Papai Noel Oxalá entrega presentes em terreiro de Sepetiba

DO TEXTO: O ogan Celso Carvalho representou Oxalá, vestido de branco, com um cetro e um saco de presentes, durante a distribuição de 1.800 itens, entre brinqued
O Bom Velhinho chegou vestido de Oxalá, orixá do Candomblé, para 600 famílias que frequentam terreiros em Sepetiba, bairro da Zona Oeste do Rio. Foi no terreiro Humpame Kuban Bewa Lemim, palco de uma reencenação do Kwanza, celebração ancestral da vitória da vida contra a morte; da luz contra as trevas; da colheita farta que garantia a continuidade da tribo contra a ameaça da fome e do extermínio.


Ação coroa ano marcado pelo combate a preconceitos e valorização da diversidade


Em parceria com os coletivos Terreiro Sustentável e Obra Nossa, Instituto Onikoja revive o Kwanzaa, celebração ancestral pela fartura e vida



O Bom Velhinho chegou vestido de Oxalá, orixá do Candomblé, para 600 famílias que frequentam terreiros em Sepetiba, bairro da Zona Oeste do Rio. Foi no terreiro Humpame Kuban Bewa Lemim, palco de uma reencenação do Kwanza, celebração ancestral da vitória da vida contra a morte; da luz contra as trevas; da colheita farta que garantia a continuidade da tribo contra a ameaça da fome e do extermínio. O ogan Celso Carvalho representou Oxalá, vestido de branco, com um cetro e um saco de presentes, durante a distribuição de 1.800 itens, entre brinquedos, cestas básicas, máscaras e material de higiene. 

“Fazer esta lembrança do Kwanzaa é muito importante, ainda mais para dar apoio às pessoas que estão vivendo um momento de vulnerabilidade social. O que a gente quer é contagiar as outras pessoas e propagar as coisas boas diante de um mundo que vive uma situação tão precária. Feliz Kwanzaa para todos”, disse o ogan, espécie de cuidador do terreiro durante os rituais.

Humbono Rogério de Olissa, que comanda o terreiro Humpame Kuban Bewa Lemim, onde está a sede do Onikoja, também em Sepetiba, explicou a festa e a importância da celebração do Kwanzaa. "Estamos reforçando os laços de pertencimento dos frequentadores de terreiros de Candomblé, favorecendo o espírito de comunhão dos povos e, por que não, combatendo o preconceito contra as religiões afro por meio de novas narrativas".

Como não poderia aglomerar muita gente, por causa da pandemia, a festa reuniu as lideranças dos terreiros, que levarão os kits a seus frequentadores, explicou Olissa. "Foi muito emocionante poder reviver o Kwanzaa e ajudar as pessoas.”

Responsável por orientar os ensinamentos dos novatos no seu terreiro de Candomblé, o Zogodô Bogum Male Rundó, Penha de Fátima Ciryllo, de 61 anos, estava radiante. Deré do terreiro, ela levou dezenas de kits de higiene, panetones e presentes para os frequentadores da Casa Matriz, que neste ano não pode realizar a confraternização devido à pandemia _a sua mãe de santo é idosa e do grupo de risco. “A Casa Matriz do Rio tem muitos frequentadores em situação de vulnerabilidade. Por isso, o Kwanzaa foi tão importante”, disse ela, que aos 61 anos fará prova para Nutrição na Uerj, após cursar o pré-vestibular oferecido pelo Onikoja. “Vejo o trabalho do meu irmão Rogério como uma coisa muito especial e, sempre que posso, estou aqui ajudando." 

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