1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço termina neste sábado, no Dia Internacional do Contador de Histórias

DO TEXTO: A maratona de apresentações teve início no último dia 14, e reuniu 19 conta
Evento on-line, contemplado pelo ProAC, com início em 14 e março, reuniu artistas de Norte a Sul do País, com apresentações pelo Youtube e oficinas diárias, valorizando a arte e a cultura nacional


Evento on-line, contemplado pelo ProAC, com início em 14 e março, reuniu artistas de Norte a Sul do País, com apresentações pelo Youtube e oficinas diárias, valorizando a arte e a cultura nacional


Você já imaginou a vida sem histórias? O pensamento, que nos pega de surpresa, é do artista Ademir Apparício Júnior, idealizador do 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço, que, depois de ligar o país de Norte a Sul, chega ao final neste sábado, 20, no Dia Internacional do Contador de Histórias. A data é comemorada desde 1991, quando um grupo de pesquisadores na Suíça elegeu este dia para fomentar a prática em todo o mundo.

 

A maratona de apresentações teve início no último dia 14, e reuniu 19 contadores de histórias das mais variadas regiões do Brasil, que deram vida às palavras, às memórias e aos personagens dos contos, poemas, crônicas, parlendas e outros elementos da tradição oral. “As histórias contadas por representantes de cada região do Brasil geram oportunidade de conhecer o próprio Brasil, por meio da pluralidade de sotaques, cores, sabores. Estes contos nos colocam como protagonistas, no centro desse universo das histórias. E nos trazem um sentimento de pertencimento”, diz, inspirado, o idealizador do Festival.

 

Para encerrar essa agenda caprichada, no dia 20, às 14h, o elenco formado pelos contadores Ademir Apparicio Júnior, Fabiana Massi, Andrés Felipe Giraldo e Cimara Gomes Ferreira Fróis apresenta “A História de Maria Dançarina ou A menina que desafiou o demo”. Ademir frisa, ainda, a participação do produtor audiovisual Rogener Pavinski: “Brinco que ele é o quinto integrante do grupo, pois, de certa forma, com as imagens que edita, também está nos ajudado a contar essa nossa história”.

 

O espetáculo de sábado, assim como toda a temporada, conta com recursos de acessibilidade, como tradução em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e audiodescrição.

 

O Festival contou com a participação do “Palavra Tagarela” no show de abertura com os artistas Poliana Savegnago, Allan George da Silva, Márcio Bah e Devanir Mille. Reuniu também os contadores de histórias Aline Alencar e Auritha Tabajaras (região Nordeste), Joca Monteiro e Joana Chagas (região Norte), Ciro Ferreira (região Centro-oeste), Camila Genaro, Rosilda Figueiredo e Cia “Ih, Contei!” com Elton de Souza Pinheiro, Leandro Pedro da Silva e a fantoche Tifanny MeiaLoka (região Sudeste) e Liz Ângela de Almeida e Lucélia Clarindo (região Sul).  

 

Contemplado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), com recursos da Lei Aldir Blanc, o 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço reuniu apresentações transmitidas pelas redes sociais, além de oficinas com conteúdos que desvendaram as técnicas e os encantamentos do tema.

 

As apresentações continuam disponíveis no canal do youtube do festival. O público pode conferir no link bit.ly/festcontahistorias

 

Sonho

“Sempre tive o sonho em fazer um Festival Nacional de Contadores de Histórias, por já ter vivenciado essa experiência em Ponta Grossa/PR, no II Festival Nacional de Contadores de Histórias. Na época, estava começando na minha jornada onírica e lembro como foi interessante, por meio desse festival que trouxe 60 contadores de histórias de todas as partes do Brasil, conhecer a diversidade da pluralidade Brasil”, conta Ademir. 

 

Segundo ele, “eram sotaques, vozes, palavras e histórias tão ricas, tão nossas, tão culturais que queria trazer essa mesma experiência para uma produção de festival própria”. 

 

Quando abriu o edital do ProAC Expresso Lei Emergencial Aldir Blanc, Ademir vislumbrou a possibilidade de realizar esse sonho e reunir contadores e contadoras de histórias para ele importantes na “minha trajetória”. 

 

“O festival é feito com muito afeto para realmente afetar as pessoas nesse momento com o poder que as histórias trazem como conhecimento, superação, amor, sensibilidade, energia, força arte e cultura para o momento atual que estamos passando”, destaca.

 

Patrimônio imaterial

A arte de contar histórias é um “patrimônio cultural imaterial”, acentua Ademir. “Por meio das histórias relembramos nossas lendas, nossos antepassados, construímos futuro e presente. As histórias podem ser ferramentas para aprendizagens de diferentes áreas, como a geografia, a matemática, a ciência, a filosofia, e até mesmo para difusão da literatura. Os contos são capazes de nos transportar para outros espaços”, resume.

 

O idealizador aponta, ainda, a importância “singular” para a fruição e troca entre os contadores, o público e as histórias: “É uma oportunidade de fazer com que a promoção à leitura aconteça de maneira lúdica e potente, podendo assim aproximar o ouvinte e leitor ao fantástico universo das interpretações produzidas pelas linguagens da palavra, do corpo, da voz e de tantos outros elementos, que serão combustíveis para o faz de conta acontecer na sua plenitude”.

 

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