Plágio e Fake News: você verifica a origem do que lê?

DO TEXTO: Precisamos escolher o que vamos consumir, dar mais valor à qualidade do que à quantidade
O santo e o profano se encontram no som de Omi Okun, trio carioca fortemente influenciado pelos sons afro-religiosos


Por: Larissa Priscila Bredow Hilgembergr*


O plágio consiste em utilizar as palavras, ideias e produção conceitual de outra pessoa sem a devida referência, ou seja, é roubar a produção intelectual de alguém. Portanto, trata-se de um crime federal, categorizado no Art. 184 do Código Penal como um Crime de Violação aos Direitos Autorais.


As fake News – ou notícias falsas – também estão em vias de ser consideradas um ato criminoso, com projeto de lei já aprovado pelo Senado (projeto de lei 2.630/2020). Por definição, as fake news dizem respeito ao compartilhamento de notícias falsas tidas como verdadeiras com diferentes intenções.


Com relação ao plágio, apesar de ser mais discutido no meio acadêmico, é mais comum de ser encontrado também no meio artístico, com cópias de músicas, livros, histórias e estórias. Inclusive, há um termo para o plágio nas redes sociais como o Twitter, Facebook e Instagram chamado kibagem. Uma página ou perfil “kiba” quando utiliza (ou remixa) um meme, uma história, foto ou vídeo como sendo de sua autoria, quando, na verdade, é de outra página ou perfil. A kibagem é muito mais comum do que imaginamos e prejudica aqueles que necessitam das mídias profissionalmente.


Mas qual a relação entre plágio e fake news?


Tanto o plágio quanto as fake news são problemas sociais antigos e se emaranham nas notícias, textos, imagens e leituras que consumimos no cotidiano. São tantas informações nos bombardeando todos os dias que aceitamos aquilo que lemos e passamos para a próxima notícia, muitas vezes sem uma análise ou averiguação do conteúdo. Assim, damos por verdade tanto a notícia quanto a sua origem e autoria, acreditando e compartilhando mentiras ou produções roubadas.


Não é sem razão que os dois problemas citados passaram a ser discutidos no meio jurídico e considerados crimes. As mentiras que rodeiam o plágio e as notícias falsas prejudicam os autores das notícias verdadeiras e das obras originais e, sobretudo, prejudicam nossa leitura de mundo, nosso olhar crítico em relação à sociedade, cultura e política, prejudicam as relações sociais e humanas.


Em tempos de informações vindo em alta velocidade e em grande fluxo, com a notícia a dois ou três cliques de distância, precisamos escolher o que vamos consumir, dar mais valor à qualidade do que à quantidade, buscando verificar se o que estamos lendo é verídico e reconhecendo os verdadeiros autores.


Na Bíblia, como diria o apóstolo João, “conhecereis a verdade e a verdade os libertará” (João, 8:32). A verdade também nos liberta de plágios e notícias falsas em nosso dia a dia como leitores e cidadãos.


*Larissa Priscila Bredow Hilgemberg, especialista em Educação Corporativa e Docência EAD, professora da área de Linguagens Cultural e Corporal do Centro Universitário Internacional Uninter. 


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