DO TEXTO:
Fruto de décadas de vivência do jurista, obra oferece precioso testemunho sobre o universo obscuro do crime organizado e o...
Fruto de décadas de vivência do jurista, obra oferece precioso testemunho sobre o universo obscuro do crime organizado e o vigor daqueles que trabalham e se arriscam para derrotar essas organizações
Há mais de um século, a violência perpretada pelo crime organizado deixa seu rastro de sangue pelo mundo. E ela não só avança, como se aperfeiçoa. A máfia siciliana, a chamada Cosa Nostra, por exemplo, além de expandir seus negócios pelo mundo, serviu de guia para novas organizações criminosas durante o século 20, com ramificações em todas as esferas da sociedade, inclusive na política. Diante dessas questões, o jurista Wálter Fanganiello Maierovitch se debruça sobre a máfia e seus desdobramentos mundo afora em Máfia, poder e antimáfia: um olhar pessoal sobre uma longa e sangrenta história, lançamento da Editora Unesp.
“Em Máfia, poder e antimáfia, nossos conhecimentos ganham profundidade sem que, em nenhum momento, o interesse e a curiosidade sejam perturbados pela erudição”, comenta o jornalista Fernando Gabeira, autor do prefácio. “Qual o mistério, então? Ele sabe traduzir a linguagem complexa dos livros de direito e tratados internacionais para o idioma do leigo.”
E se o autor toma como ponto de partida a Itália, não se restringe a ela. Ao longo de oito capítulos, Maierovitch relaciona o poder do Estado, da política e da economia em meio à atuação da máfia italiana e como esse modelo bem-sucedido de “negócio” serviu de guia às organizações pré-mafiosas da América Latina, como a fação Primeiro Comando da Capital (PCC) e as milícias. “O livro mostra as táticas do crime organizado, descreve seus métodos e sua história, avalia os métodos de combate a essas organizações, mas não se nega a reconhecer alguns fracassos nesse processo, assim como a insistência, durante alguns anos, em praticamente ignorar um adversário moderno e extremamente aberto para explorar todas as possibilidades da globalização”, anota Gabeira.
Maierovitch avaliou por muito tempo que a hora de produzir um livro como este não havia chegado. “No fundo, achava estar o interesse das pessoas limitado àquilo que os empolgava nos filmes”, anota. “As organizações criminosas transnacionais são violentas, sanguinárias, corruptoras e merecem nota zero em glamour. A minha experiência nesse campo é triste, com muitas pessoas mortas no cumprimento do dever.”
Tendo convivido com grandes nomes do mundo antimáfia, como o juiz Giovanni Falcone – com quem trabalhou no Brasil – e que pereceu quando seu carro e o de sua escolta foram dinamitados pela máfia –, Maierovitch se apropriou de sua filosofia de trabalho, o que dá ao livro a solidez exigida pelo tema. “Com Falcone e Gian Carlo Caselli, procurador antimáfia na Sicília onde a Cosa Nostra declarou guerra ao Estado italiano, aprendi, nos escritos, palestras e conferências, a mergulhar em fatos, buscar exemplos, citar obras, revirar bibliotecas, manter hemeroteca, ter catalogada a jurisprudência, enfim, não desprezar nada e não me precipitar nas conclusões.”
Sobre o autor – Wálter Fanganiello Maierovitch é jurista e professor de direito processual e direito penal. Foi desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo. Fundador do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, teve sempre entre seus principais focos de atenção a criminalidade organizada e seus impactos na sociedade. Tem dupla cidadania, brasileira e italiana, e recebeu do presidente da República italiana, pelo empenho na luta antimáfias, o título de Cavalieri della Repubblica. Foi observador da ONU na Conferência de Palermo sobre Crime Transnacional, participante como especialista de assembleias da ONU sobre o tema drogas proibidas e primeiro secretário nacional para o fenômeno das drogas proibidas, no governo Fernando Henrique. Pela Editora Unesp, organizou, em parceria com Alessandra Dino, o volume Novas tendências da criminalidade transnacional mafiosa, em 2010.
Há mais de um século, a violência perpretada pelo crime organizado deixa seu rastro de sangue pelo mundo. E ela não só avança, como se aperfeiçoa. A máfia siciliana, a chamada Cosa Nostra, por exemplo, além de expandir seus negócios pelo mundo, serviu de guia para novas organizações criminosas durante o século 20, com ramificações em todas as esferas da sociedade, inclusive na política. Diante dessas questões, o jurista Wálter Fanganiello Maierovitch se debruça sobre a máfia e seus desdobramentos mundo afora em Máfia, poder e antimáfia: um olhar pessoal sobre uma longa e sangrenta história, lançamento da Editora Unesp.
“Em Máfia, poder e antimáfia, nossos conhecimentos ganham profundidade sem que, em nenhum momento, o interesse e a curiosidade sejam perturbados pela erudição”, comenta o jornalista Fernando Gabeira, autor do prefácio. “Qual o mistério, então? Ele sabe traduzir a linguagem complexa dos livros de direito e tratados internacionais para o idioma do leigo.”
E se o autor toma como ponto de partida a Itália, não se restringe a ela. Ao longo de oito capítulos, Maierovitch relaciona o poder do Estado, da política e da economia em meio à atuação da máfia italiana e como esse modelo bem-sucedido de “negócio” serviu de guia às organizações pré-mafiosas da América Latina, como a fação Primeiro Comando da Capital (PCC) e as milícias. “O livro mostra as táticas do crime organizado, descreve seus métodos e sua história, avalia os métodos de combate a essas organizações, mas não se nega a reconhecer alguns fracassos nesse processo, assim como a insistência, durante alguns anos, em praticamente ignorar um adversário moderno e extremamente aberto para explorar todas as possibilidades da globalização”, anota Gabeira.
Maierovitch avaliou por muito tempo que a hora de produzir um livro como este não havia chegado. “No fundo, achava estar o interesse das pessoas limitado àquilo que os empolgava nos filmes”, anota. “As organizações criminosas transnacionais são violentas, sanguinárias, corruptoras e merecem nota zero em glamour. A minha experiência nesse campo é triste, com muitas pessoas mortas no cumprimento do dever.”
Tendo convivido com grandes nomes do mundo antimáfia, como o juiz Giovanni Falcone – com quem trabalhou no Brasil – e que pereceu quando seu carro e o de sua escolta foram dinamitados pela máfia –, Maierovitch se apropriou de sua filosofia de trabalho, o que dá ao livro a solidez exigida pelo tema. “Com Falcone e Gian Carlo Caselli, procurador antimáfia na Sicília onde a Cosa Nostra declarou guerra ao Estado italiano, aprendi, nos escritos, palestras e conferências, a mergulhar em fatos, buscar exemplos, citar obras, revirar bibliotecas, manter hemeroteca, ter catalogada a jurisprudência, enfim, não desprezar nada e não me precipitar nas conclusões.”
Sobre o autor – Wálter Fanganiello Maierovitch é jurista e professor de direito processual e direito penal. Foi desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo. Fundador do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, teve sempre entre seus principais focos de atenção a criminalidade organizada e seus impactos na sociedade. Tem dupla cidadania, brasileira e italiana, e recebeu do presidente da República italiana, pelo empenho na luta antimáfias, o título de Cavalieri della Repubblica. Foi observador da ONU na Conferência de Palermo sobre Crime Transnacional, participante como especialista de assembleias da ONU sobre o tema drogas proibidas e primeiro secretário nacional para o fenômeno das drogas proibidas, no governo Fernando Henrique. Pela Editora Unesp, organizou, em parceria com Alessandra Dino, o volume Novas tendências da criminalidade transnacional mafiosa, em 2010.
Booktrailer:
Título: Máfia, poder e antimáfia: um olhar pessoal sobre uma longa e sangrenta história
Autor: Wálter Fanganiello Maierovitch
Número de páginas: 242
Formato: 13,7 x 21 cm
Versão impressa: R$ 64,00 | ISBN: 978-65-5711-021-8
Ebook Kindle: R$ 38,40 | ISBN: 978-65-5714-022-2
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