médico.

Carne processada: Sabe aquela carne vermelha que você costuma ingerir no almoço? Normalmente ela já tem cerca de 750 miligramas ou mais de sódio por porção. Outras carnes processadas também contam com alto teor de sódio incluem cachorro-quente, carne enlatada, calabresa, bacon e salsicha. “Prefira peixe, frango e cortes magros de carne”, diz.

Refrigerantes, sucos de caixinha, cerveja, vinho e álcool: Os refrigerantes e sucos de caixinha, mesmo em suas versões diet e zero açúcar, costumam adicionar mais sódio para realçar o sabor do adoçante. Quando às bebidas, suas chances de hipertensão aumentam quando você bebe muito álcool. “Os homens não devem beber mais do que dois drinques por dia. As mulheres devem mantê-lo em um. O vinho tinto tem sido associado à saúde do coração, mas você ainda deve limitar a quantidade que bebe”, explica.

Por fim, o médico faz um alerta também com relação aos queijos, já que alguns tipos têm maior probabilidade de aumentar sua pressão arterial do que outros. Coma queijos naturalmente com baixo teor de sódio, como o suíço, que tem 75 miligramas por porção de 30 ml. Cabra, ricota e mussarela fresca também são boas opções, segundo o médico nutrólogo. “Queijos processados e duros como o queijo americano e o cottage têm mais sódio. Meia xícara de queijo cottage normal tem 455 miligramas”, diz o médico, que enfatiza a importância de buscar auxílio de um médico cardiologista e nutrólogo. “O médico irá para adequar a dieta e controlar a pressão alta por meio de mudança de hábitos de vida e uso de medicamentos, se necessário”, finaliza.

*DR. JULIANO BURCKHARDT: Médico Cardiologista, Geriatra e Nutrólogo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Especialista também em Clínica Médica, Medicina de Urgência e Ergometria. É membro da American Heart Association e da International Colleges for Advancement of Nutrology. Mestrando pela Universidade Católica Portuguesa, em Portugal. Atua como docente e palestrante nas suas especialidades na graduação e pós-graduação. É diretor médico do V'naia Institute. Diretor Científico Brasil da European Academy of Personalized Medicine. Membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio Libanês.

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