Vulnerabilidade é ouro

DO TEXTO: Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram para comprovar que o ser humano consegue superar limites que antes nos pareciam impossíveis.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram para comprovar que o ser humano consegue superar limites que antes nos pareciam impossíveis. Os nossos “heróis e heroínas” estão provando que, mesmo com todas as adversidades impostas pela COVID, é possível adaptar os treinos e vencer os limites.



Por Prof. Paulo Lopes*


“Para os que dizem que desisti, eu não desisti. Minha mente e meu corpo simplesmente não estão em sincronia”

(Simone Biles)


Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram para comprovar que o ser humano consegue superar limites que antes nos pareciam impossíveis. Os nossos “heróis e heroínas” estão provando que, mesmo com todas as adversidades impostas pela COVID, é possível adaptar os treinos e vencer os limites. Porém, quais são as consequências de tanto esforço? 


A atleta Simone Biles, grande promessa de medalhas na modalidade de Ginástica Artística, acendeu um sinal vermelho ao abandonar algumas provas da competição para cuidar de sua saúde mental. Se uma atleta acostumada a viver sob pressão constantemente foi afetada emocionalmente, imagine como esse momento de incertezas pode afetar a nossa vida profissional e afetiva?


Precisamos estar atentos a nossa saúde mental, aprimorando a autoconsciência e a autorregulação das emoções, que, aliadas à empatia e habilidade social, irão monitorar se estamos conseguindo conviver em grupo de forma saudável.  


Se, assim como no caso de Simone Biles, o sinal vermelho acender, é o momento de fazermos uso da nossa vulnerabilidade. 


Aceitar que temos limitações e não somos perfeitos em momentos de incerteza e exposição é o primeiro passo para desenvolvermos a vulnerabilidade de forma positiva. 


A coragem de aceitar as limitações, de ser quem realmente somos e não o que as pessoas esperam que sejamos é o início para construção de um processo de mudança e superação, pois não conseguimos “anestesiar” as nossas emoções, devemos trabalha-las positivamente.


Que esse exemplo de Simone Biles sirva para avaliarmos se a forma com que estamos nos preparando para subirmos ao “podium” e colocarmos o ouro no peito não está afetando a nossa saúde física e mental. 


Se devemos competir sendo quem realmente somos, com nossas limitações e sairmos vitoriosos mesmo com a derrota, ou entrarmos na arena sendo o que esperam que sejamos, perfeitos e insuperáveis e sairmos derrotados mesmo na vitória?


“Vulnerabilidade não é ganhar ou perder. É ter coragem de se expor mesmo sem poder controlar o resultado” (Brené Brown)


*Professor Esp. Paulo Lopes - CREF:3080 G/R - Graduado em Educação Física (UFRGS 2001) - MBA em Gerenciamento de Projetos (UNILASALLE 2015) - Pós MBA em Inteligência Emocional nas Organizações (UNILASALLE 2019). Leia mais sobre o autor...


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